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“O líder atual requer foco, flexibilidade, aptidão para o aprendizado contínuo e abertura ao novo”

Conheça a história de Monica Santos Longo, VP de Responsabilidade Social Corporativa para Mercados Emergentes na BDF NIVEA

Monica Santos Longo é VP de Responsabilidade Social Corporativa para Mercados Emergentes na BDF NIVEA. (Histórias de Sucesso/Reprodução)
Monica Santos Longo é VP de Responsabilidade Social Corporativa para Mercados Emergentes na BDF NIVEA. (Histórias de Sucesso/Reprodução)
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Histórias de sucesso

Publicado em 7 de outubro de 2022 às, 12h56.

Por Fabiana Monteiro

Conquistar uma carreira de sucesso requer planejamento desde a época dos estudos. Para mim, sempre foi fundamental dedicar à minha formação, comprometer com o trabalho, cultivar excelentes relações interpessoais e manter o foco em tudo o que me propus a realizar. Ao longo da minha trajetória, entendi que o mundo corporativo é competitivo e volátil, ao mesmo tempo em que aprendi valiosas lições para o meu crescimento pessoal e profissional que, hoje, me fizeram ocupar a cadeira de Vice-presidente de Responsabilidade Social Corporativa para Américas do Grupo Beiersdorf, holding alemã, dona das marcas NIVEA e Eucerin, dentre outras.

Desde a infância, a influência da minha família desempenha papel essencial para a formação da minha personalidade e caráter, e atribuo grande parte das minhas conquistas a esse incentivo. Nascida em Maceió-AL, em 1969, cresci em uma família de classe média. Sou filha de José Evaristo dos Santos, engenheiro de formação, e de Elusa Nunes dos Santos, responsável por guiar a mim e a meus irmãos em nossos passos iniciais, em um contexto estável e tranquilo.

A primeira grande guinada pela qual passei ocorreu quando meu pai decidiu iniciar um mestrado na Fundação Getúlio Vargas e, por isso, mudamos para São Paulo. Na época, eu estava com apenas três anos, e isso representou um impacto relevante em termos culturais. Um segundo grande momento de virada se deu quando meu pai, já inserido no mundo acadêmico, investiu em seu título de PhD pela prestigiada Universidade de Wharton. Novamente, nos mudamos para a Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Essa jornada foi iniciada em 1977, quando eu estava com oito anos, e rendeu ao menos três situações fundamentais para o meu futuro: passei a dominar o inglês, incorporei uma cultura diferente e observei de perto a dedicação do meu pai na abordagem do conhecimento. Não por acaso, ao retornar para o Brasil, em 1982, concluí o Ensino Médio com apenas 16 anos – ao longo da estada nos EUA percebi o meu gosto por “aprender”. Naquela época, já havia decidido prestar vestibular para Psicologia, ingressando na USP, em 1986, e logo notei uma afinidade pela área organizacional.

Obviamente, tive que cumprir alguns estágios mandatórios, pertinentes ao curso, e com a mente devidamente preparada para mirar no corporativo posteriormente. Eu sabia que para me destacar, alcançar a minha meta de atuar em corporações e ocupar cargos de níveis gerenciais ou de diretorias, precisaria fazer cursos de pós-graduação. A FGV, uma referência óbvia, foi a escolha para obter a pós-graduação em Administração, depois de concluir todas as etapas requeridas até me formar como psicóloga.

Aprendizados e experiências iniciais

Nessa fase, tive contato com diversas funções, algo importante para amplificar o meu “leque de habilidades”. Comecei fazendo tradução para uma psicóloga que possuía especialização para a terceira idade, e depois, estagiei aplicando testes para motoristas de caminhões. Mas adquiri mais conhecimento na área organizacional ao estagiar no Banco Nacional e no Banco Itamaraty. Era responsável por recrutamento e seleção, comunicação interna, porém prestes a me formar, durante a Era Collor, a vaga para minha efetivação foi cancelada, e assim busquei uma chance no mercado, entrando no Banco Econômico como selecionadora.

