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A partir deste sábado, brasileiro deixa de trabalhar para sustentar o governo

Matéria de Simone Cavalcanti no “Brasil Econômico” de 28 de maio lembra que hoje o Brasil cumpre sua cota com o Fisco. Amanhã, 29 de maio, será o primeiro dia em que o brasileiro passará a trabalhar para si neste ano, sendo que a maior carga recai sobre a população de menor renda (até dois salários mínimos). O Brasil é o terceiro país com a maior carga tributária do mundo, […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 28 de maio de 2010 às, 17h26.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 11h49.

Matéria de Simone Cavalcanti no “Brasil Econômico” de 28 de maio lembra que hoje o Brasil cumpre sua cota com o Fisco. Amanhã, 29 de maio, será o primeiro dia em que o brasileiro passará a trabalhar para si neste ano, sendo que a maior carga recai sobre a população de menor renda (até dois salários mínimos). O Brasil é o terceiro país com a maior carga tributária do mundo, perdendo apenas para Suécia e França, segundo informações do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

Leia a matéria completa no site do “Brasil Econômico”.

Confira também outras notícias relacionadas:

• A Lei da Transparência, de 26 de maio de 2009, determina que todos os órgãos públicos da União, dos Estados e dos 273 municípios com mais de 100 mil habitantes deveriam publicar na internet seus gastos e receitas de forma pormenorizada e em tempo real, permitindo a transparência nos gastos. Um ano depois, no entanto, isso continua apenas no papel, visto que nenhum dos órgãos superiores da Justiça e do Legislativo a cumpriram. Leia a notícia na íntegra aqui.

• O Portal da Transparência disponibiliza desde ontem, 27 de maio, informações sobre receitas e despesas efetuadas diariamente pelo governo federal.

• O “Valor Econômico” entrevistou o economista-chefe e vice-diretor da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Pier Carlo Padoan. O economista sugere que o Brasil baixe os impostos sobre os salários, e aumente-os sobre o consumo, e também passe a cobrar pela entrada nas universidades públicas. Confira alguns trechos da entrevista:

Valor: O que o Brasil precisa melhorar rapidamente?

Padoan: A OCDE tem sugerido ao Brasil mais ações nas áreas tributária, educação e infraestrutura. É preciso mudar a estrutura tributária no país, baixar as taxas adversas ao crescimento e compensar isso com outras taxas. A OCDE recomenda baixar o imposto direto sobre o trabalho, os salários, e de outro lado, aumentar a taxa indireta sobre o consumo. Com isso, terá mais produtividade, mais crescimento, mais renda disponível para as famílias. Também é preciso pensar em adotar uma taxa carbono, para reduzir as emissões de gases na produção, vincular mudança climática e crescimento. A competitividade depende de muitas coisas, como especialização, inovação tecnológica. É possível aumentá-la e ser mais ambientalmente correto.

Valor: E cobrar pela entrada nas universidades federais?

Padoan: Sim. É preciso melhorar no Brasil a eficácia do investimento na educação. Uma maneira é cobrar pela entrada na universidade pública. Isso pode ser atenuado com concessão de bolsas para os bons estudantes que não podem pagar. Há muita experiência internacional boa nesse sentido.

Valor: Na infraestrutura, o país tem o PAC em andamento.

Padoan: A indicação é de continuar a aumentar o estoque de capital infraestrutural. O Brasil está a pleno vapor, mas precisa de infraestrutura e de capital humano.”

Assinante lê na íntegra aqui.