As relações do Brasil com mais uma ditadura: "contribuição política"?
Em visita à Guiné Equatorial, Lula foi recebido pelo ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, no poder desde 1979. Segundo informações do “O Estado de S. Paulo”, o Brasil tem interesse em exportar tratores, máquinas agrícolas, produtos de alumínio, bebidas e confecções para a Guiné Equatorial. O diretor do Departamento de Comércio e Investimentos do Itamaraty, Norton Rapesta, chegou a citar a ditadura militar brasileira na defesa dos negócios com a […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2010 às 14h55.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h39.
Em visita à Guiné Equatorial, Lula foi recebido pelo ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, no poder desde 1979. Segundo informações do “O Estado de S. Paulo”, o Brasil tem interesse em exportar tratores, máquinas agrícolas, produtos de alumínio, bebidas e confecções para a Guiné Equatorial. O diretor do Departamento de Comércio e Investimentos do Itamaraty, Norton Rapesta, chegou a citar a ditadura militar brasileira na defesa dos negócios com a Guiné: “Quando a gente tinha ditadura no Brasil, ninguém ia negociar com a gente? O fato de o Brasil se aproximar (da Guiné Equatorial), trazendo o seu exemplo, pode ser uma contribuição política. A gente tem de ser pragmático”, disse Rapesta.
Mais uma vez, portanto, o Brasil utiliza o argumento do “pragmatismo” para o apoio a ditaduras onde inexiste liberdade de expressão e democracia, dando de ombros à questão dos direitos humanos.
Com informações do “O Estado de S. Paulo”
Em visita à Guiné Equatorial, Lula foi recebido pelo ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, no poder desde 1979. Segundo informações do “O Estado de S. Paulo”, o Brasil tem interesse em exportar tratores, máquinas agrícolas, produtos de alumínio, bebidas e confecções para a Guiné Equatorial. O diretor do Departamento de Comércio e Investimentos do Itamaraty, Norton Rapesta, chegou a citar a ditadura militar brasileira na defesa dos negócios com a Guiné: “Quando a gente tinha ditadura no Brasil, ninguém ia negociar com a gente? O fato de o Brasil se aproximar (da Guiné Equatorial), trazendo o seu exemplo, pode ser uma contribuição política. A gente tem de ser pragmático”, disse Rapesta.
Mais uma vez, portanto, o Brasil utiliza o argumento do “pragmatismo” para o apoio a ditaduras onde inexiste liberdade de expressão e democracia, dando de ombros à questão dos direitos humanos.
Com informações do “O Estado de S. Paulo”