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A cotação do dólar e as expectativas racionais

Toda política econômica que tem data certa para acabar, tem o seu efeito minimizado e/ou o retorno à situação anterior antecipado pelo mercado. Isso acontece porque os agentes econômicos funcionam de acordo com a teoria das expectativas racionais. E o que isso quer dizer? Que, de certa forma, o resultado esperado pelo governo em decorrência da aplicação de determinada política econômica, muitas vezes, é nulo, uma vez que o mercado […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 16h31.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h48.

Toda política econômica que tem data certa para acabar, tem o seu efeito minimizado e/ou o retorno à situação anterior antecipado pelo mercado.

O dólar e as expectativas racionaisIsso acontece porque os agentes econômicos funcionam de acordo com a teoria das expectativas racionais. E o que isso quer dizer? Que, de certa forma, o resultado esperado pelo governo em decorrência da aplicação de determinada política econômica, muitas vezes, é nulo, uma vez que o mercado “antecipa” os efeitos e neutraliza sua eficácia.

Isso implica que, no limite, as políticas econômicas empregadas pelo governo só teriam resultados líquidos (efetivos) se fossem inesperadas pelo mercado. Ou seja, se o formulador da política pegar o mercado desprevenido, “com as calças na mão”.

Só assim essa política será efetiva, com efeitos reais. Caso contrário, o mercado se encarregará de neutralizar o seu efeito e reverterá a situação de forma a que a política não tenha qualquer resultado.

Veja o exemplo de análise a respeito da cotação do dólar, conforme notícia abaixo.

http://www.infomoney.com.br/mercados/cambio/noticia/2991372/programa-intervencoes-vai-durar-pelo-menos-ate-fim-ano-diz

De acordo com essa teoria – das expectativas racionais -, o que se pode esperar frente ao anúncio da manutenção da política de intervenções diárias do Banco Central do Brasil (BCB) no mercado de dólares? Que nada aconteça. Isto é, que a cotação do dólar não seja mais pressionada para baixo por conta dessa atuação do BCB na venda de dólares no mercado.

Ao contrário, salvo outros fatores que possam vir a determinar outras quedas na cotação do dólar como o eventual enfraquecimento da economia norte-americana entre outros fatores, pode-se esperar que o mercado antecipe o efeito dessa pressão vendedora pela atuação do BCB no mercado e passe de vendedor a comprador de dólares, ajudando a pressionar a sua cotação para cima novamente.

Essa atitude teria como fundamento a expectativa de que a cotação do dólar venha a subir pelo término da atuação do BCB em futuro próximo.

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http://www.investcerto.com.br

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Toda política econômica que tem data certa para acabar, tem o seu efeito minimizado e/ou o retorno à situação anterior antecipado pelo mercado.

O dólar e as expectativas racionaisIsso acontece porque os agentes econômicos funcionam de acordo com a teoria das expectativas racionais. E o que isso quer dizer? Que, de certa forma, o resultado esperado pelo governo em decorrência da aplicação de determinada política econômica, muitas vezes, é nulo, uma vez que o mercado “antecipa” os efeitos e neutraliza sua eficácia.

Isso implica que, no limite, as políticas econômicas empregadas pelo governo só teriam resultados líquidos (efetivos) se fossem inesperadas pelo mercado. Ou seja, se o formulador da política pegar o mercado desprevenido, “com as calças na mão”.

Só assim essa política será efetiva, com efeitos reais. Caso contrário, o mercado se encarregará de neutralizar o seu efeito e reverterá a situação de forma a que a política não tenha qualquer resultado.

Veja o exemplo de análise a respeito da cotação do dólar, conforme notícia abaixo.

http://www.infomoney.com.br/mercados/cambio/noticia/2991372/programa-intervencoes-vai-durar-pelo-menos-ate-fim-ano-diz

De acordo com essa teoria – das expectativas racionais -, o que se pode esperar frente ao anúncio da manutenção da política de intervenções diárias do Banco Central do Brasil (BCB) no mercado de dólares? Que nada aconteça. Isto é, que a cotação do dólar não seja mais pressionada para baixo por conta dessa atuação do BCB na venda de dólares no mercado.

Ao contrário, salvo outros fatores que possam vir a determinar outras quedas na cotação do dólar como o eventual enfraquecimento da economia norte-americana entre outros fatores, pode-se esperar que o mercado antecipe o efeito dessa pressão vendedora pela atuação do BCB no mercado e passe de vendedor a comprador de dólares, ajudando a pressionar a sua cotação para cima novamente.

Essa atitude teria como fundamento a expectativa de que a cotação do dólar venha a subir pelo término da atuação do BCB em futuro próximo.

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