Ousadia é a marca dos “millenials”
A conquista da estabilidade política e econômica aliada à insatisfação com as oportunidades oferecidas pelo mercado e os avanços tecnológicos têm levado os jovens brasileiros a apostar cada vez mais na abertura do próprio negócio. Ameaçadas pela evasão dos talentos, as empresas correm para se adaptar à nova realidade. Em curso, uma verdadeira revolução na relação das corporações com seus funcionários. Diante desse quadro, o Instituto Millenium consultou a professora […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2013 às 22h11.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h03.
A conquista da estabilidade política e econômica aliada à insatisfação com as oportunidades oferecidas pelo mercado e os avanços tecnológicos têm levado os jovens brasileiros a apostar cada vez mais na abertura do próprio negócio. Ameaçadas pela evasão dos talentos, as empresas correm para se adaptar à nova realidade. Em curso, uma verdadeira revolução na relação das corporações com seus funcionários.
Diante desse quadro, o Instituto Millenium consultou a professora de liderança e de administração de recursos humanos da Fundação Dom Cabral (FDC), Clara Linhares, e o sociólogo e diretor de planejamento da BOX 1824 – agência de pesquisa especializa em comportamento jovem, Gabriel Milanez, para entender as expectativas dos millenials, nome dado aos jovens da geração “Y”.
A inadequação entre o mercado e o desejo dos jovens tem sido, na opinião de Clara Linhares, um estímulo ao espírito empreendedor dos brasileiros. “O mercado não está oferecendo a perspectiva de carreira e de crescimento aos candidatos”. O resultado disso é que os profissionais promissores têm optado por montar o próprio negócio ao invés de trabalhar nas grandes corporações.
A economia estável propicia o surgimento de muitas oportunidades e dá uma turbinada na confiança dos jovens. O empreendedorismo surge como uma possibilidade atraente de ganhar dinheiro sem ter que trabalhar terceiros. Clara Linhares explica que os jovens acreditam que “se nada der certo” ainda terão a chance de partir para outras iniciativas.
Para Milanez, a forma como a geração atual encara o trabalho é mediada pela estabilidade política e econômica e pela difusão da internet. “Para os jovens, inflação e ditadura fazem parte da história. Eles não têm o medo que os pais tinham de que a poupança fosse confiscada da noite para o dia”.
Milanez destaca também a hiperconectividade como um ponto decisivo para a atual formação do profissional. “Esses jovens aprendem a trabalhar com a rede. Eles têm acesso a novos instrumentos, como os programas de financiamento coletivo e podem dar vazão aos seus projetos pessoais. Isso significa que dependem menos das instituições sociais”.
Mudança de paradigmas
Atentas a essa tendência e ávidas por atrair profissionais talentosos, as empresas estão reinventando sua estrutura e repensado os modelos de recrutamento. A professora da FDC diz que está havendo uma política de valorização de pessoal. “Para atrair e reter mão de obra qualificada as empresas estão facilitando um crescimento profissional rápido, através de promoções, aliado a ganhos financeiros elevados”.
Gabriel Milanez acredita que o diálogo é a solução para o impasse entre os millenials e os empresários. “Não é que os jovens não queiram trabalhar para as corporações. Eles querem estabelecer uma relação de diálogo”. O sociólogo explica que as companhias estão tendo que desenvolver novas moedas de troca. “Essa geração quer ganhar dinheiro fazendo o que gosta e dando vazão para o que acredita. Os valores das empresas contam muito”.
Atributos dos jovens visionários
Clara Linhares enumera vantagens de contar com pessoas de espírito empreendedor em uma equipe. “O empreendedor é um cara que vai à luta sem medo de ser feliz. Ele é ousado e antecipa as coisas. É uma pessoa antenada em tudo o que está acontecendo”.
Na opinião de Milanez, alguns dos melhores estudantes universitários veêm nas companhias a chance de colocar seus estudos em prática por intermédio das companhias. “Os jovens têm muito o que aprender com as empresas porque elas estão consolidadas, têm estratégias de negócios e visão de futuro”.
