A "função social" da barbárie?
“O caso é uma amostra do pensamento corrente: a de que os fins justificam os meios. Só isso explica que um ladrão de laranjas esteja preso e os que destruíram um laranjal sejam considerados heróis do movimento social. A lógica é esta: se não há um fim de cunho coletivo e social que justifique um roubo, então é roubo; se há uma causa por trás do roubo, da morte, da […] Leia mais
Publicado em 8 de outubro de 2009 às, 04h17.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h15.
“O caso é uma amostra do pensamento corrente: a de que os fins justificam os meios.
Só isso explica que um ladrão de laranjas esteja preso e os que destruíram um laranjal sejam considerados heróis do movimento social.
A lógica é esta: se não há um fim de cunho coletivo e social que justifique um roubo, então é roubo; se há uma causa por trás do roubo, da morte, da destruição, do terror, do seqüestro, do caixa dois, então não é roubo, é ato de heroísmo.
É por isso que Tarso Genro defende Cesare Battisti. É por isso que Constituições (qualquer uma) são irrelevantes para chavistas.
A pergunta que o Brasil precisa fazer em 2010 é: entre a causa, por mais nobre que seja, e a lei, o que vem primeiro? Ao cabo, é a escolha entre a barbárie e a civilização. Mas, juro, há nos círculos acadêmicos quem não veja muita diferença entre uma coisa e outra.”
(comentário de Daniela Brasileira Insone publicado no blog de Reinaldo Azevedo, resumindo a situação).