"Eleições diretas só trariam mais insegurança jurídica"
O cientista político Paulo Moura lembra que democracia não é somente voto. Entenda
laizmartins1
Publicado em 8 de junho de 2017 às 17h03.
Última atualização em 13 de junho de 2017 às 17h07.
“Insegurança jurídica, instabilidade e imprevisibilidade” serão as consequências mais graves caso a Constituição seja alterada em função de eleições diretas na possibilidade de Michel Temer ser afastado da Presidência da República. É o que pensa o especialista e cientista político Paulo Moura, defensor do cumprimento das regras atuais em caso de vacância na Presidência, ou seja, da convocação de eleições indiretas comandadas pelo Congresso Nacional: “A democracia não é feita apenas de eleições, mas de um conjunto de leis e instituições que preveem como a sociedade e o sistema político devem agir em determinas circunstâncias”, analisa.
Equívocos da demanda por eleições diretas
Nesta entrevista ao Instituto Millenium, o cientista político destaca que o custo da mobilização de novas eleições para alguém que cumprirá apenas um ano de mandato seria prejudicial para o país, já que, além de toda a mobilização nacional, o candidato eleito teria que lidar com um Congresso que só será submetido ao voto popular em 2018, aumentando as chances do uso da máquina pública para interesses pessoais e até mesmo para a perpetuação no poder. Ouça!
“Insegurança jurídica, instabilidade e imprevisibilidade” serão as consequências mais graves caso a Constituição seja alterada em função de eleições diretas na possibilidade de Michel Temer ser afastado da Presidência da República. É o que pensa o especialista e cientista político Paulo Moura, defensor do cumprimento das regras atuais em caso de vacância na Presidência, ou seja, da convocação de eleições indiretas comandadas pelo Congresso Nacional: “A democracia não é feita apenas de eleições, mas de um conjunto de leis e instituições que preveem como a sociedade e o sistema político devem agir em determinas circunstâncias”, analisa.
Equívocos da demanda por eleições diretas
Nesta entrevista ao Instituto Millenium, o cientista político destaca que o custo da mobilização de novas eleições para alguém que cumprirá apenas um ano de mandato seria prejudicial para o país, já que, além de toda a mobilização nacional, o candidato eleito teria que lidar com um Congresso que só será submetido ao voto popular em 2018, aumentando as chances do uso da máquina pública para interesses pessoais e até mesmo para a perpetuação no poder. Ouça!