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Brasileiros lançam alimento funcional bom para a saúde e para a floresta

Empresários criam alimento que vale por uma refeição usando ingredientes sustentáveis da Amazônia fornecidos por pequenos produtores locais

Max Petrucci e Edgard Calfat criadores da MAHTA (MAHTA/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2022 às 13h43.

As pessoas estão cada vez mais escolhendo consumir produtos de negócios que se preocupem com o futuro da humanidade, consumindo alimentos que garantem uma vida mais sustentável, com valor agregado. Apesar disso, essa mudança de mentalidade na nutrição mundial ainda precisa quebrar alguns paradigmas, como o de produzir monoculturas com base na derrubada de florestas e sem considerar questões socioambientais. Não se trata apenas de jogo de marketing: os negócios que irão prosperar no futuro são os que desde já promovam ganhos econômicos, ambientais e sociais, tudo ao mesmo tempo. Uma adaptação promissora e que já surte efeitos positivos é a que leva a produção agrícola para sistemas agroflorestais, baseados na integração, no equilíbrio e na preservação dos recursos naturais. Uma adaptação que significa evolução.

Foi sabendo dessa demanda por alimentos naturais, da importância de se produzir alimentos ricos para a saúde humana e ambiental e da necessidade urgente de parar de destruir, que os sócios Max Petrucci e Edgard Calfat criaram a MAHTA - Nutrição regenerativa da floresta. A startup se propõe a ajudar a reinventar o sistema de produção e consumo de alimentos no Brasil e no mundo, colocando a floresta amazônica como uma plataforma para essa reinvenção. Mais do que vender alimentos, o negócio visa a construção de um novo modelo mental fundado em uma ciência mais sistêmica do que simplesmente mecanicista.

O produto desenvolvido na Mahta é um alimento em pó feito de produtos da Amazônia, que substitui uma refeição. É um superfood (superalimento), termo criado para designar alimentos que dispõem de ingredientes com uma grande quantidade de nutrientes, muito maior do que a média. O processo de preparo desse pó é denominado liofilização, o mesmo utilizado pela NASA para nutrir seus astronautas em missões espaciais. O diferencial está na origem dos produtos: todos os ingredientes que compõem o produto são provenientes de comunidades tradicionais da região amazônica e de pequenos agricultores que operam no modelo SAFs (Sistemas Agroflorestais).

Insegurança alimentar e modo de produzir

Hoje o mundo produz alimento suficiente para alimentar toda a população humana. Apesar disso, segundo o relatório da ONU “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo” de 2021, um décimo da população global (até 811 milhões de pessoas) estava desnutrida em 2020. Isso é resultado da má distribuição e da destruição das cadeias tradicionais de produção (que geralmente respeitam os recursos naturais). Ainda segundo o estudo, os impactos negativos para a saúde humana e ambiental da produção descuidada de alimentos são grandes. Os sistemas alimentares são responsáveis por 70% da água extraída da natureza, causam 60% da perda de biodiversidade e geram até um terço das emissões humanas de gases de efeito de estufa. Produzir alimentos de forma sustentável, aproveitando a floresta em pé, conserva os recursos naturais, emprega mais pessoas, gera mais renda, gera uma renda mais distribuída, mantém laços tradicionais de conexão entre as comunidades e a natureza e ainda oferece uma diversidade maior de produtos

O propósito da Mahta ao produzir o superfood a partir de alimentos originários da Amazônia é reconectar a humanidade com a floresta, levando inovação para uma plataforma de suprimentos. “O que fazemos é combinar a sabedoria ancestral da floresta e de seus povos originários com produtos que melhoram a nutrição, a condição de vida das comunidades locais e a regeneração da floresta. Depois de um ano e meio de pesquisa, chegamos a um produto testado, avaliado, pronto para ser vendido e consumido e para começar a causar um impacto positivo em diferentes níveis”, explica Max Petrucci, sócio fundador. A Mahta adquire ingredientes como cacau, cupuaçu, açaí, coco, castanha-do-pará, taperebá, bacuri, graviola e cumarú, de pequenos produtores da Amazônia, como os da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores e Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA, de Rondônia, e da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), do norte de Mato Grosso.

