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A cultura de trocas amplia o desenvolvimento

Na coluna desta semana, conheça a história de Licia Cortiano HR Director – Brazil and Engine Business Latam na Cummins Inc

(Divulgação/Divulgação)

Publicado em 19 de maio de 2023 às 20h41.

A melhor maneira de começar a descrever sobre quem sou e o que conquistei até o presente momento está diretamente ligada aos aprendizados adquiridos junto à família. Meus pais, Lucia Bett e Hairton Cortiano, sempre me incentivaram a estudar com afinco, cientes do poder transformador do conhecimento, de como a dedicação e a perseverança poderiam pavimentar uma jornada de sucesso. “Dito e feito”, segui os conselhos desde jovem, e jamais abdiquei do direito de dignificar o ensino, valorizando-o, embasada na convicção de que granjearia conquistas se mantivesse esse plano preestabelecido.

Curitibana, nascida prematura em 1976, brinco dizendo que “cheguei chegando ao mundo”, muito em função de ser a quarta filha de um casal bem trabalhador, com valores familiares fantásticos. Meu pai era mestre de obras e minha mãe costureira e, apesar dos desafios do dia a dia, eles não se cansavam de exaltar a importância de princípios como: ter constância na vida e não faltar com a verdade, por menor que seja a questão. E sou exatamente assim, muito transparente.

Em Curitiba estudei em escolas públicas e me recordo da minha mãe dizendo para eu continuar estudando, porque com o estudo, eu iria longe. E como eu gostava de aprender, isso facilitou percorrer os primeiros passos da vida estudantil sem problemas. A minha infância foi repleta de brincadeiras com meus irmãos e primos, mas eu lembro que já fazia planos de como me dedicaria ao estudo para “ir longe”, conquistar meus sonhos, ajudar financeiramente meus pais, falar outros idiomas, conhecer pessoas e lugares.

Ao alcançar o segundo grau, optei por fazer o curso de assistente administrativo, influenciada pelas palavras das minhas primas, quando eu tinha em torno de 10 anos, e elas estudavam Administração de Empresas na faculdade. Decidi continuar nessa rota e, em 1994, ingressei no curso de Administração de Empresas na FAE, instituição de referência de ensino em Curitiba, buscando ter uma visão abrangente de uma empresa, de forma que eu ficasse pronta para trabalhar em diversas áreas de uma companhia.

Concomitantemente aos estudos, inclusive para poder pagar a faculdade, trabalhei como vendedora de roupas, antes de obter o meu primeiro estágio. No segundo ano, consegui uma vaga em um departamento na Secretaria da Criança. Eu costumava caminhar do prédio da Secretaria até a faculdade para poupar dinheiro do vale-transporte, e meus pais, mesmo sem muitas condições financeiras, ajudaram e apoiaram demais naquela época, assim como em toda a minha vida.

Posteriormente, estagiei brevemente na FIAT, e depois fui efetivada na Unimed, que ficava no mesmo prédio, através de uma indicação. Assumi como assistente de cobrança na área de Finanças, e aproveitei tal período para estudar inglês e espanhol, com o sonho de em breve trabalhar numa multinacional. E obtive essa realização em fevereiro de 2000, ao entrar na Vivo. Naquela época, eu tinha o sonho de trabalhar em multinacionais, pois acreditava que esta possibilidade me daria a chance de conhecer pessoas de várias culturas, ter oportunidades sólidas de carreira e me ambientar com processos globais.

Porém, a companhia ainda era a Global Telecom. Iniciei na área de Cobranças, sabendo que precisaria me destacar, pois quando houvesse a oportunidade, eu avançaria na carreira. Depois de nove meses, comecei a trabalhar como analista na área de Contas a pagar, e participei do processo de unificação da Global Telecom com a Telesp Celular, que resultou na Vivo. Fui convidada para ir a São Paulo na posição de analista pleno, mas como o custo de vida seria muito alto, continuei em Curitiba. Fui transferida para a Diretoria de Marketing e Vendas para implementar processos que apoiassem o controle orçamentário, e depois de alguns anos, saí da empresa devido a um corte geral, que foi um choque para mim.

