Com o propósito de incentivar o diálogo e acelerar iniciativas sociais, políticas e cívicas pelo estado do Rio de Janeiro, surgiu o Convergência – uma plataforma sem fins lucrativos que reúne empreendedores para discutir temas específicos como saúde, educação, política e segurança pública.
A convite do Instituto Millenium, o idealizador do projeto Walter Sá Cavalcante conta que a iniciativa consolidou-se de forma muita positiva e tomou maiores proporções, alcançando um novo viés: os empreendedores das comunidades e periferias carioca. Agora, além do Convergência, o coordenador dirige também o projeto Conecta.
“Existe uma infinidade de projetos nas periferias que são incríveis, ninguém conhece e carecem de muito acesso. O Conecta é um projeto específico para os empreendedores de comunidade. Pelo perfil dos empreendedores, fazemos um encontro mensal onde cada um apresenta seu projeto em três minutos e os apoiadores, financiadores e demais convidados podem se conectar diretamente com eles após o pitch”, explica Walter. Assista à entrevista abaixo!
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O empreendedorismo é uma “solução mais rápida de emprego”, destaca Walter, e requer técnicas acessíveis, principalmente aos moradores de comunidades desempregados ou sem qualificação superior. Além de visarem o lucro, essas iniciativas têm direcionado sua visão para o impacto social, trazendo em sua essência pequenas práticas de transformações para a sociedade. Em contrapartida, quem deseja seguir por este caminho deve estar atento à infraestrutura precária e barreiras burocráticas impostas pelo Estado Brasileiro, alerta Walter:
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“Fora a preocupação com o lucro e sobrevivência da empresa, esses empreendedores também estão preocupados em causar melhorias na sociedade. Em relação aos pequenos empreendedores, o Estado parece nem tomar conhecimento e não atrapalha muito. Por outro lado, temos uma crise e economia ruim, então há dificuldade para tirar o negócio do lugar. No empreendedorismo temos essas duas dificuldades: o país não ajuda porque não estão consumindo o bastante, ou não ajuda porque não oferece infraestrutura. O Estado deveria jogar gasolina no mercado empreendedor, no bom sentido, para ferver o negócio e é ao contrário, existem regras e leis que atrapalham mais do que ajudam”.