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O que o caso HSBC pode nos ensinar?

Hoje acordamos com a notícia do encerramento das atividades do HSBC e a possível demissão de 50.000 pessoas ao redor do mundo devido à crise. Todas haviam optado pela “segurança” de trabalhar para um dos maiores bancos do mundo. Fato é que não existe segurança em lugar nenhum na iniciativa privada. Pensando racionalmente, sempre há mais razões para não ser um empreendedor do que ser um. Horas árduas de trabalho […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 12h40.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h02.

Hoje acordamos com a notícia do encerramento das atividades do HSBC e a possível demissão de 50.000 pessoas ao redor do mundo devido à crise. Todas haviam optado pela “segurança” de trabalhar para um dos maiores bancos do mundo. Fato é que não existe segurança em lugar nenhum na iniciativa privada.

Pensando racionalmente, sempre há mais razões para não ser um empreendedor do que ser um. Horas árduas de trabalho longe da família, incerteza sobre os resultados futuros, frustração e o risco de não conseguir pagar as contas no final do mês faz muita gente buscar a “segurança” de ser empregado.

Somos ensinados a ser empregados. Estudamos para isso, principalmente nas faculdades. Fiz 5 anos de engenharia e nesse período nunca tive nenhuma disciplina ou qualquer estímulo para montar uma empresa. A grande meta de todos era acabar a faculdade e ser efetivado na empresa a qual éramos estagiários. Aquilo traria a segurança que precisávamos no momento. Milhares de engenheiros, médicos, advogados, administradores, farmacêuticos e tantos outros profissionais vivem isso todo ano.

Nos momentos de crise as ineficiências vem a tona. As escolhas erradas e nossas fragilidades ficam expostas ao mercado. Isso vale para as empresas mas também para os profissionais. Nossa empregabilidade é posta a prova.

Felizmente acredito que nossa realidade começa lentamente a mudar. Como professor do curso de administração e mentor da Endeavor percebo que empreender passou a ser considerado uma alternativa entre as top 3: ser empregado na iniciativa privada, fazer um concurso público e tentar a sorte com uma startup.

O que antes era uma escolha secundária, passa a ser considerado algo normal, o que é muito bom. Os profissionais de administração e tecnologia da informação, inspirados por exemplos de grandes empreendedores, já não sentem-se obrigados a buscar a segurança mas sim as aventuras do empreender.

Aqueles que leem esse texto e já empreenderam sabem das dificuldades, principalmente em tempos de recessão. As crises testam nossa capacidade como empreendedor mas, por outro lado, trazem excelentes oportunidades. Grandes empresas de hoje, como GE, Revlon e Fedex surgiram em momentos de recessão. Steve Jobs foi demitido e voltou para tornar a Apple a empresa que é hoje, além de desenvolver outro grande negócio como a Pixar.

Todos nós somos uma empresa em potencial. O Brasil precisa de novos empreendedores do conhecimento que possam desenvolver novos produtos e serviços inovadores. Vencedores e perdedores falham, a diferença é que os vencedores não desistem e seguem tentando.

Felipe Ost Scherer

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Hoje acordamos com a notícia do encerramento das atividades do HSBC e a possível demissão de 50.000 pessoas ao redor do mundo devido à crise. Todas haviam optado pela “segurança” de trabalhar para um dos maiores bancos do mundo. Fato é que não existe segurança em lugar nenhum na iniciativa privada.

Pensando racionalmente, sempre há mais razões para não ser um empreendedor do que ser um. Horas árduas de trabalho longe da família, incerteza sobre os resultados futuros, frustração e o risco de não conseguir pagar as contas no final do mês faz muita gente buscar a “segurança” de ser empregado.

Somos ensinados a ser empregados. Estudamos para isso, principalmente nas faculdades. Fiz 5 anos de engenharia e nesse período nunca tive nenhuma disciplina ou qualquer estímulo para montar uma empresa. A grande meta de todos era acabar a faculdade e ser efetivado na empresa a qual éramos estagiários. Aquilo traria a segurança que precisávamos no momento. Milhares de engenheiros, médicos, advogados, administradores, farmacêuticos e tantos outros profissionais vivem isso todo ano.

Nos momentos de crise as ineficiências vem a tona. As escolhas erradas e nossas fragilidades ficam expostas ao mercado. Isso vale para as empresas mas também para os profissionais. Nossa empregabilidade é posta a prova.

Felizmente acredito que nossa realidade começa lentamente a mudar. Como professor do curso de administração e mentor da Endeavor percebo que empreender passou a ser considerado uma alternativa entre as top 3: ser empregado na iniciativa privada, fazer um concurso público e tentar a sorte com uma startup.

O que antes era uma escolha secundária, passa a ser considerado algo normal, o que é muito bom. Os profissionais de administração e tecnologia da informação, inspirados por exemplos de grandes empreendedores, já não sentem-se obrigados a buscar a segurança mas sim as aventuras do empreender.

Aqueles que leem esse texto e já empreenderam sabem das dificuldades, principalmente em tempos de recessão. As crises testam nossa capacidade como empreendedor mas, por outro lado, trazem excelentes oportunidades. Grandes empresas de hoje, como GE, Revlon e Fedex surgiram em momentos de recessão. Steve Jobs foi demitido e voltou para tornar a Apple a empresa que é hoje, além de desenvolver outro grande negócio como a Pixar.

Todos nós somos uma empresa em potencial. O Brasil precisa de novos empreendedores do conhecimento que possam desenvolver novos produtos e serviços inovadores. Vencedores e perdedores falham, a diferença é que os vencedores não desistem e seguem tentando.

Felipe Ost Scherer

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