Brasil supera o México em mortes de jornalistas, segundo Repórteres Sem Fronteiras
O Brasil teve o maior número de mortes de jornalistas nas Américas, segundo relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em 2013. Com cinco profissionais mortos, o país ultrapassou o México, uma das nações mais hostis para o exercício do jornalismo. Além do Brasil, apenas o Iraque registrou a morte de um jornalista neste ano. Sandro Vaia, jornalista e especialista do Instituto Millenium, afirma que o posicionamento do atual governo […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 10h00.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h36.
O Brasil teve o maior número de mortes de jornalistas nas Américas, segundo relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em 2013. Com cinco profissionais mortos, o país ultrapassou o México, uma das nações mais hostis para o exercício do jornalismo. Além do Brasil, apenas o Iraque registrou a morte de um jornalista neste ano.
Sandro Vaia, jornalista e especialista do Instituto Millenium, afirma que o posicionamento do atual governo em relação ao papel da imprensa contribui para o aumento da hostilidade contra os profissionais da área. “O partido político que está no poder tem alimentado um discurso contra a imprensa livre, defendendo o controle social da mídia. Isso facilita com que as pessoas cometam atentados contra a imprensa e continuem impunes”, afirma.
Nos dois primeiros meses de 2014, três representantes da mídia brasileira foram mortos: o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, o proprietário do jornal Panorama Regional, Pedro Palma, e o cinegrafista da TV Cabo Mossoró, José Lacerda da Silva.
A RSF alerta ainda para o aumento dos casos de agressões contra os profissionais de imprensa desde o início das manifestações de junho de 2013. Ao todo, 114 jornalistas foram agredidos em protestos. Mais de dois terços dos ataques são atribuídos às forcas policiais, de acordo com a ONG.
O Brasil teve o maior número de mortes de jornalistas nas Américas, segundo relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em 2013. Com cinco profissionais mortos, o país ultrapassou o México, uma das nações mais hostis para o exercício do jornalismo. Além do Brasil, apenas o Iraque registrou a morte de um jornalista neste ano.
Sandro Vaia, jornalista e especialista do Instituto Millenium, afirma que o posicionamento do atual governo em relação ao papel da imprensa contribui para o aumento da hostilidade contra os profissionais da área. “O partido político que está no poder tem alimentado um discurso contra a imprensa livre, defendendo o controle social da mídia. Isso facilita com que as pessoas cometam atentados contra a imprensa e continuem impunes”, afirma.
Nos dois primeiros meses de 2014, três representantes da mídia brasileira foram mortos: o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, o proprietário do jornal Panorama Regional, Pedro Palma, e o cinegrafista da TV Cabo Mossoró, José Lacerda da Silva.
A RSF alerta ainda para o aumento dos casos de agressões contra os profissionais de imprensa desde o início das manifestações de junho de 2013. Ao todo, 114 jornalistas foram agredidos em protestos. Mais de dois terços dos ataques são atribuídos às forcas policiais, de acordo com a ONG.