Já havia iniciado a pós-graduação, mas por cuidar da região Sul, viajava muito e optei por me dedicar aos estudos, uma decisão pautada nos valores passados pelo meu pai. Um fato inusitado aconteceu - a vaga no Banco Itamaraty foi ofertada novamente. Durante dois anos me dediquei à instituição, até sentir a necessidade de colocar em prática o desejo de migrar para uma multinacional, afinal, eu era uma profissional bilíngue e queria colocar essa habilidade em prática. Em um belo domingo, busquei nos classificados, e achei uma vaga fechada, em inglês, para RH. Assim, fui admitida na Procter & Gamble, em 1994, como supervisora de recrutamento, seleção e também comunicação interna.

A P&G representou uma verdadeira escola – trabalhei na companhia estadunidense durante dez anos, e pude vivenciar todos os setores – exceto à folha de pagamentos. Trata-se de uma empresa detentora de processos e de sistemas extremamente bem definidos, dessa forma foi excelente para impulsionar o início da minha carreira. Por estar em uma corporação desse porte, pude conhecer a dinâmica de cada um dos subsistemas.

Desempenhei inúmeras funções as quais me orgulho, autênticos cases de destaque, como implementar o programa de stock options que naquela época ainda era um tema complicado, devido à legislação vigente. Isso só foi possível com o auxílio de um time multifuncional, com elementos das áreas jurídicas, financeira, das fábricas, enfim, trabalhamos juntos para encontrarmos alternativas que viabilizassem a implementação do programa de ações – que eu saiba, permanece até hoje da forma como desenhei.

Também me orgulho por ter conseguido padronizar a prestação de serviços de saúde para os empregados. Existia uma variedade enorme de planos médicos e, ao unificá-los, pude prover uma economia significativa para a empresa. Outra contribuição que me orgulho foi o meu papel na capacitação de pessoas. Uma questão fundamental na P&G passava pelo conceito de “treinar e capacitar dentro de casa”. Não era comum buscar prestadores externos. Assim, desenvolvi e fui a facilitadora de diversos treinamentos diferenciados, a ponto de receber um prêmio como a treinadora melhor avaliada.

Saí de lá por causa de uma reestruturação, a minha posição foi extinta e as responsabilidades realocadas para a regional que ficava em Caracas, na Venezuela. Cogitar a possibilidade de outra posição, provavelmente em outro país, não era uma opção já que à época, eu estava no processo de adoção dos meus filhos, Vitor e Tiago. Eu e o meu marido, André Roberto Longo, decidimos priorizar a família nesse momento e, assim me desliguei da P&G de maneira amigável, deixando tudo preparado para quem viesse no futuro.

Porém, no mesmo ano, em 2004, a Gradiente Eletrônica surgiu com uma boa oferta e quis encarar esse desafio. No período de um ano e meio, adquiri outros aprendizados, por se tratar de uma companhia com outra cultura, de origem familiar, nacional, bem centralizada pelos donos. A principal lição vem do fato de ter alcançado ótimos resultados mesmo sem ter toda a estrutura da P&G. Quando a marca Philco foi comprada, fui responsável pela incorporação dos novos funcionários à estrutura de cargos, salários e benefícios da Gradiente. Também realizei toda a transferência do escritório, do bairro de Pinheiros para a Vila Olímpia, pois era responsável pela área de facilities. Era a primeira vez que estava à frente dessa área de administração interna, e foi uma experiência bem rica, pois pude compreender a dinâmica dos departamentos, assim como estabelecer a interface com arquitetos, engenheiros e construtores.

NIVEA: conquistas e desafios rumo ao sucesso

Ao deixar a Gradiente, já estávamos com a guarda dos nossos filhos, e pretendia me ausentar do mercado por um tempo. No entanto, em 2006, a NIVEA, marca do gigante Grupo Beiersdorf, “bateu em minha porta”, e um novo ciclo iniciava na minha jornada. Um novo presidente assumiu a empresa e estabeleceu uma mudança estrutural que afetaria o setor de RH. Na condição de gerente, reportaria diretamente à presidência, e não mais à diretoria financeira. Desde o início eu participava de uma série de fóruns, de reuniões junto às diretorias, e em pouco mais de dois anos, fui promovida formalmente à diretora.

