Brasil supera EUA e Alemanha em número de cargos comissionados
De acordo com dados do Portal da Transparência do Governo Federal, somente em 2013, o Senado contratou 588 funcionários para cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), os cargos de confiança ou comissionados. A contratação de não concursados não se limita ao Legislativo. O Executivo conta com cerca de 22,5 mil funcionários ocupando cargos comissionados, contra, aproximadamente, 4 mil nos Estados Unidos, 300 no Reino Unido e 500 na Alemanha […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 14h17.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h48.
De acordo com dados do Portal da Transparência do Governo Federal, somente em 2013, o Senado contratou 588 funcionários para cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), os cargos de confiança ou comissionados. A contratação de não concursados não se limita ao Legislativo. O Executivo conta com cerca de 22,5 mil funcionários ocupando cargos comissionados, contra, aproximadamente, 4 mil nos Estados Unidos, 300 no Reino Unido e 500 na Alemanha e na França.
É o que afirma Claudio Weber Abramo, jornalista e diretor-executivo da ONG Transparência Brasil. Para ele, o excesso de cargos comissionados prejudica a administração pública. Conforme destaca Abramo, a falta de clareza sobre as atribuições da função de assessoramento superior acarreta na contratação de profissionais despreparados.
“Isso é aproveitado para justificar a nomeação de pessoas sem qualificação alguma, usualmente cabos eleitorais, gente a quem se deve favores”, afirma Abramo. “É impossível haver uma gestão eficiente nessas condições”, completa.
Bruno Garschagen, mestre em Ciências Políticas e em Relações Internacionais e especialista do Instituto Millenium, concorda com Abramo. “A finalidade [dos cargos comissionados] é aparelhar a administração pública com representantes do partido e dar emprego a apadrinhados políticos”, pontua.
De acordo com dados do Portal da Transparência do Governo Federal, somente em 2013, o Senado contratou 588 funcionários para cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), os cargos de confiança ou comissionados. A contratação de não concursados não se limita ao Legislativo. O Executivo conta com cerca de 22,5 mil funcionários ocupando cargos comissionados, contra, aproximadamente, 4 mil nos Estados Unidos, 300 no Reino Unido e 500 na Alemanha e na França.
É o que afirma Claudio Weber Abramo, jornalista e diretor-executivo da ONG Transparência Brasil. Para ele, o excesso de cargos comissionados prejudica a administração pública. Conforme destaca Abramo, a falta de clareza sobre as atribuições da função de assessoramento superior acarreta na contratação de profissionais despreparados.
“Isso é aproveitado para justificar a nomeação de pessoas sem qualificação alguma, usualmente cabos eleitorais, gente a quem se deve favores”, afirma Abramo. “É impossível haver uma gestão eficiente nessas condições”, completa.
Bruno Garschagen, mestre em Ciências Políticas e em Relações Internacionais e especialista do Instituto Millenium, concorda com Abramo. “A finalidade [dos cargos comissionados] é aparelhar a administração pública com representantes do partido e dar emprego a apadrinhados políticos”, pontua.