Startup troca lixo reciclável por pontos de fidelidade
"O grande desafio hoje está na mudança da mentalidade do consumidor", diz Rodrigo Jobim, fundador da Molécoola
institutomillenium
Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 00h00.
Última atualização em 17 de dezembro de 2018 às 00h00.
Apesar da produção de lixo no país ter aumentado nos últimos anos, as práticas do brasileiro em relação ao descarte de resíduos não mudou. Para incentivar a transformação no comportamento do consumidor, a startup Molécoola oferece benefícios, como créditos no Bilhete Único ou Google Play, em troca de embalagens recicláveis.
O modelo de logística reversa de recicláveis pós-consumo é famoso em países da Europa e nos Estados Unidos, no entanto, a diferença da startup paulistana está em sua relação com o ecossistema empreendedor. Em um bate-papo com o Instituto Millenium, o fundador da empresa Rodrigo Jobim conta que sua equipe é composta por catadores de lixo ou ex-funcionários de cooperativas de reciclagem: “Nosso modelo de expansão é baseado em microfranquias, então o objetivo é proporcionar a essas pessoas com um histórico de reciclagem e situação de vulnerabilidade uma alternativa para ingressarem no mercado como microempreendedoras”. Ouça a entrevista no player abaixo e conheça a iniciativa!
[soundcloud url="https://api.soundcloud.com/tracks/541210197?secret_token=s-hMi7v" params="color=#ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true" width="100%" height="166" iframe="true" /]
Até o momento, existem seis pontos de coleta da startup em São Paulo, mas a estimativa é chegar a mil lojas espalhadas pelo Brasil. Para participar, o consumidor deve se cadastrar no aplicativo da Molécoola e, conforme o peso de seus resíduos, pode acumular pontos parar trocar em lojas parceiras. Para que não haja erro na hora da troca, além dos produtos estarem limpos, o consumidor deve conferir quais os materiais são realmente recicláveis, ressalta Rodrigo:
“Mesmo com a maior boa intenção, 40% daquilo que as pessoas separam em casa e é levado pela coleta coletiva vira rejeito depois da triagem. O consumidor desconhece qual é a maneira correta de tratar o resíduo ou desconhece de fato o que é reciclável e o que não é. A medida em que frequenta as nossas lojas, ele ganha esse conhecimento e aprende como trazer os materiais. Somos um programa de logística reversa do reciclável pós-consumo, mas também um programa de educação ambiental”.
Leia mais
Startup transforma lixo em artigos de moda
Para Rodrigo, a falta de educação ambiental não é um problema exclusivo do Brasil, e um dos principais motivos deve-se à “cultura de descartáveis” criada pelas próprias empresas. Agora, ressalta, é a vez dos consumidores adotarem um comportamento mais sustentável: “Como consumidores, fomos educados a termos facilidade e conveniência. De certa forma, fomos um pouco mimados pelas empresas ao longo do tempo. Estamos em um momento que precisamos fazer a volta desse caminho para termos hábitos mais sustentáveis. Acho que o grande desafio hoje está na mudança da mentalidade do consumidor em entender que realmente ele tem um papel fundamental no processo de retorno pós-consumo das embalagens e terá que colocar algum esforço nisso para que o mundo fique melhor”.
Veja mais no Instituto Millenium
Apesar da produção de lixo no país ter aumentado nos últimos anos, as práticas do brasileiro em relação ao descarte de resíduos não mudou. Para incentivar a transformação no comportamento do consumidor, a startup Molécoola oferece benefícios, como créditos no Bilhete Único ou Google Play, em troca de embalagens recicláveis.
O modelo de logística reversa de recicláveis pós-consumo é famoso em países da Europa e nos Estados Unidos, no entanto, a diferença da startup paulistana está em sua relação com o ecossistema empreendedor. Em um bate-papo com o Instituto Millenium, o fundador da empresa Rodrigo Jobim conta que sua equipe é composta por catadores de lixo ou ex-funcionários de cooperativas de reciclagem: “Nosso modelo de expansão é baseado em microfranquias, então o objetivo é proporcionar a essas pessoas com um histórico de reciclagem e situação de vulnerabilidade uma alternativa para ingressarem no mercado como microempreendedoras”. Ouça a entrevista no player abaixo e conheça a iniciativa!
[soundcloud url="https://api.soundcloud.com/tracks/541210197?secret_token=s-hMi7v" params="color=#ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true" width="100%" height="166" iframe="true" /]
Até o momento, existem seis pontos de coleta da startup em São Paulo, mas a estimativa é chegar a mil lojas espalhadas pelo Brasil. Para participar, o consumidor deve se cadastrar no aplicativo da Molécoola e, conforme o peso de seus resíduos, pode acumular pontos parar trocar em lojas parceiras. Para que não haja erro na hora da troca, além dos produtos estarem limpos, o consumidor deve conferir quais os materiais são realmente recicláveis, ressalta Rodrigo:
“Mesmo com a maior boa intenção, 40% daquilo que as pessoas separam em casa e é levado pela coleta coletiva vira rejeito depois da triagem. O consumidor desconhece qual é a maneira correta de tratar o resíduo ou desconhece de fato o que é reciclável e o que não é. A medida em que frequenta as nossas lojas, ele ganha esse conhecimento e aprende como trazer os materiais. Somos um programa de logística reversa do reciclável pós-consumo, mas também um programa de educação ambiental”.
Leia mais
Startup transforma lixo em artigos de moda
Para Rodrigo, a falta de educação ambiental não é um problema exclusivo do Brasil, e um dos principais motivos deve-se à “cultura de descartáveis” criada pelas próprias empresas. Agora, ressalta, é a vez dos consumidores adotarem um comportamento mais sustentável: “Como consumidores, fomos educados a termos facilidade e conveniência. De certa forma, fomos um pouco mimados pelas empresas ao longo do tempo. Estamos em um momento que precisamos fazer a volta desse caminho para termos hábitos mais sustentáveis. Acho que o grande desafio hoje está na mudança da mentalidade do consumidor em entender que realmente ele tem um papel fundamental no processo de retorno pós-consumo das embalagens e terá que colocar algum esforço nisso para que o mundo fique melhor”.