O sucesso é um processo que exige adaptações
Na coluna desta semana, conheça a história de Mardely Esperanza Vega Ruiz, vice-presidente de Human Resources for Latin América & USA da Sodexo
Publicado em 28 de outubro de 2022 às, 11h13.
Por Fabiana Monteiro
Adaptabilidade, sem dúvida, foi uma das habilidades que me fizeram crescer na carreira. Se não fosse por esta capacidade, minha vida poderia ter estagnado no primeiro turning point, que aconteceu aos 12 anos, quando saí da Venezuela para morar na Inglaterra.
Era desejo da minha mãe morar fora; então, meu pai, como médico, e minha mãe, como professora, conseguiram, cada um deles em suas respectivas áreas, fazer suas especializações em Londres. Assim, ainda adolescente, saí da Venezuela para morar por dois anos na Inglaterra. À época, eu falava inglês muito básico, o que foi um grande desafio para uma latino-americana recém-chegada à escola britânica. Apesar de alguns percalços, essa experiência foi extremamente enriquecedora, moldando meu caráter e me preparando para as várias mudanças que viriam acontecer durante minha vida. Foi neste período que aprendi muito sobre flexibilidade e adaptabilidade.
Nasci em um povoado na Venezuela, próximo à fronteira com a Colômbia. Meus pais, Miguel José e Dulce Esperanza, eram dos poucos profissionais na família. Apesar das dificuldades, meu pai se formou médico cirurgião e minha mãe, professora universitária. Cresci, portanto, em um ambiente diferente das demais meninas da região, que em sua maioria tinham mães que cuidavam da casa. Devido à minha criação, nunca percebi diferença entre homens e mulheres, já que em casa, tanto meu pai quanto minha mãe tinham suas profissões e estavam inseridos neste mundo do trabalho.
Da Universidade aos primeiros anos na IBM
Retornamos da Inglaterra quando eu estava com 14 anos, faltando apenas dois anos para ingressar em uma universidade. Nesta idade (16), ainda não se sabe bem o que você quer como profissão, mas eu gostava muito de matemática, então, decidi cursar Engenharia da Computação em uma das instituições mais prestigiadas da Venezuela, a Universidad Simón Bolívar. Acredito que, por ter escolhido este curso, sempre tive muitos amigos homens e mulheres, o que me fez desde então estar inserida em ambientes mistos, apesar de, notadamente, estes espaços serem considerados redutos exclusivamente masculinos. Me lembro que uma pessoa muito importante na família, um tio muito querido, questionou minha decisão de fazer Engenharia. Segundo ele, somente mulheres feias fazem este curso, para se casarem, e me orientou a estudar humanidades. Essa interferência me deixou bastante indignada, porém, meus pais trataram logo de me mostrar que este tipo de pensamento era muito antigo, um pensamento retrógrado já em 1982.
Segui firme na minha escolha. No entanto, um ano antes de concluir o curso, senti a necessidade de experienciar algo que me propiciasse mais contato humano. Assim, fiz um esforço e comecei a estudar jornalismo como segunda carreira. A experiência não supriu as minhas expectativas e optei por finalizar a Engenharia, me aproximando das questões humanas mais para frente na carreira.
Me formei, então, com 21 anos e logo em seguida entrei na IBM. Meu ingresso na IBM foi um tanto curioso, pois, àquela época, eu e meus amigos tínhamos um pouco daquele espírito rebelde dos jovens, e queríamos, a princípio, montar uma empresa venezuelana que competisse em pé de igualdade com a IBM e a Microsoft. Apesar deste anseio juvenil, participei do processo seletivo e, a cada etapa, que aliás eram muitas, fui sendo cativada e acabei por me apaixonar pela empresa.
