Exame.com
Continua após a publicidade

Financiamentos do BNDES concentram crédito em 12 empresas

Duas grandes estatais e empresas privadas ligadas a negócios do governo concentram o acesso ao cofre bilionário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Veja matéria publicada na “Folha de S. Paulo” de 08 de agosto: “Levantamento feito pela Folha com base nas operações divulgadas pelo banco revela que a Petrobras, a Eletrobras e dez grupos privados ficaram com 57% dos R$ 168 bilhões destinados a transações contratadas […] Leia mais

I
Instituto Millenium

Publicado em 8 de agosto de 2010 às, 22h06.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 11h28.

Duas grandes estatais e empresas privadas ligadas a negócios do governo concentram o acesso ao cofre bilionário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Veja matéria publicada na “Folha de S. Paulo” de 08 de agosto:

“Levantamento feito pela Folha com base nas operações divulgadas pelo banco revela que a Petrobras, a Eletrobras e dez grupos privados ficaram com 57% dos R$ 168 bilhões destinados a transações contratadas de 2008 até junho deste ano, informa reportagem de Ricardo Balthazar, publicada na Folha.

Entre os mais favorecidos pela instituição estão as três maiores construtoras do país, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht, que controlam investimentos em diversos outros setores da economia, a mineradora Vale, o grupo Votorantim e o frigorífico JBS.

Além dos repasses que receberam diretamente do banco, alguns grupos foram beneficiados também como sócios de empreendimentos na área de infraestrutura e de companhias de outros grupos que conseguiram empréstimos da instituição.

Na avaliação do BNDES, a elevada concentração de sua carteira reflete o que se vê fora do banco: a taxa de investimentos do país é relativamente baixa e grandes empresas como a Petrobras são responsáveis pelos principais projetos em andamento.

Mas os críticos que se incomodam com o favorecimento de grandes grupos acusam o BNDES de usar seu poderio para fortalecer empresas com amigos em Brasília em detrimento de concorrentes e dos consumidores.”