Eu não posso limitar o que posso ser

O tempo para lamentos foi breve, já que na sequência a Nissan iniciou um processo seletivo para analista de orçamento, com foco para as Diretorias de Marketing e de Vendas, tema que adoro até hoje, e abracei esta oportunidade, em março de 2007. Rapidamente, galguei espaço dentro da companhia, tornando-me analista sênior, sendo promovida à supervisora, e a cada ano recebendo novas responsabilidades, projetos e desafios, como controle de orçamento de garantia, de manufatura, de pesquisa e desenvolvimento, e de despesas gerais e administrativas, permanecendo na montadora por mais de oito anos, até 2015. Cito meu grande projeto da empresa, que foi a minha participação no processo da criação da planta da fábrica de Resende (RJ). Lembro-me com carinho desse case. Viajava frequentemente para lá, dediquei-me ao máximo para obter êxito nessa empreitada e logrei excelentes resultados junto à companhia. Como sempre, era aplicada aos estudos e aproveitei para concretizar um MBA em Gestão de Empresas pela UniCuritiba, e, alguns anos depois, iniciar um MBA na ISAE/FGV em Gestão Estratégica de Pessoas.

Ainda na Nissan, quando me tornei supervisora de Finanças, entendi que tinha muito a aprender no sentido de liderar pessoas, então, em uma conversa com a gerente de RH, convidei-a para ser minha mentora. Esta experiência foi enriquecedora para mim, pois além de me abrir para o papel de líder, fui me encantando pela área de Recursos Humanos. E algum tempo depois, ela me convidou para assumir a posição de supervisora de RH, tendo como responsabilidade folha de pagamento, gerenciamento de expatriados e outros subsistemas de RH. É importante também mencionar que, quando estava nesta área fui convidada para atender o programa de desenvolvimento de líderes da Nissan na Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Estados Unidos. Vi isto como um grande reconhecimento do trabalho que desenvolvi, pois foi um programa oferecido para aproximadamente 20 profissionais das Américas.

Como mencionei, trabalhei em grandes projetos nesta empresa, e em 2015, a Cummins Inc. me encontrou no LinkedIn, e em setembro do mesmo ano, ingressei como gerente de Recursos Humanos para o Brasil numa de suas unidades de negócios. Nesta época estava terminando o MBA na ISAE/FGV no meu campo de atuação.

Dois anos e meio depois, fui aprovada no processo de recrutamento interno para o cargo de gerente sênior América Latina para o negócio de distribuição, o que me proporcionou realizar mais um sonho: de trabalhar e de liderar pessoas de outras nacionalidades, viajando constantemente para estes lugares. Foi fantástico ampliar o meu olhar, entender mais sobre culturas tão ricas de diversos países, como Argentina, Colômbia, Honduras, Chile e Costa Rica.

Em janeiro de 2021, tive coragem e me apliquei para a vaga de diretora de Recursos Humanos, e em fevereiro do mesmo ano recebi a oferta. Foi um momento de alegria e, por que não, de “frio na barriga”, afinal, era um grande desafio, uma grande mudança. Um passo na minha vida, que mais uma vez me fez refletir que podemos alcançar nossos sonhos e muito mais!

Recordo que saí de Curitiba dirigindo meu carro, sozinha, cheia de sonhos e de gratidão por esta mudança de vida. Tenho muito vivo na memória como meu coração disparou quando estava chegando em São Paulo, ao me deparar com esta metrópole. Que bom que aceitei participar do processo de seleção e que me permiti explorar novos caminhos na vida!

Saí de uma cidade menor, vim para um lugar bem diferente, conheci outras pessoas, entre elas, o meu marido, José Maurício, tenho novos amigos e ainda pude me aprimorar mais, no trabalho e nos estudos, pois em março de 2022 me formei no curso de Executive MBA da Fundação Dom Cabral, que foi mais um sonho realizado.

Supere as crenças limitantes

Durante a minha caminhada, diversas pessoas deixaram lições preciosas para que eu me desenvolvesse mais. A minha base é composta pelos meus pais, que sempre reforçavam para eu fazer o que é certo, não mentir, estudar, e me dedicar. Eles me influenciaram e seguem me influenciando a ser quem eu sou.

O resultado veio com tudo isso. Tive apoio da família, de mentores, de grandes líderes que me estenderam a mão, ou me desafiaram mais ainda, pessoas que já viam em mim o potencial, que eu ainda não via. Sou bem grata a estas pessoas.

As crenças limitantes são grandes armadilhas. No meu caso, por exemplo, eu pensava que gostaria de chegar no máximo ao cargo de gerência, porque eu queria constituir uma família e tinha receio que as responsabilidades do trabalho atrapalhassem minha vida pessoal, o que não aconteceu.