Assim, comecei em 1988 na IBM como engenheira de pré-venda, dando apoio aos vendedores da indústria financeira. No entanto, depois de 1 ano sendo treinada e avaliada, percebi que não estava feliz naquela ocupação; a necessidade de interagir com pessoas era algo pungente em mim. Expus essa insatisfação ao meu superior, que sugeriu que eu fizesse um teste como vendedora, algo nada glamoroso para uma engenheira formada em uma das melhores instituições do país. Mas eu aceitei o desafio, já que o foco era vender tecnologia para diretores e presidentes de grandes corporações financeiras. Em 1990, comecei a trilhar meu caminho na área de vendas, aplicando todo o conhecimento adquirido durante os anos de faculdade e propondo soluções para clientes importantes. De fato, me encontrei feliz nesta área, pois exigiu de mim muito estudo, algo que eu gosto muito, além de me proporcionar o contato humano que eu tanto almejava. Tive muito sucesso na área, ganhando vários prêmios de reconhecimento da IBM, entre eles o Hundred Percent Club e Golden Circle. Durante os cinco anos que seguiram, galguei vários cargos até chegar à Gerência de vendas de Tecnologias Emergentes & Personal Software Products Manager
No entanto, em 1994, ganhei uma bolsa do governo para fazer o MBA da New York University. Nesta época eu já namorava com meu atual marido, Victor Atílio, que me acompanhou nesta mudança e completou também seus estudos por lá. Ao terminar o primeiro ano deste MBA, fui convidada pela IBM a fazer um summer job. Desta oportunidade, surgiu a possibilidade de trabalhar um ano na IBM enquanto terminava a especialização na New York University. Foi uma época maravilhosa, com uma experiência muito rica, onde pude inclusive viajar para a China para fazer meu trabalho final. Ao término do curso, recebi nova proposta da empresa, para permanecer trabalhando em Nova York. No entanto, àquela época, já casada, coloquei como prioridade ter filhos. Algo que eu gostaria de fazer com o apoio da minha família, dos meus pais, o que seria impossível se aceitasse a vaga. Decidi, então, declinar e voltar para a Venezuela. Na ocasião, pessoas próximas questionaram minha decisão, afinal, eu teria visto, emprego, tudo aquilo que tantas pessoas desejam; seria a concretização do tão cobiçado “sonho americano”. Meu pai, principalmente, ficou surpreso com minha decisão. Não era comum esse caminho de volta, quem retornava dos EUA para a Venezuela. Expliquei para todos que era uma decisão focada nas minhas prioridades, e que eu não retornava por fracasso, voltava com um MBA, com experiência de trabalho, com uma rica bagagem profissional e de vida.
A maternidade e os desafios na carreira
Tenho, desde muito cedo, como princípio basilar que não se pode ter muitas prioridades na vida, no máximo 3, caso contrário perde-se o foco e corre-se o risco de naufragar em meio aos desafios e às oportunidades.
Seguindo essa premissa, tive meu primeiro filho, Victor Miguel, em 1997, na Venezuela. Passados 6 meses, apesar de estar realizada como mãe, não me sentia plena, precisava estudar e produzir. Assim, cumpri somente o tempo da licença maternidade e, no primeiro dia em que eu podia retornar ao trabalho, estava lá, pronta. Ninguém esperava que eu retornasse tão cedo, pois havia aquela imagem de que a mulher ao se tornar mãe colocava a carreira em segundo plano. Neste retorno não havia para mim nenhuma posição em vendas. Me ofereceram, então, uma vaga na área de Recursos Humanos e Relações Institucionais; um cargo que, apesar de ter conhecimento teórico, não estava em meus planos. Permaneci nesta função por dois anos, muito intensos e de muito aprendizado. Um dos maiores desafios que enfrentei nesta época foi a chegada dos anos 2000 e, portanto, do “Bug do Milênio”, que iria impactar todos os sistemas informatizados. Naquele momento, na Venezuela, estava tramitando no congresso uma lei que iria punir as empresas de tecnologia se os bancos perdessem dinheiro em decorrência do “Bug”. Estive muitas vezes à frente das negociações junto ao parlamento para resolver este impasse; foi um período de muita tensão. Porém sempre acreditei que devemos fazer o melhor que podemos, em quaisquer circunstâncias. Usei minha habilidade em vendas para transformar o RH, levando muita inovação para o departamento. Mesmo sem gostar e enfrentando desafios para os quais eu não estava preparada, ao fazer o melhor que eu podia logrei êxito na função. Seguir carreira no RH não era algo que eu almejava na ocasião, mas coloquei como objetivo dar o meu melhor. Porém, o RH não tinha a importância estratégica de hoje, e o reconhecimento era pouco. Saí desta primeira experiência sem muita expectativa, mas a recompensa veio mais tarde, com as oportunidades que se abriram a partir dessa vivência. Ao término destes dois anos eu estava grávida da minha segunda filha, Andrea Victoria, e decidi não retornar para o RH depois da licença maternidade. Assim, em 2000, retornei para a área de vendas da IBM.
