O que está por trás do rompimento entre Colômbia e Venezuela
Na “Folha de S. Paulo”, Clóvis Rossi faz uma análise dos motivos que levaram ao rompimento das relações diplomáticas entre Colômbia e Venezuela. Além do choque entre dois “projetos messiânicos” – a eliminação do narcoterrorismo por Uribe e o “socialismo do século 21″ de Chávez -, a Venezuela estaria em busca de um inimigo externo para mascarar o retrocesso de sua economia: “O rompimento de relações entre Venezuela e Colômbia […] Leia mais
Publicado em 23 de julho de 2010 às, 16h15.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 11h33.
Na “Folha de S. Paulo”, Clóvis Rossi faz uma análise dos motivos que levaram ao rompimento das relações diplomáticas entre Colômbia e Venezuela. Além do choque entre dois “projetos messiânicos” – a eliminação do narcoterrorismo por Uribe e o “socialismo do século 21″ de Chávez -, a Venezuela estaria em busca de um inimigo externo para mascarar o retrocesso de sua economia:
“O rompimento de relações entre Venezuela e Colômbia parece a materialização diplomática de um choque entre dois projetos messiânicos, o do presidente colombiano, Álvaro Uribe, e o de seu colega venezuelano, Hugo Chávez.
O projeto de Uribe passava acima de tudo pela aniquilação do narcoterrorismo, em especial o das Farc, com o pleno respaldo dos EUA.
Em seus oito anos de governo, Uribe deu grandes passos nessa direção, mas não conseguiu completá-lo.
No percurso, chocou uma e outra vez com a Venezuela de Chávez, cujo projeto, bem mais trombeteado internacionalmente, é o “socialismo do século 21″.
Passa, inexoravelmente, por enfrentar cotidianamente o “império”, os Estados Unidos da América, o grande respaldo de Uribe.
Na prática, um precisa do outro, como contraponto, para ganhar ou reforçar internamente os respectivos projetos. Read more