Aung San Suu Kyi aponta semelhanças entre Mianmar e o Oriente Médio
A líder pró-democracia Aung San Suu Kyi conversou com correspondentes estrangeiros em Kuala Lumpur, e disse que o povo de Mianmar está acompanhando de perto a evolução dos protestos pacíficos no Oriente Médio. Segundo Suu Kyi, o governo militar de Mianmar tentou bloquear, sem sucesso, a cobertura dos eventos no Egito e na Tunísia, para evitar que o povo tivesse conhecimento dos fatos. Aos 65 anos de idade, a Prêmio […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 21h55.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h36.
A líder pró-democracia Aung San Suu Kyi conversou com correspondentes estrangeiros em Kuala Lumpur, e disse que o povo de Mianmar está acompanhando de perto a evolução dos protestos pacíficos no Oriente Médio. Segundo Suu Kyi, o governo militar de Mianmar tentou bloquear, sem sucesso, a cobertura dos eventos no Egito e na Tunísia, para evitar que o povo tivesse conhecimento dos fatos.
Aos 65 anos de idade, a Prêmio Nobel disse que o povo birmanês acompanhou os acontecimentos que culminaram com a derrubada dos governos da Tunísia e do Egito, assim como o confronto entre apoiadores do líder líbio Muamar Kadafi e manifestantes antigoverno.
“Eles estão comparando o que está acontecendo lá com o que aconteceu em Mianmar em 1988, e um detalhe que tenho notado é que na Tunísia e no Egito o exército não disparou contra seu povo, como na Líbia”, disse ela . “O resultado das manifestações na Líbia também parece ser muito pior do que foi na Tunísia e no Egito. Todos estão esperando para ver o que vai acontecer, porque as pessoas ficaram impressionadas com o que houve no Egito”.
Como líder da Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi venceu as eleições democráticas em 1988, mas o resultado foi rejeitado pelos militares, que reprimiram os protestos e têm governado o país desde então. Sob o regime militar, vários protestos irromperam nas ruas da capital, Rangum. O mais recente foi o de 2007, quando milhares de monges budistas foram espancados, presos, e baleados pelos militares.
Segundo Aung San Suu Kyi, esta é a diferença significativa entre a condição do povo birmanês e aqueles que vivem sob regimes totalitários e autocráticos no Oriente Médio: “No caso de Mianmar, as pessoas foram atacadas pelo exército, e acho que isso faz uma grande diferença. Já no caso da Líbia, o próprio exército aparece dividido em relação à forma como a situação deve ser tratada. Em Mianmar, não acho que houve alguma divisão perceptível em relação à política dos militares “, disse ela.
Aung San Suu Kyi disse ainda que Mianmar não pode escapar da tecnologia do século 21, que aumentou significativamente a capacidade das pessoas de se organizar sem interferência de seus governos. Ela diz que pretende se cadastrar no Facebook e Twitter, “o mais rápido possível”.
Fonte: “VoaNews.com”
No site do I nstituto Millenium, veja a entrevista com a líder pró-democracia de Mianmar.
A líder pró-democracia Aung San Suu Kyi conversou com correspondentes estrangeiros em Kuala Lumpur, e disse que o povo de Mianmar está acompanhando de perto a evolução dos protestos pacíficos no Oriente Médio. Segundo Suu Kyi, o governo militar de Mianmar tentou bloquear, sem sucesso, a cobertura dos eventos no Egito e na Tunísia, para evitar que o povo tivesse conhecimento dos fatos.
Aos 65 anos de idade, a Prêmio Nobel disse que o povo birmanês acompanhou os acontecimentos que culminaram com a derrubada dos governos da Tunísia e do Egito, assim como o confronto entre apoiadores do líder líbio Muamar Kadafi e manifestantes antigoverno.
“Eles estão comparando o que está acontecendo lá com o que aconteceu em Mianmar em 1988, e um detalhe que tenho notado é que na Tunísia e no Egito o exército não disparou contra seu povo, como na Líbia”, disse ela . “O resultado das manifestações na Líbia também parece ser muito pior do que foi na Tunísia e no Egito. Todos estão esperando para ver o que vai acontecer, porque as pessoas ficaram impressionadas com o que houve no Egito”.
Como líder da Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi venceu as eleições democráticas em 1988, mas o resultado foi rejeitado pelos militares, que reprimiram os protestos e têm governado o país desde então. Sob o regime militar, vários protestos irromperam nas ruas da capital, Rangum. O mais recente foi o de 2007, quando milhares de monges budistas foram espancados, presos, e baleados pelos militares.
Segundo Aung San Suu Kyi, esta é a diferença significativa entre a condição do povo birmanês e aqueles que vivem sob regimes totalitários e autocráticos no Oriente Médio: “No caso de Mianmar, as pessoas foram atacadas pelo exército, e acho que isso faz uma grande diferença. Já no caso da Líbia, o próprio exército aparece dividido em relação à forma como a situação deve ser tratada. Em Mianmar, não acho que houve alguma divisão perceptível em relação à política dos militares “, disse ela.
Aung San Suu Kyi disse ainda que Mianmar não pode escapar da tecnologia do século 21, que aumentou significativamente a capacidade das pessoas de se organizar sem interferência de seus governos. Ela diz que pretende se cadastrar no Facebook e Twitter, “o mais rápido possível”.
Fonte: “VoaNews.com”
No site do I nstituto Millenium, veja a entrevista com a líder pró-democracia de Mianmar.