Tentativa de retirada de Agnelli da Vale prejudica funcionários, acionistas minoritários e fornecedores
As manobras que estão sendo realizadas pelo governo para a retirada de Roger Agnelli da presidência da Vale violam princípios básicos de governança e de transparência. O governo não pode utilizar expedientes escusos para tomar o controle de uma empresa privada, só porque possui participação acionária expressiva. A primeira nota da coluna de Ancelmo Gois, de hoje, 24 de março, no jornal “O Globo” traz a informação de que […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 15h54.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h21.
As manobras que estão sendo realizadas pelo governo para a retirada de Roger Agnelli da presidência da Vale violam princípios básicos de governança e de transparência. O governo não pode utilizar expedientes escusos para tomar o controle de uma empresa privada, só porque possui participação acionária expressiva.
A primeira nota da coluna de Ancelmo Gois, de hoje, 24 de março, no jornal “O Globo” traz a informação de que a presidente tergiversa, dizendo ao jornal “ Valor Econômico” que não sabe nada sobre sucessão da direção da Vale, enquanto o ministro Guido Mantega articula a queda de Agnelli.
A intervenção, nesse caso, é abusiva, já que desconsidera totalmente a opinião dos funcionários, acionistas minoritários e fornecedores, maiores interessados no bom funcionamento da empresa. Essa manobra, de cunho político, busca aumentar a influência do governo dentro da empresa, para, possivelmente, ocupar cargos de interesse do governo, contratar empresas próximas ao governo e, até mesmo, aumentar a influência do governo nos meios de comunicação. Isso, além de prejudicar os grupos citados, ainda coloca em risco a imagem do país.
Durante as eleições presidenciais, o cientista político Bolívar Lamounier, já chamava a atenção para as tentativas de controle da empresa: “Diferentemente da Petrobras, a Vale do Rio Doce é uma empresa privada. Através do BNDESpar e dos fundos de pensão das estatais, o governo detém a maioria do capital votante, mas não a maioria qualificada necessária para a tomada de certas decisões. Foi por isso que Lula e Dilma Rousseff não conseguiram mandar na empresa tanto quanto gostariam, nem dar o passo seguinte, que seria a destituição de Roger Agnelli e a imposição de um novo presidente. A dez dias da eleição, parece inútil especular sobre o que Lula e Dilma farão ou deixarão de fazer a respeito da Vale.” Leia o artigo na íntegra: “Lula, Dilma e o conto da privatização”
No site do Instituto Millenium, veja o vídeo do jornalista Ricardo Gandour, que participou do painel “Cultura da intervenção X soberania popular”, no seminário “Liberdade em debate”. Ele chamou a atenção para importância de resgatar a definição (e a melhor atuação) de serviço público, no lugar de um Estado interventor, grande e pernicioso à livre iniciativa.
As manobras que estão sendo realizadas pelo governo para a retirada de Roger Agnelli da presidência da Vale violam princípios básicos de governança e de transparência. O governo não pode utilizar expedientes escusos para tomar o controle de uma empresa privada, só porque possui participação acionária expressiva.
A primeira nota da coluna de Ancelmo Gois, de hoje, 24 de março, no jornal “O Globo” traz a informação de que a presidente tergiversa, dizendo ao jornal “ Valor Econômico” que não sabe nada sobre sucessão da direção da Vale, enquanto o ministro Guido Mantega articula a queda de Agnelli.
A intervenção, nesse caso, é abusiva, já que desconsidera totalmente a opinião dos funcionários, acionistas minoritários e fornecedores, maiores interessados no bom funcionamento da empresa. Essa manobra, de cunho político, busca aumentar a influência do governo dentro da empresa, para, possivelmente, ocupar cargos de interesse do governo, contratar empresas próximas ao governo e, até mesmo, aumentar a influência do governo nos meios de comunicação. Isso, além de prejudicar os grupos citados, ainda coloca em risco a imagem do país.
Durante as eleições presidenciais, o cientista político Bolívar Lamounier, já chamava a atenção para as tentativas de controle da empresa: “Diferentemente da Petrobras, a Vale do Rio Doce é uma empresa privada. Através do BNDESpar e dos fundos de pensão das estatais, o governo detém a maioria do capital votante, mas não a maioria qualificada necessária para a tomada de certas decisões. Foi por isso que Lula e Dilma Rousseff não conseguiram mandar na empresa tanto quanto gostariam, nem dar o passo seguinte, que seria a destituição de Roger Agnelli e a imposição de um novo presidente. A dez dias da eleição, parece inútil especular sobre o que Lula e Dilma farão ou deixarão de fazer a respeito da Vale.” Leia o artigo na íntegra: “Lula, Dilma e o conto da privatização”
No site do Instituto Millenium, veja o vídeo do jornalista Ricardo Gandour, que participou do painel “Cultura da intervenção X soberania popular”, no seminário “Liberdade em debate”. Ele chamou a atenção para importância de resgatar a definição (e a melhor atuação) de serviço público, no lugar de um Estado interventor, grande e pernicioso à livre iniciativa.