Milanez destaca as vantagens de se ter um empreendedor na equipe. “Eles inovam muito e conseguem criar soluções diferentes. Se conectando com eles as empresas dão uma oxigenada nas ideias e nos processos”.
A conquista da estabilidade política e econômica aliada à insatisfação com as oportunidades oferecidas pelo mercado e os avanços tecnológicos têm levado os jovens brasileiros a apostar cada vez mais na abertura do próprio negócio. Ameaçadas pela evasão dos talentos, as empresas correm para se adaptar à nova realidade. Em curso, uma verdadeira revolução na relação das corporações com seus funcionários.
Diante desse quadro, o Instituto Millenium consultou a professora de liderança e de administração de recursos humanos da Fundação Dom Cabral (FDC), Clara Linhares, e o sociólogo e diretor de planejamento da BOX 1824 – agência de pesquisa especializa em comportamento jovem, Gabriel Milanez, para entender as expectativas dos millenials, nome dado aos jovens da geração “Y”.
A inadequação entre o mercado e o desejo dos jovens tem sido, na opinião de Clara Linhares, um estímulo ao espírito empreendedor dos brasileiros. “O mercado não está oferecendo a perspectiva de carreira e de crescimento aos candidatos”. O resultado disso é que os profissionais promissores têm optado por montar o próprio negócio ao invés de trabalhar nas grandes corporações.
A economia estável propicia o surgimento de muitas oportunidades e dá uma turbinada na confiança dos jovens. O empreendedorismo surge como uma possibilidade atraente de ganhar dinheiro sem ter que trabalhar terceiros. Clara Linhares explica que os jovens acreditam que “se nada der certo” ainda terão a chance de partir para outras iniciativas.
Para Milanez, a forma como a geração atual encara o trabalho é mediada pela estabilidade política e econômica e pela difusão da internet. “Para os jovens, inflação e ditadura fazem parte da história. Eles não têm o medo que os pais tinham de que a poupança fosse confiscada da noite para o dia”.
Milanez destaca também a hiperconectividade como um ponto decisivo para a atual formação do profissional. “Esses jovens aprendem a trabalhar com a rede. Eles têm acesso a novos instrumentos, como os programas de financiamento coletivo e podem dar vazão aos seus projetos pessoais. Isso significa que dependem menos das instituições sociais”.
Mudança de paradigmas
Atentas a essa tendência e ávidas por atrair profissionais talentosos, as empresas estão reinventando sua estrutura e repensado os modelos de recrutamento. A professora da FDC diz que está havendo uma política de valorização de pessoal. “Para atrair e reter mão de obra qualificada as empresas estão facilitando um crescimento profissional rápido, através de promoções, aliado a ganhos financeiros elevados”.
Gabriel Milanez acredita que o diálogo é a solução para o impasse entre os millenials e os empresários. “Não é que os jovens não queiram trabalhar para as corporações. Eles querem estabelecer uma relação de diálogo”. O sociólogo explica que as companhias estão tendo que desenvolver novas moedas de troca. “Essa geração quer ganhar dinheiro fazendo o que gosta e dando vazão para o que acredita. Os valores das empresas contam muito”.
Atributos dos jovens visionários
Clara Linhares enumera vantagens de contar com pessoas de espírito empreendedor em uma equipe. “O empreendedor é um cara que vai à luta sem medo de ser feliz. Ele é ousado e antecipa as coisas. É uma pessoa antenada em tudo o que está acontecendo”.
Na opinião de Milanez, alguns dos melhores estudantes universitários veêm nas companhias a chance de colocar seus estudos em prática por intermédio das companhias. “Os jovens têm muito o que aprender com as empresas porque elas estão consolidadas, têm estratégias de negócios e visão de futuro”.
Milanez destaca as vantagens de se ter um empreendedor na equipe. “Eles inovam muito e conseguem criar soluções diferentes. Se conectando com eles as empresas dão uma oxigenada nas ideias e nos processos”.