A consolidação de uma segunda carreira
Costumo dizer que a mudança é uma constante e devemos estar preparados para nos adaptar. E assim, mais uma vez, em 2002, motivados pela instabilidade política e econômica da Venezuela, eu e minha família nos mudamos para Miami, nos EUA. Lá atuei como Diretora de Operações para a América Latina, na sede da IBM. Foi um momento importante na minha carreira, pois participei do projeto liderado pelo presidente da América Latina, Bruno Di Leo, do time que levou a Headquarter da IBM para perto dos nossos clientes, agregando maior valor. Como resultado, em 2005, a sede da IBM Latino America de Miami foi mudada para São Paulo. No entanto, eu não quis seguir este caminho e optei por voltar à Venezuela, passando, então, para a posição de executiva de vendas de Outsourcing para a América Latina.
Como executiva de Outsourcing eu viajava muito, principalmente para o México, o que era extremamente custoso, já que tanto a segurança pública quanto a mobilidade na Venezuela estavam comprometidas naquele momento. Haviam, inclusive, poucas rotas de voo. Essas condições me levaram a desejar uma posição onde eu não precisasse viajar tanto. O Gerente Geral da Spanish South America, Gonzalo Escajadillo, me ofereceu a sua Diretoria de RH, que não contemplava nem Brasil e nem México, por isso mais gerenciável do ponto de vista da mobilidade. Esse foi mais um turning point na carreira. Essa proposta me surpreendeu e estava inclinada a recusar, já que aquela experiência anterior na área de recursos humanos, nos idos 1997, apesar de ter-me proporcionado muito conhecimento, não havia produzido em mim muito encanto. Mas Gonzalo, que depois se tornou meu amigo e mentor, me convenceu mostrando que o trabalho que eu havia realizado anteriormente junto ao RH era excepcional, desafiando a empresa e obtendo bons resultados. Neste momento, precisei novamente avaliar as minhas prioridades e ponderar o que era melhor para a minha família, por fim, optei pela oferta de RH, inclusive porque com ela eu poderia escolher o país que eu quisesse morar, dentro da abrangência da diretoria.
É importante salientar que a mudança de carreira dentro da IBM sempre foi pautada em muito estudo. Eles investiram em mim, me desenvolveram em diferentes frentes, como: mentoria, coach e liderança. Fui formada dentro da IBM nesta nova carreira e me apaixonei por ela. Hoje, depois de 7 anos na Sodexo Benefits & Rewards Services, sei que tive a rara oportunidade e o privilégio de estar em duas empresas que valorizam a transformação do indivíduo, são empresas que te capacitam e impulsionam a estudar, seja promovendo um curso ou te levando a um congresso. Essas empresas entendem que investir no indivíduo é investir na própria empresa.
Uma nova nacionalidade e o encerramento de um ciclo
A vinda para o Brasil aconteceu em 2008, quando a IBM abriu uma posição na área de executive resource. Apesar de meu marido ter ficado na Venezuela, viajando entre São Paulo e Caracas nos primeiros anos, hoje vejo que foi uma decisão acertada, principalmente para os meus filhos, que conseguiram se estabelecer aqui, criando amizades para uma vida inteira. Nos adaptamos muito bem, inclusive meu marido, o que me fez declinar de novas posições em outras cidades, como Shangai. Cresci bastante na área de RH até o ponto de não haver mais espaço para novas promoções. Para progredir ainda mais na carreira eu precisaria sair do Brasil, o que estava fora de cogitação, lançando-me novamente em busca de mudanças.
