Relatório de direitos humanos contabiliza 831 prisões políticas no Tibete
O Centro Tibetano para os Direitos Humanos e a Democracia – ou TCHRD, em inglês – publicou seu relatório anual de 2010 na semana passada. O grupo, sediado em Dharamsala, cidade do norte da Índia, diz que o regime comunista chinês continua a violar os direitos dos tibetanos. Segundo o relatório, o regime chinês tem como alvo escritores proeminentes tibetanos, blogueiros, intelectuais e personalidades da cultura. O porta-voz da TCHRD, […] Leia mais
Publicado em 17 de janeiro de 2011 às, 11h31.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h35.
O Centro Tibetano para os Direitos Humanos e a Democracia – ou TCHRD, em inglês – publicou seu relatório anual de 2010 na semana passada. O grupo, sediado em Dharamsala, cidade do norte da Índia, diz que o regime comunista chinês continua a violar os direitos dos tibetanos.
Segundo o relatório, o regime chinês tem como alvo escritores proeminentes tibetanos, blogueiros, intelectuais e personalidades da cultura. O porta-voz da TCHRD, Tenzin Norgay, diz que muitos vêm sendo erroneamente rotulados como criminosos.
“Ao divulgar este relatório, esperamos que o público conheça a verdadeira realidade do Tibete ocupado pela China”, diz Norgay.
Até o final de 2010, a entidade contabilizou 831 prisioneiros políticos no Tibete. Doze estão condenados à prisão perpétua.
“Gostaríamos de pedir aos governos, bem como aos representantes de Direitos Humanos das Nações Unidas e às ONGs internacionais para que se mobilizem pela libertação dos prisioneiros políticos tibetanos”, declarou o porta-voz da TCHRD.
O relatório também descreve outras restrições impostas pelo regime chinês ao Tibete, como a tentativa de controlar a vida religiosa na região, principalmente a dos budistas. Ele também cita o plano de substituir a língua tibetana pelo mandarim nas escolas locais.
Violações do Partido Comunista Chinês aos direitos humanos no Tibete têm sido registradas desde que este começou a governar a China há mais de 60 anos. Ao longo deste período, o líder espiritual tibetano Dalai Lama vem defendendo a limitada autonomia da região, enquanto outros grupos pedem independência completa do regime comunista.
Fonte: “NTD Television”