Distribuição orçamentária da União é contraditória
O jornal “O Globo” publicou material comentando o que chamou de “contradições orçamentárias que favorecem a elite do funcionalismo público nos três poderes” ao referir-se à distribuição de investimentos do Orçamento da União. Pela divisão de verbas, o País fica sem dinheiro para instalar um sistema de alerta contra chuvas, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também sofre cortes, porém será pago R$ 1,2 bilhão só para construir ou […] Leia mais
Publicado em 31 de janeiro de 2011 às, 11h56.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h33.
O jornal “O Globo” publicou material comentando o que chamou de “contradições orçamentárias que favorecem a elite do funcionalismo público nos três poderes” ao referir-se à distribuição de investimentos do Orçamento da União.
Pela divisão de verbas, o País fica sem dinheiro para instalar um sistema de alerta contra chuvas, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também sofre cortes, porém será pago R$ 1,2 bilhão só para construir ou alugar suntuosos prédios para órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério da Cultura.
Na lista das despesas miúdas dos mais diversos órgãos, que também oneram as contas públicas, ainda entram de latas de cerveja, chicletes de menta, bolas de futebol e até “evento para afugentar o estresse de servidores”.
O Orçamento da União é 90% comprometido com a onerosa folha de pagamentos dos servidores, aposentadorias e programas assistenciais, além dos repasses obrigatórios, previstos na Constituição, para bancar Saúde e Educação. É na margem de 10%, que pode parecer pequena, mas significa cerca de R$ 13 bilhões, que os poderes brigam por verbas para projetos faraônicos, de prioridade questionável.
Para o especialista em contas públicas e articulista do Instituto Millenium, Raul Velloso, “É uma briga muito acirrada, mas de cachorro pequeno. Infelizmente, não há garantia de que seja racional. É a lei da canelada: ganha o mais forte, quem tiver mais poder político”, disse ao jornal.
Fonte: jornal “O Globo”