Nesse período, o que originalmente compunha o RH na NIVEA Brasil, foi evoluindo. Assumi responsabilidade por comunicação interna, facilities, sustentabilidade – os pilares ambientais e sociais –, até receber uma proposta para uma posição regional. Basicamente, reuniria minhas funções para a América Latina, mantendo a minha responsabilidade pelo Brasil. Esse desafio se expandiu em 2016, quando o setor englobou as Américas, integrando EUA e Canadá, com distinções culturais mais acentuadas. Evidentemente, conduzir as operações de RH de um país como o Brasil e orientar uma região exigiram um grau enorme de energia.

A operação nacional é extremamente complexa – oscila entre os maiores do Grupo Beiersdorf no mundo, o que representa uma grande dedicação. Por vários anos esse processo funcionou por meio de equipes maravilhosas e competentes que tive. Esse suporte foi fundamental para que eu conseguisse gerenciar as responsabilidades da região. Apesar disso, sentia que podia entregar melhor nas duas frentes.

Foi por isso que em 2019 decidi entregar a posição de RH Brasil, e voltei minha atenção exclusivamente às responsabilidades do RH Américas. No fim de 2019, houve uma nova reestruturação, resultando na criação da região de Mercados Emergentes: a junção da América Latina com outros mercados, incluindo o sul e o sudeste asiático, Oriente Médio, África, Rússia, Índia. A sede da nova região foi estabelecida em Dubai.

Assumir a responsabilidade pela região Américas foi o meu grande turning point. Ter que lidar com culturas, formas de trabalho e equipes distintas foi um passo muito enriquecedor para a minha carreira. Afinal, pude ver a diversidade de pessoas e de pensamentos na prática, algo que a Beiersdorf valoriza demais nas suas pessoas. Ao mesmo tempo, não soube dizer “não” quando necessário para manter o foco correto ao querer “abraçar o mundo”, e equilibrar tantas situações.

Responsabilidade social e influências essenciais

Em meio a tantas mudanças estruturais na empresa, surgiu o convite para liderar um programa mundial da Beiersdorf para a região de Mercados Emergentes. A iniciativa criou um programa de ajuda humanitária de 50 milhões de euros, voltado para dar apoio ao combate à pandemia. Trata-se de algo inédito na empresa e me senti muito orgulhosa por assumir a liderança desse programa para a região de Mercados Emergentes.

A minha função no segmento de Responsabilidade Social se expandiu para o que sou responsável hoje, e a essa responsabilidade se somou as atribuições da área de comunicação interna. Há muitas conquistas e transformações para falar e divulgar, e tenho me dedicado aos nossos times para ampliar a nossa capacidade e as nossas ferramentas a fim de levar essas informações para toda a companhia.

Ao longo da minha vida profissional pude protagonizar situações das quais tenho muito orgulho. Foram cases que impactaram diretamente a vida das pessoas e que proporcionaram melhores condições de vida à comunidade. No Brasil, em minha posição anterior, consegui expandir o bônus para além dos níveis gerenciais e de diretoria, algo que me marcou bastante. Ao tratar como participação de resultados, envolvendo o sindicato, conseguimos mudar a alíquota tributária, e com essa alteração, financiar o programa para toda a organização. Esse mesmo “espírito” fez com que o plano de pensão já nascesse abrangendo todos os níveis hierárquicos, sem exceção. Na América Latina, consegui implementar o conceito de broadbanding que simplificou os níveis hierárquicos, e consequentemente, reduziu as diferenças.

Mais recentemente, graças a uma atitude diferenciada aplicada em Mercados Emergentes, no combate à COVID-19, conseguimos beneficiar um número três vezes maior de pessoas em relação ao esperado. A meta almejava auxiliar 300 mil pessoas, mas com o trabalho em 11 países, impactamos 965 mil. Entre as iniciativas, distribuímos mais de 24 milhões de refeições, e quatro toneladas de alimentos. Isso é muito forte em termos de resultados concretos, algo que me enche de orgulho, especialmente por se tratar de uma companhia que tem o Cuidado como seu principal valor, e respeita as comunidades nas quais está inserida.

