Oficina do Insper Metricis discute o uso gerencial da mensuração de impacto para políticas públicas
Iniciativa contou com a participação de Sergio Firpo, atual Secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos
Publicado em 29 de novembro de 2023 às, 06h55.
Por Jorge Ikawa*
O Insper Metricis realizou recentemente a 31ª Oficina de Impacto Socioambiental para discutir o tema “Mensuração de impacto: uso gerencial para políticas públicas”. A iniciativa contou com a participação de Sergio Firpo, atual Secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, e professor titular da Cátedra Instituto Unibanco no Insper, e mediação de Carolina Pedrosa Gomes de Melo, coordenadora do Mestrado Profissional em Políticas Públicas do Insper e integrante da equipe técnica do Insper Metricis. O evento completo você confere aqui.
Durante sua exposição, Sergio Firpo ressaltou que a experiência de avaliação já existe há algum tempo dentro do Governo Federal e que passou por diferentes governos. “Essa permanência ao longo do tempo se deve aos técnicos que lá estão. Pessoas bem formadas, que abraçaram a causa da avaliação das políticas públicas pela razão, que hoje a gente tem muito clara, que é a necessidade de fazer avaliação das políticas públicas com a finalidade de aperfeiçoamento das políticas, o que impacta, portanto, na qualidade do gasto”, comenta.
Ele também falou sobre alguns desafios durante o processo de avaliação. “O que a gente está tentando mudar, e aí começa com esse processo de muita escuta dos gestores, é mostrar que avaliação pode ser uma ferramenta útil para o desenvolvimento, assim como a avaliação foi criada pelos departamentos de recursos humanos para ser um instrumento de aperfeiçoamento profissional e não apenas de controle e fiscalização dos gestores. Então, a gente tem tentado mudar essa visão de que a avaliação é punitiva”, ressalta.
Sergio Firpo comentou ainda sobre a importância de uma comunicação adequada dos resultados das análises de políticas públicas, com o intuito de tornar esse conhecimento disponível com uma linguagem acessível ao público em geral. “Uma coisa que a gente fez foi começar a disseminar o que já existia de avaliação. O pessoal que estava lá já havia feito um esforço de gerar boletins. A gente achou que os boletins tinham oportunidade de melhoria. A gente reescreveu esses boletins e transformou em informes. Eles são uma folha frente e verso, que são visualmente muito interessantes”, descreve. Exemplos desses boletins com as análises de políticas públicas podem ser encontrados aqui.
Por fim, ele também teceu algumas reflexões sobre o trabalho na Secretaria de Monitoramento e Avaliação (SMA) e sobre a importância de avaliação e monitoramento de políticas públicas. “Eu digo, nosso lema na SMA é revisar para repriorizar. Têm políticas que precisam ser revistas no portfólio dos ministérios para que você consiga, de fato, dar mais peso orçamentário para as políticas que são as mais relevantes e prioritárias. Esse é o esforço que precisa ser um esforço coletivo”, finaliza.
*Jorge Ikawa é doutor em Economia dos Negócios pelo Insper, bacharel em Economia pela FEARP-USP e formado em Jornalismo pela ECA-USP.