A boa imagem do Brasil é maior que o seu real poder no mundo
A relevância do Brasil na arena internacional é menor na prática do que sugere sua presença na mídia internacional. A afirmação é de Iliana Olivé, pesquisadora do think tank espanhol Real Instituto Elcano, que apresentou nesta semana o relatório “ìndice Elcano de Presença Global”. O estudo pretende medir o posicionamento internacional dos países e sua projeção externa nos terrenos econômico, militar, científico, social e cultural. Foram analisados 52 países, incluindo […] Leia mais
Publicado em 25 de março de 2011 às, 20h20.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 10h21.
A relevância do Brasil na arena internacional é menor na prática do que sugere sua presença na mídia internacional. A afirmação é de Iliana Olivé, pesquisadora do think tank espanhol Real Instituto Elcano, que apresentou nesta semana o relatório “ìndice Elcano de Presença Global”. O estudo pretende medir o posicionamento internacional dos países e sua projeção externa nos terrenos econômico, militar, científico, social e cultural.
Foram analisados 52 países, incluindo os 42 com o maior PIB. Embora reconhecendo o crescimento fenomenal do Brasil na última década, os pesquisadores do Elcano colocam o México como o país mais influente da América Latina, e o único da região que se enquadra entre os 20 países mais influentes do mundo. O índice foi feito com dados de 2010, mas os pesquisadores planejam atualizá-lo a cada dois anos, e esperam um aumento da posição do Brasil no ranking.
Segundo Ignacio Molina, principal pesquisador sobre a Europa e autor do relatório, apesar do impressionante crescimento econômico do Brasil, dos intercâmbios comerciais que realiza e de outros fatores, a análise detalhada da presença estrangeira em um país produz resultados “intuitivos” sobre sua verdadeira relevância no cenário internacional. “Os imigrantes da Argentina, Colômbia e Equador, vizinhos do Brasil, não vão para o Brasil, mas sim para a Europa”, disse Molina, como um exemplo do real atrativo do país.
Fonte: “El País”
No site do Instituto Millenium, leia o artigo de Gil Castello Branco sobre o crescimento brasileiro: “Herança maldita: a culpa é da serpente ou da maçã?”