Outro ponto que aprendi ao ingressar na Cummins, é que está tudo bem ser vulnerável, deixar a timidez de lado e pedir ajuda, feedbacks, apresentar-se aos executivos e às executivas, e conversar sobre os próximos papéis que quero desempenhar na minha carreira. Estas conversas são muito valiosas, porque quando eu peço ajuda, feedbacks, ou falo de meus sonhos de carreira, posso trabalhar de forma mais clara no meu plano de desenvolvimento, para concretizá-los, associando aprendizado no trabalho e, também, fazendo cursos.

A cultura de trocas amplia o desenvolvimento

Busco manter a mente aberta para lidar com as trocas – isto é imprescindível, sempre com uma escuta ativa e respeitosa sobre os feedbacks que recebo. Feedback não é só aquilo que queremos ouvir; os maiores presentes são derivados daquilo que não queremos ouvir. Mesmo sabendo o que e quem você é, se o outro está trazendo algo importante é porque percebeu, enxergou algo que pode ser melhorado.

Precisa estar aberto a isso, trabalhar este feedback de uma forma humilde, de como pode mudar a sua vida e o seu comportamento. Isto é crucial para a caminhada. No meu caso, busco sempre fazer o meu melhor. Não quer dizer que é o melhor do outro, mas o que posso contribuir positivamente, angariando boas impressões para quem está comigo.

Sou muito sonhadora, movida pelos desafios, acostumada à pressa e adoro realizar coisas que nunca fiz, por isso, ser vulnerável auxilia o meu desenvolvimento.

Atualmente, sou a HR Business Partner para Engenharia, Jurídico e Negócio de Motores América Latina, assim como, diretora de RH para o Brasil. Ter tantas responsabilidades me impulsiona a aprender mais e me desenvolver.

Sigo os meus sonhos, com o coração cheio de gratidão, e a minha lista não acaba

Desejo que as pessoas possam acreditar genuinamente em seus sonhos, sem medo de errar, sem vergonha de tentar. Alcançar os seus objetivos é possível, com muito estudo e dedicação, realizando o melhor. Às vezes, a vida nos traz situações que precisamos lidar, podendo prejudicar um pouco o curso preestabelecido, mas é possível contornar.

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A melhor maneira de começar a descrever sobre quem sou e o que conquistei até o presente momento está diretamente ligada aos aprendizados adquiridos junto à família. Meus pais, Lucia Bett e Hairton Cortiano, sempre me incentivaram a estudar com afinco, cientes do poder transformador do conhecimento, de como a dedicação e a perseverança poderiam pavimentar uma jornada de sucesso. “Dito e feito”, segui os conselhos desde jovem, e jamais abdiquei do direito de dignificar o ensino, valorizando-o, embasada na convicção de que granjearia conquistas se mantivesse esse plano preestabelecido.

Curitibana, nascida prematura em 1976, brinco dizendo que “cheguei chegando ao mundo”, muito em função de ser a quarta filha de um casal bem trabalhador, com valores familiares fantásticos. Meu pai era mestre de obras e minha mãe costureira e, apesar dos desafios do dia a dia, eles não se cansavam de exaltar a importância de princípios como: ter constância na vida e não faltar com a verdade, por menor que seja a questão. E sou exatamente assim, muito transparente.

Em Curitiba estudei em escolas públicas e me recordo da minha mãe dizendo para eu continuar estudando, porque com o estudo, eu iria longe. E como eu gostava de aprender, isso facilitou percorrer os primeiros passos da vida estudantil sem problemas. A minha infância foi repleta de brincadeiras com meus irmãos e primos, mas eu lembro que já fazia planos de como me dedicaria ao estudo para “ir longe”, conquistar meus sonhos, ajudar financeiramente meus pais, falar outros idiomas, conhecer pessoas e lugares.

Ao alcançar o segundo grau, optei por fazer o curso de assistente administrativo, influenciada pelas palavras das minhas primas, quando eu tinha em torno de 10 anos, e elas estudavam Administração de Empresas na faculdade. Decidi continuar nessa rota e, em 1994, ingressei no curso de Administração de Empresas na FAE, instituição de referência de ensino em Curitiba, buscando ter uma visão abrangente de uma empresa, de forma que eu ficasse pronta para trabalhar em diversas áreas de uma companhia.

