SIP acusa Chávez de silenciar imprensa venezuelana
David Natera, da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), comparou a situação da imprensa venezuelana com a de países comunistas, marcados pro opressão e censura. A entidade, que atualmente realiza no México sua 66ª Assembleia Geral, também propõe que 2011 seja lembrado como o ano da liberdade de expressão no continente americano. Confira a notícia publicada pelo portal “Imprensa”: No último domingo (07), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) acusou o […] Leia mais
Publicado em 8 de novembro de 2010 às, 10h17.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h52.
David Natera, da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), comparou a situação da imprensa venezuelana com a de países comunistas, marcados pro opressão e censura. A entidade, que atualmente realiza no México sua 66ª Assembleia Geral, também propõe que 2011 seja lembrado como o ano da liberdade de expressão no continente americano. Confira a notícia publicada pelo portal “Imprensa”:
No último domingo (07), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) acusou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de “silenciar os meios de comunicação e jornalistas” do país, comparando a situação venezuelana à opressão vivida na “Europa comunista antes da queda do Muro de Berlim, da ex-URSS e, atualmente, de Cuba”.
A declaração foi lida por David Natera, presidente da Bloque de Prensa, entidade associada à SIP que agrupa os donos de jornais da Venezuela. Para Natera, Chávez, ao silenciar a imprensa, pretende “fazer com que o povo dependa exclusivamente do Estado para ter acesso a empregos e alimentos”.
A SIP representa mais de 1,3 mil jornais e revistas do continente americano, e desde a última sexta-feira (05) realiza, no México, sua 66ª Assembleia Geral – que termina na terça (09). Durante a reunião, a entidade discutirá estratégias para a proteção dos jornalistas mexicanos, e revisará medidas legais que atingem a liberdade de expressão em países como Argentina, Equador e Bolívia.
A organização escolheu o México como sede da assembleia para chamar atenção para os casos de violência sofridas pela imprensa mexicana. Atualmente, o país é considerado o mais perigoso para o exercício do jornalismo. Nos últimos 10 anos, mais de 65 jornalistas foram mortos, sendo que 21 desses assassinatos aconteceram este ano. Outros 12 profissionais estão desaparecidos e 17 veículos de comunicação sofreram atentados desde 2003.
Segundo informações das agências de notícias, o vice-presidente da SIP e diretor do jornal guatemalteco Prensa Libre, Gonzalo Marroquín, afirmou que o propósito da assembleia é fazer com que as pessoas “entendam que os regimes autoritários, o narcotráfico e os políticos que querem se perpetuar no poder atuam da mesma forma como as ditaduras militares atuavam no século passado e nós, como naquela ocasião, vamos nos opor a isso”.
Uma das propostas da SIP é fazer com que 2011 seja lembrado como o ano da liberdade de expressão no continente americano, como forma de sensibilizar a opinião pública para a defesa dos direitos à vida e à livre expressão”.