Em 2013, voltei para as vendas através do networking que construí dentro da própria IBM, mas, como de fato eu havia me apaixonado pelos recursos humanos, continuei buscando meios de me desafiar dentro desta área. E em 2014, conheci a Sodexo que estava à procura de alguém para liderar o departamento de RH no Brasil. Durante o processo seletivo me encantei pela cultura da empresa; no entanto, a posição ofertada não atingiu minhas expectativas, dada à bagagem que eu trazia nos anos decorridos como diretora na IBM. Foi somente em 2015 que, com a oferta de ocupar a vice-presidência da América Latina, eu ingressei na Sodexo. Essa nova mudança proporcionou-me 3 grandes conquistas: permanecer no Brasil, voltar para o RH e experienciar trabalhar na maior empregadora francesa, diferente da cultura americana.
O sucesso é em si uma conjunção de conquistas
Obviamente, tive muitos casos de sucesso em ambas as carreiras que trilhei. Como vendedora, destaco a venda que realizei do primeiro sistema integrado para a Bolsa de Valores da Venezuela. Juntamos vários provedores, inclusive de terceiros, algo que agora é muito comum, mas na época foi uma proposta que exigiu muita criatividade.
Como Vice-presidente de Recursos Humanos para a América Latina da Sodexo eu trouxe muito do business sense. Hoje no RH dizemos que somos business partners e, notadamente, o RH tem muito forte o Partner, ou seja, essa cultura de serviço, de auxílio, mas é preciso amadurecer o Business, que é justamente entender a essência do negócio da empresa para que o departamento tenha de fato importância estratégica nas tomadas de decisão. Em todos os projetos que eu apresento, o retorno sobre o investimento tem grande peso. E é isso que eu trago como contribuição para a Sodexo, essa visão comercial, que como engenheira e vendedora consigo imprimir agregando maior valor ao RH dentro da empresa.
Prioridades claras para a construção de uma carreira sólida
Ao olhar para trás percebo que minha jornada foi cheia de pontos de inflexão, mas eu sempre soube o que era prioridade e consegui me adaptar para que pudesse ter uma vida que fizesse sentido para mim, com êxitos profissionais, mas também pessoais. Entrei na IBM porque nela tive a oportunidade de viajar muito e de me desenvolver profissionalmente. Ironicamente, todas as vezes que quase saí da empresa foram também porque viajava-se muito. A empresa não mudou: o que mudou foram os meus objetivos de vida. Cheguei a um ponto na carreira em que continuar viajando já não tinha tanto significado. Ter claro as prioridades auxilia na tomada de decisões, mas requer muito autoconhecimento, algo essencial para qualquer profissional.
Aqui, destaco também a importância de uma comunicação honesta e clara sobre seus objetivos profissionais junto aos gestores. Durante minha jornada, mantive sempre uma comunicação direta e transparente com meus superiores, que sabiam dos meus anseios, alegrias e frustrações. Soma-se a isso a resignação que se tem que ter nas Organizações, onde não há espaço para imediatismos. Leva-se tempo para que as coisas aconteçam e é preciso praticar a paciência.
Sinto que meu maior desafio hoje é estar com 56 anos e não querer me aposentar. Procuro me reinventar todos os dias, estar sempre a par das novidades e acontecimentos, leio e estudo tudo o que está ao meu alcance. Não quero ser igual às novas gerações, porque tenho algo a oferecer a partir da minha visão como líder e da bagagem que trago com uma sólida carreira. Mas entendo ser fundamental conhecer as novas gerações para, inclusive, agregar valor à empresa.