Concomitantemente aos estudos, inclusive para poder pagar a faculdade, trabalhei como vendedora de roupas, antes de obter o meu primeiro estágio. No segundo ano, consegui uma vaga em um departamento na Secretaria da Criança. Eu costumava caminhar do prédio da Secretaria até a faculdade para poupar dinheiro do vale-transporte, e meus pais, mesmo sem muitas condições financeiras, ajudaram e apoiaram demais naquela época, assim como em toda a minha vida.

Posteriormente, estagiei brevemente na FIAT, e depois fui efetivada na Unimed, que ficava no mesmo prédio, através de uma indicação. Assumi como assistente de cobrança na área de Finanças, e aproveitei tal período para estudar inglês e espanhol, com o sonho de em breve trabalhar numa multinacional. E obtive essa realização em fevereiro de 2000, ao entrar na Vivo. Naquela época, eu tinha o sonho de trabalhar em multinacionais, pois acreditava que esta possibilidade me daria a chance de conhecer pessoas de várias culturas, ter oportunidades sólidas de carreira e me ambientar com processos globais.

Porém, a companhia ainda era a Global Telecom. Iniciei na área de Cobranças, sabendo que precisaria me destacar, pois quando houvesse a oportunidade, eu avançaria na carreira. Depois de nove meses, comecei a trabalhar como analista na área de Contas a pagar, e participei do processo de unificação da Global Telecom com a Telesp Celular, que resultou na Vivo. Fui convidada para ir a São Paulo na posição de analista pleno, mas como o custo de vida seria muito alto, continuei em Curitiba. Fui transferida para a Diretoria de Marketing e Vendas para implementar processos que apoiassem o controle orçamentário, e depois de alguns anos, saí da empresa devido a um corte geral, que foi um choque para mim.

Eu não posso limitar o que posso ser

O tempo para lamentos foi breve, já que na sequência a Nissan iniciou um processo seletivo para analista de orçamento, com foco para as Diretorias de Marketing e de Vendas, tema que adoro até hoje, e abracei esta oportunidade, em março de 2007. Rapidamente, galguei espaço dentro da companhia, tornando-me analista sênior, sendo promovida à supervisora, e a cada ano recebendo novas responsabilidades, projetos e desafios, como controle de orçamento de garantia, de manufatura, de pesquisa e desenvolvimento, e de despesas gerais e administrativas, permanecendo na montadora por mais de oito anos, até 2015. Cito meu grande projeto da empresa, que foi a minha participação no processo da criação da planta da fábrica de Resende (RJ). Lembro-me com carinho desse case. Viajava frequentemente para lá, dediquei-me ao máximo para obter êxito nessa empreitada e logrei excelentes resultados junto à companhia. Como sempre, era aplicada aos estudos e aproveitei para concretizar um MBA em Gestão de Empresas pela UniCuritiba, e, alguns anos depois, iniciar um MBA na ISAE/FGV em Gestão Estratégica de Pessoas.

Ainda na Nissan, quando me tornei supervisora de Finanças, entendi que tinha muito a aprender no sentido de liderar pessoas, então, em uma conversa com a gerente de RH, convidei-a para ser minha mentora. Esta experiência foi enriquecedora para mim, pois além de me abrir para o papel de líder, fui me encantando pela área de Recursos Humanos. E algum tempo depois, ela me convidou para assumir a posição de supervisora de RH, tendo como responsabilidade folha de pagamento, gerenciamento de expatriados e outros subsistemas de RH. É importante também mencionar que, quando estava nesta área fui convidada para atender o programa de desenvolvimento de líderes da Nissan na Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Estados Unidos. Vi isto como um grande reconhecimento do trabalho que desenvolvi, pois foi um programa oferecido para aproximadamente 20 profissionais das Américas.

Como mencionei, trabalhei em grandes projetos nesta empresa, e em 2015, a Cummins Inc. me encontrou no LinkedIn, e em setembro do mesmo ano, ingressei como gerente de Recursos Humanos para o Brasil numa de suas unidades de negócios. Nesta época estava terminando o MBA na ISAE/FGV no meu campo de atuação.

Dois anos e meio depois, fui aprovada no processo de recrutamento interno para o cargo de gerente sênior América Latina para o negócio de distribuição, o que me proporcionou realizar mais um sonho: de trabalhar e de liderar pessoas de outras nacionalidades, viajando constantemente para estes lugares. Foi fantástico ampliar o meu olhar, entender mais sobre culturas tão ricas de diversos países, como Argentina, Colômbia, Honduras, Chile e Costa Rica.

