Para economistas americanos crescimento da internet pode tornar a economia mais livre
A dificuldade de tributação e regulação comercial das atividades presentes na internet podem abrir precedentes para uma economia mais livre e mais lucrativa, trazendo benefícios ao consumidor e aumentando o acesso à cultura e à educação. A ideia central permeou as falas tanto de Lawrence Reed, presidente da Foundation for Economic Education, quanto de Tyler Cowen, professor da George Mason University. No XXIV Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. De […] Leia mais
Publicado em 13 de abril de 2011 às, 17h22.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h17.
A dificuldade de tributação e regulação comercial das atividades presentes na internet podem abrir precedentes para uma economia mais livre e mais lucrativa, trazendo benefícios ao consumidor e aumentando o acesso à cultura e à educação. A ideia central permeou as falas tanto de Lawrence Reed, presidente da Foundation for Economic Education, quanto de Tyler Cowen, professor da George Mason University. No XXIV Fórum da Liberdade, em Porto Alegre.
De acordo com Reed, a internet representa um desestímulo natural ao protecionismo, pois é um meio pouco regulado de atividade econômica. Portanto, atacar a internet com restrições tributárias, por exemplo, é impedir a geração de riqueza. Para o palestrante, esse modelo deve servir de exemplo para uma melhoria no grau de liberdade econômica no Brasil. “O governo tem um papel de peso na economia, acabando por impor barreiras ao empreendedorismo por meio de impostos altos e excesso de burocracia”, comentou, reforçando que a intervenção do governo para conter a alta do Real, por exemplo, gera mais custos e é contraproducente.
Reed complementou sua exposição apontando a 113ª posição do Brasil no Índice de Liberdade Econômica elaborado pela Fundação Heritage e o Wall Street Journal, com uma nota de 56,3%, abaixo da média mundial por conta de fatores como excesso de participação governamental no exercício da economia. Na sequência, Cowen salientou que o Brasil pode ter uma atuação importante no fortalecimento econômico da internet, visto que o País é o que tem mais participação em redes sociais como o Twitter e se caracteriza por uma criatividade vibrante e extremamente ativa na produção de inovação e conteúdo na rede. “Nos últimos 10 anos, os setores de lazer e entretenimento se tornaram mais produtivos por causa da internet. Quando este meio passar a representar uma fatia maior do PIB, uma grande parcela da economia não será tributada. De certa forma, isso também tem a ver com liberdade de expressão”, afirmou. No entanto, Cowen disse que um dos desafios dos novos meios e plataformas digitais diz respeito à geração de empregos. “O Google emprega 20 mil colaboradores, mas ainda é pouco comparado com Ford e GM, por exemplo. É necessário que a formação de novos profissionais passe a integrar suas competências à tecnologia de modo a complementá-la e potencializá-la”, defendeu. Para isso, é preciso uma reforma educacional urgente, com instituições
Sobre livre economia, leia também o artigo de Alexandre Barros no site do Instituto Millenium.