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Parem de falar da direita

Quando surge um articulista da grande mídia que, por acaso, fale mal do governo, pode ter certeza: não é da direita. Como não? Basta lembrar que a esquerda vive se devorando, pegue um livro de História e verá que o canibalismo é prática constante entre esses seres de luz. Acusar o outro de diretista é apenas cacoete – ninguém, fora o acusador purista e seu partido, pode ser um legítimo representante da esquerda. Os […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2010 às 06h49.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h22.

Quando surge um articulista da grande mídia que, por acaso, fale mal do governo, pode ter certeza: não é da direita. Como não? Basta lembrar que a esquerda vive se devorando, pegue um livro de História e verá que o canibalismo é prática constante entre esses seres de luz. Acusar o outro de diretista é apenas cacoete – ninguém, fora o acusador purista e seu partido, pode ser um legítimo representante da esquerda. Os outros são, quando muito, simulacros.

Falando em simulacros, no primeiro debate televisivo, assistimos a quatro dos maiores presidenciáveis: uma petista (Dilma), uma ex-petista (Marina), um fundador do PT (Plínio Sampaio), e um tucano acidental, como todos os tucanos, mais progressista que a candidata oficial do governo. Entre os nanicos estão o PSTU e o PCO. É nessa ilha de esquerdismos que nos encontramos.

Então, parem de falar da direita. Essa personagem do folclore brasileiro é tão verossímel quanto a Cuca ou o Lobisomem. Direita não existe, não em nossas matas. É improvável a fundação de um novo partido nos moldes de nossas leis, e é impossível sair uma direita com os partidos atuais. E continuaremos assim por décadas, com uma democracia manca, caolha e farsesca.

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Quando surge um articulista da grande mídia que, por acaso, fale mal do governo, pode ter certeza: não é da direita. Como não? Basta lembrar que a esquerda vive se devorando, pegue um livro de História e verá que o canibalismo é prática constante entre esses seres de luz. Acusar o outro de diretista é apenas cacoete – ninguém, fora o acusador purista e seu partido, pode ser um legítimo representante da esquerda. Os outros são, quando muito, simulacros.

Falando em simulacros, no primeiro debate televisivo, assistimos a quatro dos maiores presidenciáveis: uma petista (Dilma), uma ex-petista (Marina), um fundador do PT (Plínio Sampaio), e um tucano acidental, como todos os tucanos, mais progressista que a candidata oficial do governo. Entre os nanicos estão o PSTU e o PCO. É nessa ilha de esquerdismos que nos encontramos.

Então, parem de falar da direita. Essa personagem do folclore brasileiro é tão verossímel quanto a Cuca ou o Lobisomem. Direita não existe, não em nossas matas. É improvável a fundação de um novo partido nos moldes de nossas leis, e é impossível sair uma direita com os partidos atuais. E continuaremos assim por décadas, com uma democracia manca, caolha e farsesca.

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