Em janeiro de 2021, tive coragem e me apliquei para a vaga de diretora de Recursos Humanos, e em fevereiro do mesmo ano recebi a oferta. Foi um momento de alegria e, por que não, de “frio na barriga”, afinal, era um grande desafio, uma grande mudança. Um passo na minha vida, que mais uma vez me fez refletir que podemos alcançar nossos sonhos e muito mais!

Recordo que saí de Curitiba dirigindo meu carro, sozinha, cheia de sonhos e de gratidão por esta mudança de vida. Tenho muito vivo na memória como meu coração disparou quando estava chegando em São Paulo, ao me deparar com esta metrópole. Que bom que aceitei participar do processo de seleção e que me permiti explorar novos caminhos na vida!

Saí de uma cidade menor, vim para um lugar bem diferente, conheci outras pessoas, entre elas, o meu marido, José Maurício, tenho novos amigos e ainda pude me aprimorar mais, no trabalho e nos estudos, pois em março de 2022 me formei no curso de Executive MBA da Fundação Dom Cabral, que foi mais um sonho realizado.

Supere as crenças limitantes

Durante a minha caminhada, diversas pessoas deixaram lições preciosas para que eu me desenvolvesse mais. A minha base é composta pelos meus pais, que sempre reforçavam para eu fazer o que é certo, não mentir, estudar, e me dedicar. Eles me influenciaram e seguem me influenciando a ser quem eu sou.

O resultado veio com tudo isso. Tive apoio da família, de mentores, de grandes líderes que me estenderam a mão, ou me desafiaram mais ainda, pessoas que já viam em mim o potencial, que eu ainda não via. Sou bem grata a estas pessoas.

As crenças limitantes são grandes armadilhas. No meu caso, por exemplo, eu pensava que gostaria de chegar no máximo ao cargo de gerência, porque eu queria constituir uma família e tinha receio que as responsabilidades do trabalho atrapalhassem minha vida pessoal, o que não aconteceu.

Outro ponto que aprendi ao ingressar na Cummins, é que está tudo bem ser vulnerável, deixar a timidez de lado e pedir ajuda, feedbacks, apresentar-se aos executivos e às executivas, e conversar sobre os próximos papéis que quero desempenhar na minha carreira. Estas conversas são muito valiosas, porque quando eu peço ajuda, feedbacks, ou falo de meus sonhos de carreira, posso trabalhar de forma mais clara no meu plano de desenvolvimento, para concretizá-los, associando aprendizado no trabalho e, também, fazendo cursos.

A cultura de trocas amplia o desenvolvimento

Busco manter a mente aberta para lidar com as trocas – isto é imprescindível, sempre com uma escuta ativa e respeitosa sobre os feedbacks que recebo. Feedback não é só aquilo que queremos ouvir; os maiores presentes são derivados daquilo que não queremos ouvir. Mesmo sabendo o que e quem você é, se o outro está trazendo algo importante é porque percebeu, enxergou algo que pode ser melhorado.

Precisa estar aberto a isso, trabalhar este feedback de uma forma humilde, de como pode mudar a sua vida e o seu comportamento. Isto é crucial para a caminhada. No meu caso, busco sempre fazer o meu melhor. Não quer dizer que é o melhor do outro, mas o que posso contribuir positivamente, angariando boas impressões para quem está comigo.

Sou muito sonhadora, movida pelos desafios, acostumada à pressa e adoro realizar coisas que nunca fiz, por isso, ser vulnerável auxilia o meu desenvolvimento.

Atualmente, sou a HR Business Partner para Engenharia, Jurídico e Negócio de Motores América Latina, assim como, diretora de RH para o Brasil. Ter tantas responsabilidades me impulsiona a aprender mais e me desenvolver.

Sigo os meus sonhos, com o coração cheio de gratidão, e a minha lista não acaba

Desejo que as pessoas possam acreditar genuinamente em seus sonhos, sem medo de errar, sem vergonha de tentar. Alcançar os seus objetivos é possível, com muito estudo e dedicação, realizando o melhor. Às vezes, a vida nos traz situações que precisamos lidar, podendo prejudicar um pouco o curso preestabelecido, mas é possível contornar.

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