Uma carreira bem-sucedida é consequência de uma vida bem vivida
Vejo que os jovens profissionais chegam ao mercado de trabalho com muita ânsia por uma carreira de sucesso e buscam resultados rápidos. Mas acredito que o sucesso profissional é consequência de um equilíbrio entre trabalho, família e anseios pessoais. Aconselho aos jovens que invertam os valores, busquem autoconhecimento e o sucesso profissional acontecerá no seu tempo. A vida nos traz muitas surpresas e muito do que vivemos não conseguimos controlar, então, seja flexível, esteja aberto às mudanças e aproveite o processo. O caminho que trilhei é um exemplo de como é possível construir mais de uma carreira ao longo da vida e ter sucesso em ambas sem deixar de lado a família e seus anseios particulares. Não planejei uma carreira em recursos humanos e nem morar fora da Venezuela, mas ao me adaptar de forma inteligente aos percalços da vida, descobri uma segunda profissão e um segundo país que eu amo. Entender o que te faz feliz e saber expressar isso de forma clara, é o que te possibilitará ter uma carreira de sucesso.
O sucesso na carreira perpassa, sem sombra de dúvidas, as habilidades técnicas. Não é possível abrir mão das hard skills. Porém, o diferencial está no que hoje chamamos de soft skills, aquelas habilidades comportamentais, subjetivas, como comunicação, escuta ativa, empatia, saber lidar com a diversidade cultural, de ideias e valores. Particularmente, gosto de trabalhar com equipes multidisciplinares, onde há pessoas que pensam diferente de mim. Amo aquelas conversas corajosas, onde as pessoas expõem, discordam e discutem ideias. Porque somente desta maneira é possível haver crescimento individual e da equipe.
Liderar requer autoconhecimento
Um líder tem que ser inspirador, direcionando pessoas ao objetivo pretendido. Eu particularmente utilizo muito o humor, mas sei quando usá-lo. Há situações e lugares onde o humor pode não ser bem visto. Como busco conhecer-me com profundidade, sei dos meus defeitos e consigo ter cuidado, mitigando eventuais problemas. Se você deseja seguir uma carreira, mas não consegue perceber quais são suas habilidades, seus pontos fortes e fracos, isso pode te gerar muita frustração.
Arriscar e estar aberto a mudanças é algo também essencial para quem almeja crescer na carreira. Algo que adoro como líder é o poder que me dá quando eu digo "eu não sei, mas se é importante, vamos todos buscar a resposta ou vamos trabalhar com essa incerteza".
Inspirar-se nas pessoas que nos cercam é a melhor forma de aprender
Tive muitos mentores durante minha jornada, inclusive alguns que me desafiaram a entender o que eu não queria. Tive mentores maravilhosos que me ensinaram a fazer networking, por exemplo, uma habilidade que precisei desenvolver, pois no começo da carreira o networking acontecia muito após o expediente, em happy hours, e eu não tinha muito traquejo neste tipo de ambiente. Considero meu atual chefe, Juan Camilo Chaves, um excelente mentor, conseguimos ter conversas muito interessantes que me auxiliam muito. Os melhores mentores que tive sempre foram meus pais, porque eles também me desafiavam constantemente e eu nunca sofri nenhum tipo de desencorajamento por parte deles por ser mulher, ou pela minha etnia. Essas não eram questões que estavam na agenda da conversa em minha educação. Vejo que estes temas permeiam todas as narrativas atualmente e me sinto capacitada para apoiar as empresas em criar ambientes inclusivos. Aprendo muito com as pessoas que estão próximas a mim, meus colegas, amigos, pais, irmãos, marido, inclusive meus filhos, que me ajudam a entender e a me comunicar cada vez melhor com os profissionais das novas gerações que estão começando agora suas carreiras.
Ler e estudar, duas grandes paixões
Durante toda a minha carreira sempre estudei e li muito. Ler, na verdade, é um dos meus grandes prazeres e como leitora sou “multitask”. Costumo ler 2 ou 3 livros ao mesmo tempo. Atualmente estou lendo Anna Karenina de Lev Tolstoi, um clássico; O Deserto dos Tártaros de Dino Buzzati, um livro que me foi indicado pelo clube do livro ao qual participo e que eu adoro, pois me traz sempre títulos que eu jamais leria; e por fim, um livro interessantíssimo, que fala justamente sobre adaptabilidade e que me foi recomendado por uma pessoa de quem gosto muito, How to manage your life de Mr. Vishal Tatwavedi.