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"O que não pode é ter censura prévia"

Bruno Paes Manso, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP fala sobre a violência contra profissionais da imprensa no Brasil

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Publicado em 15 de maio de 2017 às 13h09.

Última atualização em 16 de maio de 2017 às 16h17.

Pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, o jornalista e cientista político Bruno Paes Manso fala sobre a violência contra profissionais de imprensa nas manifestações de rua e do papel fundamental que os repórteres e cinegrafistas exercem na cobertura destes eventos. Manso comenta o aumento de 62,26% nos casos de violência não-letal contra jornalistas em 2016 (dado comparativo ao ano anterior, divulgado pela Abert) e fala também sobre a maior vulnerabilidade destes profissionais em cidades do interior, onde poderes políticos tradicionais se aproveitam da falta de visibilidade parar calar repórteres e veículos que denunciam casos de corrupção.

Brasil é 10º país do mundo mais perigoso para a imprensa, diz pesquisa

Outro ponto abordado neste podcast é a dicotomia entre o direito à privacidade e os limites éticos do jornalismo. O pesquisador defende a autorregulação da imprensa, mas aponta falhas no debate em torno dos limites da atuação de veículos de comunicação. O pior, porém, é a censura prévia: “A justiça deve entrar a partir do momento em que há abusos”, diz Manso, pontuando que as instituições devem garantir o direito a proteção da honra e da privacidade de todos.

Ouça!

Pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, o jornalista e cientista político Bruno Paes Manso fala sobre a violência contra profissionais de imprensa nas manifestações de rua e do papel fundamental que os repórteres e cinegrafistas exercem na cobertura destes eventos. Manso comenta o aumento de 62,26% nos casos de violência não-letal contra jornalistas em 2016 (dado comparativo ao ano anterior, divulgado pela Abert) e fala também sobre a maior vulnerabilidade destes profissionais em cidades do interior, onde poderes políticos tradicionais se aproveitam da falta de visibilidade parar calar repórteres e veículos que denunciam casos de corrupção.

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Outro ponto abordado neste podcast é a dicotomia entre o direito à privacidade e os limites éticos do jornalismo. O pesquisador defende a autorregulação da imprensa, mas aponta falhas no debate em torno dos limites da atuação de veículos de comunicação. O pior, porém, é a censura prévia: “A justiça deve entrar a partir do momento em que há abusos”, diz Manso, pontuando que as instituições devem garantir o direito a proteção da honra e da privacidade de todos.

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