Ao construir uma carreira com tantos triunfos, desafios e pontos de inflexões, não há como deixar de ressaltar algumas pessoas cujos conselhos e apoio foram muito importantes. Do ponto de vista pessoal, com certeza meu pai, professor da FGV, significa uma fonte de conhecimento inesgotável, ele detém uma sabedoria “sobrenatural”. Desde pequena, sempre me orientei com os seus ensinamentos. Minha mãe foi e continua sendo a representação de amor e de carinho – eles sempre me deram muito apoio, ajudaram a construir um pensamento crítico sobre a vida e sobre a minha formação, e sempre proporcionaram um ambiente familiar afetuoso para mim e para meus irmãos.

Contudo, considero o meu marido, André, como o maior responsável por eu ter construído a carreira que tenho. Nos conhecemos há mais de 40 anos, e completaremos 25 anos de casamento, em 2023. Atualmente, com o empoderamento feminino em voga, é preciso frisar como ele me empoderou desde o primeiro momento ao perceber que eu tinha uma vontade enorme de me desenvolver profissionalmente. Soubemos equilibrar nossas vidas e, muitas vezes, ele colocou as minhas prioridades em primeiro lugar, para que eu aproveitasse as oportunidades que encontrei.

Profissionalmente, conto com a ajuda de grandes mentores. O Christian Goetz, atual presidente da NIVEA Brasil, que sempre foi e continua sendo uma pessoa que me inspira, desafia, e a quem tenho orgulho de chamar de amigo. Aprendo muito com ele. Considero como meu outro mentor, Stefan De Loecker, que já foi CEO da empresa e a quem eu me reportava quando era responsável pelas Américas. Stefan sempre foi exigente, desafiador e extremamente perspicaz em sua leitura do ser humano. Eu o admiro muito. Sinto-me honrada por ter tido a oportunidade de conviver com líderes tão inspiradores como o Christian e o Stefan.

Mantenha o foco e seja flexível

Considero a falta de foco como um dos principais obstáculos para o profissional se desenvolver; e o qual tive que superar no meu turning point. É preciso saber dizer “não”, quando necessário, e encarar as próprias limitações. É necessário reconhecer que, eventualmente, não será possível “dar conta de tudo”. Isso não é demérito, pelo contrário, pois assim é possível entregar algo com qualidade, dentro dos critérios, que se julgue, de excelência.

Ainda dentro dessa pauta, é imprescindível analisar o perfil do novo líder. Essa pessoa precisa estar aberta e apta a aprender – quem considera conhecer tudo é justamente aquele indivíduo que ficará para trás. Vimos agora com a pandemia, e com tudo que enfrentamos, que o mundo o qual conhecemos pode mudar da “noite para o dia”. Processos que antes julgávamos sólidos, bem estabelecidos, podem não fazer mais sentido.

Em suma, o novo líder deve ser capaz de agir com flexibilidade, e estar disposto a aprender rapidamente. Os times de alta performance são aqueles formados por indivíduos com raciocínio rápido, que diagnosticam situações, apresentam soluções e se adaptam às novidades implementadas. Os gestores precisam estar preparados para guiar as equipes nesse sentido, e abertos para lidar com profissionais com esse perfil. O líder autocrático, controlador e centralizador terá uma probabilidade de sucesso muito menor em relação ao que deixa fluir, assume riscos, deposita confiança na equipe, e que tem flexibilidade para mudanças.

