A Teoria da Agência – Uma aplicação ao Brasil (parte I)
São estudados muitos tópicos de importância em finanças corporativas; dentre eles, os conflitos de interesse passíveis de acontecer entre os acionistas de uma empresa e sua administração/direção. O objetivo de estudo do fenômeno em destaque é compreender e encontrar maneiras de minimizar os conflitos, uma vez que sua ocorrência pode comprometer os interesses dos acionistas da companhia frente aos da sua direção. Isso significa que a alta administração da empresa […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2011 às 11h46.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h58.
São estudados muitos tópicos de importância em finanças corporativas; dentre eles, os conflitos de interesse passíveis de acontecer entre os acionistas de uma empresa e sua administração/direção. O objetivo de estudo do fenômeno em destaque é compreender e encontrar maneiras de minimizar os conflitos, uma vez que sua ocorrência pode comprometer os interesses dos acionistas da companhia frente aos da sua direção.
Isso significa que a alta administração da empresa pode tomar decisões tendo em vista seus próprios interesses em detrimento dos interesses dos acionistas – que, em princípio, podem ser traduzidos pela maximização do valor de sua posição acionária. A direção da empresa que, na realidade, trabalha como agente dos acionistas, deveria tomar decisões alinhadas aos interesses de seus acionistas. Entretanto, isso não acontece em muitas circunstâncias.
Um dos expoentes desse campo de estudos é Michael Jensen (1976), ao qual é atribuída a elaboração dos fundamentos da “Teoria dos Agentes” (Agency Theory), onde são definidos vários tipos de “custos de agência” (agency costs), ao mesmo tempo em que são estudadas soluções para minimizá-los.
A solução para o problema dos custos de agência acontece por meio do alinhamento dos interesses dessas duas partes (direção da empresa/acionistas) para evitar ou, no mínimo, reduzir os custos de agência que podem “destruir valor” para a empresa. Medidas de boa governança corporativa seriam exemplos de tentativas de eliminar esse tipo de conflito de interesse.
Exemplo característico de custo de agência seria a realização pela empresa de projetos de investimento com valor presente líquido negativo – projetos que são economicamente inviáveis – e que não deveriam ser realizados, pois não criam valor para a empresa e para seus acionistas. Todavia,os projetos podem acontecer devido ao interesse da direção da companhia em fazê-los, para aumentar a envergadura e tamanho da empresa.
Ao movimentar maior volume de dinheiro, a direção companhia espera obter benefícios indiretos decorrentes desse aumento de importância relativa como, por exemplo, escritórios mais sofisticados para si, maior número de assessores, e quem sabe até um helicóptero/jatinho para deslocamentos locais/regionais, entre outras coisas. Enfim, “pequenas” coisas que irão aumentar o bem-estar da direção da empresa…
Semana que vem vamos aplicar essa teoria à relação governo-cidadão vivida atualmente no Brasil. Não Perca!!!
São estudados muitos tópicos de importância em finanças corporativas; dentre eles, os conflitos de interesse passíveis de acontecer entre os acionistas de uma empresa e sua administração/direção. O objetivo de estudo do fenômeno em destaque é compreender e encontrar maneiras de minimizar os conflitos, uma vez que sua ocorrência pode comprometer os interesses dos acionistas da companhia frente aos da sua direção.
Isso significa que a alta administração da empresa pode tomar decisões tendo em vista seus próprios interesses em detrimento dos interesses dos acionistas – que, em princípio, podem ser traduzidos pela maximização do valor de sua posição acionária. A direção da empresa que, na realidade, trabalha como agente dos acionistas, deveria tomar decisões alinhadas aos interesses de seus acionistas. Entretanto, isso não acontece em muitas circunstâncias.
Um dos expoentes desse campo de estudos é Michael Jensen (1976), ao qual é atribuída a elaboração dos fundamentos da “Teoria dos Agentes” (Agency Theory), onde são definidos vários tipos de “custos de agência” (agency costs), ao mesmo tempo em que são estudadas soluções para minimizá-los.
A solução para o problema dos custos de agência acontece por meio do alinhamento dos interesses dessas duas partes (direção da empresa/acionistas) para evitar ou, no mínimo, reduzir os custos de agência que podem “destruir valor” para a empresa. Medidas de boa governança corporativa seriam exemplos de tentativas de eliminar esse tipo de conflito de interesse.
Exemplo característico de custo de agência seria a realização pela empresa de projetos de investimento com valor presente líquido negativo – projetos que são economicamente inviáveis – e que não deveriam ser realizados, pois não criam valor para a empresa e para seus acionistas. Todavia,os projetos podem acontecer devido ao interesse da direção da companhia em fazê-los, para aumentar a envergadura e tamanho da empresa.
Ao movimentar maior volume de dinheiro, a direção companhia espera obter benefícios indiretos decorrentes desse aumento de importância relativa como, por exemplo, escritórios mais sofisticados para si, maior número de assessores, e quem sabe até um helicóptero/jatinho para deslocamentos locais/regionais, entre outras coisas. Enfim, “pequenas” coisas que irão aumentar o bem-estar da direção da empresa…
Semana que vem vamos aplicar essa teoria à relação governo-cidadão vivida atualmente no Brasil. Não Perca!!!