Gustavo Franco e Helio Beltrão falam sobre perspectivas para 2022
Debate aconteceu na noite de ontem (8/12) e foi mediado pela CEO do Instituto Millenium, Marina Helena Santos
institutomillenium
Publicado em 9 de dezembro de 2021 às 16h12.
O ex-presidente do Banco Central e CSO Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, e o presidente do Instituto Mises Brasil, Helio Beltrão, estiveram juntos na noite de ontem (08/12), em webinário promovido pelo Instituto Millenium, para debater as “Perspectivas Políticas para 2022”. Com mediação da CEO do Instituto Millenium, Marina Helena Santos, o evento abordou desde um resgate histórico, para analisar como chegamos ao momento político atual, até os temas mais recentes, como a polarização, desequilíbrio fiscal, uma possível terceira via, reformas e fake news.
Quando questionado sobre a eleição presidencial, Gustavo Franco afirmou que não existe, e nem nunca existiu, um candidato ideal para os economistas de persuasão liberal. No entanto, as ideias liberais estão sempre presentes, em maior ou menor grau, nos mais díspares candidatos, sejam eles de esquerda ou direita. “Vai depender, portanto, de nós liberais fazermos uma defesa bem feita dessas nossas ideias, deste programa liberal que é quase um programa teórico, e que pode e deve ser aproveitado e apropriado por todos. Talvez essa seja a melhor forma, não sei”, comentou.
Helio Beltrão, por sua vez, reforça a ideia de que apesar da figura do Presidente ser sempre a mais evidente, ele não deve ser encarado como “salvador da pátria”, já que sabemos que "o Congresso é muito mais importante e poderoso que o Presidente”. No que tange a polarização, ambos concordam que é desastrosa, porque quando há esse tipo de disputa, tira-se o foco das soluções para os problemas reais do país e focam no espetáculo.
Para Gustavo Franco, além do atual cenário de embate entre Lula e Bolsonaro, outro player que pode gerar uma nova ramificação na conjuntura de polarização política é a candidatura do juiz Sergio Moro. “Eu sou fã do Sergio Moro, a personalidade, o juiz. Agora, parece-me inevitável que ele crie um outro ‘polo de polarização’, porque vai se criar uma situação irresistível do ponto de vista midiático e humano, que será uma eleição, o juiz e a pessoa que ele condenou. Colocando, inclusive, o grande rival do petismo, da esquerda, que é a direita carnívora, Bolsonaro, num segundo plano”, destacou.
De acordo com Helio Beltrão, as propostas dos dois principais candidatos, até o momento, apresentam muitas falhas. E para que haja um avanço no liberalismo brasileiro, é preciso antes de mais nada reformar o Estado. “Ficam todos esses grupos de interesse tentando usar o governo para viver às custas dos demais… Achamos que todo mundo tem que ter direito a uma porção de coisas, e aí usamos o poder do governo, e não entendemos que esse é poder do governo é a raiz que permite tudo isso acontecer. Se você diminui o poder do governo, vai diminuir também a corrupção e o poder que esses grupos de interesse tem”, explicou.
Confira o webinário na íntegra: Gustavo Franco e Helio Beltrão falam sobre perspectivas políticas para 2022 - Instituto Millenium
O ex-presidente do Banco Central e CSO Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, e o presidente do Instituto Mises Brasil, Helio Beltrão, estiveram juntos na noite de ontem (08/12), em webinário promovido pelo Instituto Millenium, para debater as “Perspectivas Políticas para 2022”. Com mediação da CEO do Instituto Millenium, Marina Helena Santos, o evento abordou desde um resgate histórico, para analisar como chegamos ao momento político atual, até os temas mais recentes, como a polarização, desequilíbrio fiscal, uma possível terceira via, reformas e fake news.
Quando questionado sobre a eleição presidencial, Gustavo Franco afirmou que não existe, e nem nunca existiu, um candidato ideal para os economistas de persuasão liberal. No entanto, as ideias liberais estão sempre presentes, em maior ou menor grau, nos mais díspares candidatos, sejam eles de esquerda ou direita. “Vai depender, portanto, de nós liberais fazermos uma defesa bem feita dessas nossas ideias, deste programa liberal que é quase um programa teórico, e que pode e deve ser aproveitado e apropriado por todos. Talvez essa seja a melhor forma, não sei”, comentou.
Helio Beltrão, por sua vez, reforça a ideia de que apesar da figura do Presidente ser sempre a mais evidente, ele não deve ser encarado como “salvador da pátria”, já que sabemos que "o Congresso é muito mais importante e poderoso que o Presidente”. No que tange a polarização, ambos concordam que é desastrosa, porque quando há esse tipo de disputa, tira-se o foco das soluções para os problemas reais do país e focam no espetáculo.
Para Gustavo Franco, além do atual cenário de embate entre Lula e Bolsonaro, outro player que pode gerar uma nova ramificação na conjuntura de polarização política é a candidatura do juiz Sergio Moro. “Eu sou fã do Sergio Moro, a personalidade, o juiz. Agora, parece-me inevitável que ele crie um outro ‘polo de polarização’, porque vai se criar uma situação irresistível do ponto de vista midiático e humano, que será uma eleição, o juiz e a pessoa que ele condenou. Colocando, inclusive, o grande rival do petismo, da esquerda, que é a direita carnívora, Bolsonaro, num segundo plano”, destacou.
De acordo com Helio Beltrão, as propostas dos dois principais candidatos, até o momento, apresentam muitas falhas. E para que haja um avanço no liberalismo brasileiro, é preciso antes de mais nada reformar o Estado. “Ficam todos esses grupos de interesse tentando usar o governo para viver às custas dos demais… Achamos que todo mundo tem que ter direito a uma porção de coisas, e aí usamos o poder do governo, e não entendemos que esse é poder do governo é a raiz que permite tudo isso acontecer. Se você diminui o poder do governo, vai diminuir também a corrupção e o poder que esses grupos de interesse tem”, explicou.
Confira o webinário na íntegra: Gustavo Franco e Helio Beltrão falam sobre perspectivas políticas para 2022 - Instituto Millenium