A abertura das vendas do superalimento da Mahta começou na quinta-feira (dia 14 de abril de 2022) no site oficial. Já no canal do YouTube, é possível assistir à websérie "Sistema Regenerativo da Floresta", que fala dos princípios regenerativos necessários para gerar o impacto positivo para quem consome, quem produz e quem habita o planeta, ou seja, na cadeia socioambiental da Amazônia.

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Foi sabendo dessa demanda por alimentos naturais, da importância de se produzir alimentos ricos para a saúde humana e ambiental e da necessidade urgente de parar de destruir, que os sócios Max Petrucci e Edgard Calfat criaram a MAHTA - Nutrição regenerativa da floresta. A startup se propõe a ajudar a reinventar o sistema de produção e consumo de alimentos no Brasil e no mundo, colocando a floresta amazônica como uma plataforma para essa reinvenção. Mais do que vender alimentos, o negócio visa a construção de um novo modelo mental fundado em uma ciência mais sistêmica do que simplesmente mecanicista.

O produto desenvolvido na Mahta é um alimento em pó feito de produtos da Amazônia, que substitui uma refeição. É um superfood (superalimento), termo criado para designar alimentos que dispõem de ingredientes com uma grande quantidade de nutrientes, muito maior do que a média. O processo de preparo desse pó é denominado liofilização, o mesmo utilizado pela NASA para nutrir seus astronautas em missões espaciais. O diferencial está na origem dos produtos: todos os ingredientes que compõem o produto são provenientes de comunidades tradicionais da região amazônica e de pequenos agricultores que operam no modelo SAFs (Sistemas Agroflorestais).

Insegurança alimentar e modo de produzir

Hoje o mundo produz alimento suficiente para alimentar toda a população humana. Apesar disso, segundo o relatório da ONU “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo” de 2021, um décimo da população global (até 811 milhões de pessoas) estava desnutrida em 2020. Isso é resultado da má distribuição e da destruição das cadeias tradicionais de produção (que geralmente respeitam os recursos naturais). Ainda segundo o estudo, os impactos negativos para a saúde humana e ambiental da produção descuidada de alimentos são grandes. Os sistemas alimentares são responsáveis por 70% da água extraída da natureza, causam 60% da perda de biodiversidade e geram até um terço das emissões humanas de gases de efeito de estufa. Produzir alimentos de forma sustentável, aproveitando a floresta em pé, conserva os recursos naturais, emprega mais pessoas, gera mais renda, gera uma renda mais distribuída, mantém laços tradicionais de conexão entre as comunidades e a natureza e ainda oferece uma diversidade maior de produtos

O propósito da Mahta ao produzir o superfood a partir de alimentos originários da Amazônia é reconectar a humanidade com a floresta, levando inovação para uma plataforma de suprimentos. “O que fazemos é combinar a sabedoria ancestral da floresta e de seus povos originários com produtos que melhoram a nutrição, a condição de vida das comunidades locais e a regeneração da floresta. Depois de um ano e meio de pesquisa, chegamos a um produto testado, avaliado, pronto para ser vendido e consumido e para começar a causar um impacto positivo em diferentes níveis”, explica Max Petrucci, sócio fundador. A Mahta adquire ingredientes como cacau, cupuaçu, açaí, coco, castanha-do-pará, taperebá, bacuri, graviola e cumarú, de pequenos produtores da Amazônia, como os da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores e Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA, de Rondônia, e da Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), do norte de Mato Grosso.

A abertura das vendas do superalimento da Mahta começou na quinta-feira (dia 14 de abril de 2022) no site oficial. Já no canal do YouTube, é possível assistir à websérie "Sistema Regenerativo da Floresta", que fala dos princípios regenerativos necessários para gerar o impacto positivo para quem consome, quem produz e quem habita o planeta, ou seja, na cadeia socioambiental da Amazônia.

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