O papel fundamental dos think thanks nas eleições
O papel dos think tanks no Brasil tem mudado. As instituições que levam este nome podem ser partidárias, acadêmicas ou, como o Instituto Millenium, uma plataforma para as futuras gerações de empreendedores, economistas, professores de ciência política e blogueiros formularem soluções pragmáticas para os problemas de políticas públicas. Jovens brilhantes que passam por esses institutos muitas vezes usam suas habilidades a serviço do setor privado, mas querem ser ouvidos pelo […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2016 às 15h56.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h31.
O papel dos think tanks no Brasil tem mudado. As instituições que levam este nome podem ser partidárias, acadêmicas ou, como o Instituto Millenium, uma plataforma para as futuras gerações de empreendedores, economistas, professores de ciência política e blogueiros formularem soluções pragmáticas para os problemas de políticas públicas.
Jovens brilhantes que passam por esses institutos muitas vezes usam suas habilidades a serviço do setor privado, mas querem ser ouvidos pelo público geral, por isso, aderem ao quadro de um think tank.
Think tanks são valiosos na identificação de questões que devem ser debatidas em ano eleitoral, principalmente no caso do Brasil, que tem um sistema educacional que deixa lacunas. A carência de informação analítica, neutra e técnica, que possa apresentar soluções para os problemas das cidades, leva o jovem a buscar recomendações em espaços digitais. O papel dos think tanks, em particular do Instituto Millenium, é agrupar e dar sentido a toda a densidade de informações que circulam na mídia tradicional.
Apesar do acesso à informação estar disponível 24 horas por dia, os candidatos políticos, os meios de comunicação, o setor privado e atores políticos não discutem opções e os dois lados de questões importantes: como finanças pública e privada, negociação entre empregador e empregado, educação com base nacional ou regional, tendências no jornalismo etc. Os think tanks podem filtrar as informações e traduzi-las em ideias úteis e relevantes para uma efetiva ação. Isso significa que eles tanto podem afetar as políticas públicas efetivas como as ideias e discursos do público em geral.
Think tanks que combinam artigos exclusivos, podcasts e videocasts, com depoimentos de pessoas influenciadoras e da Academia, e que criam páginas especiais sobre tópicos importantes para o debate nas eleições, vão além da responsabilidade de divulgar meras estatísticas. Em ano eleitoral, alguns institutos viram referência, um espaço que oferece leitura e áudio informativo e construtivo. Há muitos jovens que entram para a política após passarem por think tanks.
Muitas pessoas acreditam que os think tanks precisam ser parecidos com entidades americanas, ONGs sem fins lucrativos que desenvolvem soluções políticas inovadoras, mas a verdade é que eles são muito diferentes em cada país.
Em outubro, as eleições municipais serão uma oportunidade para os brasileiros elegerem pessoas que pensam o país em longo prazo. Os eleitores usarão a internet e as redes sociais para comunicar suas ideias para os candidatos e cobrar resultados no ano seguinte. Think tanks precisam abrir este espaço para a cidadania moderna, que toma para si a responsabilidade pelas escolhas. A mídia precisa compreender e envolver-se com o trabalho dos think tanks.
Priscila Pereira Pinto é diretora-executiva do Instituto Millenium.
O papel dos think tanks no Brasil tem mudado. As instituições que levam este nome podem ser partidárias, acadêmicas ou, como o Instituto Millenium, uma plataforma para as futuras gerações de empreendedores, economistas, professores de ciência política e blogueiros formularem soluções pragmáticas para os problemas de políticas públicas.
Jovens brilhantes que passam por esses institutos muitas vezes usam suas habilidades a serviço do setor privado, mas querem ser ouvidos pelo público geral, por isso, aderem ao quadro de um think tank.
Think tanks são valiosos na identificação de questões que devem ser debatidas em ano eleitoral, principalmente no caso do Brasil, que tem um sistema educacional que deixa lacunas. A carência de informação analítica, neutra e técnica, que possa apresentar soluções para os problemas das cidades, leva o jovem a buscar recomendações em espaços digitais. O papel dos think tanks, em particular do Instituto Millenium, é agrupar e dar sentido a toda a densidade de informações que circulam na mídia tradicional.
Apesar do acesso à informação estar disponível 24 horas por dia, os candidatos políticos, os meios de comunicação, o setor privado e atores políticos não discutem opções e os dois lados de questões importantes: como finanças pública e privada, negociação entre empregador e empregado, educação com base nacional ou regional, tendências no jornalismo etc. Os think tanks podem filtrar as informações e traduzi-las em ideias úteis e relevantes para uma efetiva ação. Isso significa que eles tanto podem afetar as políticas públicas efetivas como as ideias e discursos do público em geral.
Think tanks que combinam artigos exclusivos, podcasts e videocasts, com depoimentos de pessoas influenciadoras e da Academia, e que criam páginas especiais sobre tópicos importantes para o debate nas eleições, vão além da responsabilidade de divulgar meras estatísticas. Em ano eleitoral, alguns institutos viram referência, um espaço que oferece leitura e áudio informativo e construtivo. Há muitos jovens que entram para a política após passarem por think tanks.
Muitas pessoas acreditam que os think tanks precisam ser parecidos com entidades americanas, ONGs sem fins lucrativos que desenvolvem soluções políticas inovadoras, mas a verdade é que eles são muito diferentes em cada país.
Em outubro, as eleições municipais serão uma oportunidade para os brasileiros elegerem pessoas que pensam o país em longo prazo. Os eleitores usarão a internet e as redes sociais para comunicar suas ideias para os candidatos e cobrar resultados no ano seguinte. Think tanks precisam abrir este espaço para a cidadania moderna, que toma para si a responsabilidade pelas escolhas. A mídia precisa compreender e envolver-se com o trabalho dos think tanks.
Priscila Pereira Pinto é diretora-executiva do Instituto Millenium.