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Situação da liberdade de imprensa na Ucrânia é cada vez mais grave

A ofensiva em curso sobre a liberdade de expressão na Ucrânia é explicada pela incapacidade dos jornalistas e proprietários de veículos de criar meios de comunicação eficazes e um sistema de proteção aos profissionais. A afirmação é de Myroslava Gongadze, viúva do jornalista investigativo ucraniano Georgy Gongadze, raptado e assassinado em 2000 por ter denunciado a corrupção no alto escalão do governo, em um debate sobre a democracia na Ucrânia. […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às, 14h01.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h17.

A ofensiva em curso sobre a liberdade de expressão na Ucrânia é explicada pela incapacidade dos jornalistas e proprietários de veículos de criar meios de comunicação eficazes e um sistema de proteção aos profissionais. A afirmação é de Myroslava Gongadze, viúva do jornalista investigativo ucraniano Georgy Gongadze, raptado e assassinado em 2000 por ter denunciado a corrupção no alto escalão do governo, em um debate sobre a democracia na Ucrânia.

A situação da liberdade de expressão no país da Europa Oriental tem se agravado cada vez mais. “Isso se deve não apenas aos esforços do governo para amordaçar a imprensa, mas também pela inação de jornalistas e proprietários dos meios de comunicação”, disse Gongadze.

“Para que meios de comunicação independentes consigam sobreviver na Ucrânia, os ucranianos e os jornalistas devem adotar regras gerais de convivência”, continuou.

Para Gongadze, as pessoas precisam se conscientizar de que os jornalistas protegem os interesses públicos, e não agir como porta-vozes do regime. “Os jornalistas devem se tornar, como meu falecido marido costumava dizer, ‘os cães de guarda da democracia’. A liberdade de expressão é uma prerrogativa importante para o funcionamento de uma democracia”, afirmou.

A viúva do jornalista acredita que os ucranianos terão que construir gradualmente esse sistema, contrariando a pressão do regime para silenciar a imprensa. “Nenhum regime, nem mesmo o democrático, vai concordar em ser criticado”, concluiu ela.

Fonte: ZIK – Western Information Agency