A pandemia ainda não acabou, mas está claro que a situação no mundo não é mais a mesma. A situação serviu para repensarmos o que é de fato é relevante para a nossas vidas, e a capacidade de priorização melhorou. Isso é valido no campo pessoal e também no profissional. Por exemplo, quando penso no reflexo dessa nova realidade, no tipo de profissional que busco quando tenho uma vaga para contratação, percebo que além de conhecimentos técnicos, específicos para a posição, valorizo ainda mais, outras habilidades. Rapidez de raciocínio, boa comunicação, capacidade de desenvolver um pensamento claro e conseguir expressá-lo, disponibilidade verdadeira para trabalhar em equipe, sem jamais deixar de atuar de forma ética são características fundamentais para quem deseja ter uma carreira de sucesso. Já cheguei a desligar pessoas que entregavam resultados, mas faziam qualquer coisa para alcançar suas metas – e esse não é o caminho.

Propósitos sólidos e responsabilidade social

Estou em uma empresa que me permite ser quem eu sou na essência. Gosto de lidar com pessoas em um ambiente respeitoso. Participei do processo de desenvolvimento do novo propósito corporativo da empresa, “Cuidado Além da Pele”, logo me sinto valorizada por fazer parte de um ambiente como esse, que destaca a diversidade, a inclusão, a transformação social e me permite vivenciar cotidianamente o empoderamento feminino.

A experiência junto às comunidades, provendo suporte aos diferentes nichos sociais, em vários países, demonstra a vontade de ir além. Pretendo, por meio dos programas apoiados pela companhia, ser capaz de influenciar políticas públicas. Pude visitar uma das nossas causas, ver nos olhos das pessoas e vislumbrar como os recursos estavam sendo bem aplicados. Foi uma experiência transformadora.

Fazer parte do propósito da empresa é maravilhoso! É gratificante trabalhar junto aos colegas da área de Responsabilidade Social e de Sustentabilidade. Programas como o Círculos de Propósitos, o qual as pessoas são convidadas a fazer suas próprias reflexões e descobertas pessoais em diálogos com outros colegas e orientadores, demonstram o quanto o cuidado com o próximo é real. É motivador quando a gente vê que a empresa se preocupa em ter colaboradores felizes em suas posições. O apoio que damos à comunidade LGBTQIA+, às mulheres negras, às meninas em situação de vulnerabilidade e aos idosos, por exemplo, é relevante, e como profissional quero ser capaz de influenciar decisões que levem melhorias concretas à sociedade. Como líder e executiva, noto como a função formal não é tão importante quanto o comprometimento real. Hoje, não tenho um time grande como já tive, mas acredito certamente que causo mais impacto agora.

“Estou em um ambiente que me permite impactar pessoas positivamente para que busquem desenvolver o máximo de seu potencial a partir de relações profissionais saudáveis. ”

Continuo aprendendo e me adaptando

Continuo muito dedicada às minhas obrigações profissionais, mas no geral, percebo que valorizo ainda mais os momentos com os meus filhos e com o meu marido. Vitor e Tiago são o nosso propósito, nossa fonte de energia, e me orgulho muito por sermos uma família unida, pautada no amor e no respeito. Amo demais o André, o Vitor e o Tiago!

Por fim, sou muito contente com a carreira que construí. Consigo entregar todas as minhas responsabilidades profissionais, pois me reorganizei para atuar com flexibilidade, e já não tenho mais medo de dizer “não”. Conquistei credibilidade, e o meu “não” é reconhecido como respeito aos meus limites e à qualidade do que desejo entregar. Considero que hoje tenho um bom equilíbrio entre a minha vida pessoal e a profissional, e creio que isso só foi possível com priorização e foco.

*

“Esteja aberto ao aprendizado contínuo, independentemente se for uma aprendizagem formal, através do mundo acadêmico ou das experiencias de vida. Dedique-se e experimente cursos, interaja com outras pessoas, pois nunca atingimos o pleno conhecimento.

Além disso, idealize qual o seu objetivo lá na frente, e avalie se a decisão que está tomando no momento lhe aproximará desse objetivo. Se a resposta for sim, siga. Caso contrário, busque alternativas.

Por fim, procure empenhar clareza ao planejar sua trajetória, pois o caminho pode ser tortuoso, mas sem a visão futura se torna difícil tomar as decisões no presente. Esse processo demanda muito aprendizado e requer visão de longo prazo.”