A solução para a crise é mais capitalismo

Steve Forbes acaba de lançar um novo livro e o título é provocador: Como o capitalismo vai nos salvar: porque pessoas e mercados livres são a melhor resposta para a economia atual” (tradução livre do How Capitalism Will Save Us: Why Free People and Free Markets Are the Best Answer in Today’s Economy).
Forbes defende que o capitalismo é a maior história de sucesso econômico do mundo. Mas que a recente crise fez alguns balançarem a sua confiança no sistema. Mas desde as reformas promovidas pelo presidente Reagan, no início da década de 80, até hoje, os EUA apresentaram um crescimento fabuloso, com grande aumento da classe média.
Com as medidas acertadas, os países desenvolvidos conseguirão sair da crise. Mas e depois? Regulamentações, mais impostos e intervencionismo pode atrapalhar a inovação e o crescimento na fase pós-crise. Forbes se adianta no debate sobre o que fazer após a poeira da crise passar.
Agora mesmo, nos EUA, o Congresso discute uma reforma no setor de saúde que vai custar US$ 1,3 trilhão em 10 anos – para se ter uma idéia, o PIB do Brasil é de US$ 1,9 trilhão. E muitos apontam que o Estado americano está quebrado. Nas TVs, um dos comerciais que mais passam são de empresas que oferecem investimento em ouro. Para a minha surpresa, há também um comercial dizendo que não é ouro que você deve comprar, mas prata! Em todos eles repete-se que com o déficit americano no nível atual a única forma de se proteger é comprando metal. Isso mostra que os pacotes de salvamento e novos gastos podem tirar a confiança do consumidor, o que seria prejudicial no médio prazo para a recuperação. E no longo prazo, o que fazer? É sobre isso o que Steve Forbes (com a co-autora Elizabeth Ames) estão preocupados.