4 tendências da educação corporativa que a sua empresa não pode mais ignorar
Estudo mostra que a maioria dos trabalhadores se sente pouco produtiva ao realizar treinamentos tradicionais; veja como modernizar o ensino corporativo
Publicado em 2 de agosto de 2022 às, 12h15.
Quando você pensa em educação corporativa, qual é a primeira coisa que vem à sua mente? Se você respondeu “palestras”, “workshops” ou “seminários” que ocorrem esporadicamente nas empresas, chegou a hora de se atualizar. Não me leve a mal: a educação corporativa tradicional ainda existe e tem seu valor no mercado, mas a verdade é que hoje já existem formas mais modernas (e efetivas!) de desenvolver profissionais. E as organizações que não abrirem os olhos para isso correm o risco de perder não apenas seus melhores colaboradores, mas também espaço e competitividade no mercado.
Eu sou o Henrique Prado, head of Sales & Operations da EXAME e autor do blog Educação Corporativa 3.0 e, para te ajudar a ficar por dentro do que há de mais novo área de Treinamento e Desenvolvimento (T&D), hoje quero falar sobre as principais tendências em educação corporativa. Vamos lá?
1. Ensino híbrido ou à distância
Se um dia a educação à distância foi encarada com desconfiança por especialistas em educação, após a pandemia e a consolidação dos modelos híbrido remoto, ela provou o seu valor. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa divulgada pela CrossKnowledge em parceria com o WTC Business Club no final de 2020, 89% das empresas pretendia adotar o modelo híbrido para treinar seus colaboradores ao longo de 2021. Os motivos para isso são diversos: desde maior flexibilidade e dinamismo na construção da grade até a redução de custos para as empresas (que não precisam mais alocar recursos na locação de espaços físicos, equipamentos, alimentação ou hospedagem para que os treinamentos ocorram).
2. Treinamentos personalizados
No início dessa coluna, comentei que algumas práticas da “educação corporativa tradicional” vêm perdendo espaço no mercado. Nesse sentido, me arrisco a dizer que uma das principais é a de oferecer conteúdos genéricos aos funcionários. Me refiro aquele tipo de treinamento que é transmitido de forma massiva para toda a empresa, sem considerar as necessidades específicas e individuais de cada área ou colaborador.
Na contramão desse movimento, estão os treinamentos personalizados, que são pensados e desenvolvidos a partir das fraquezas e competências de cada profissional. Oferecidos em formato de trilhas ou jornadas individuais, este modelo de treinamento possibilita desenvolver habilidades específicas, ajuda no engajamento e traz mais motivação aos colaboradores, que conseguem enxergar propósito na realização dos cursos.
3. Universidades Corporativas
A Universidade Corporativa é um conjunto de ferramentas e ações tomadas pelas empresas com o objetivo de desenvolver conhecimentos (técnicos ou comportamentais) em seus colaboradores de maneira ágil e assertiva. Como geralmente funciona de maneira digital e também representa uma boa oportunidade de redução de custos para as empresas, esse modelo tem se popularizado entre gigantes do mercado corporativo (como Ambev e Chevrolet).
Mas esta não é a única vantagem que as universidades corporativas representam para as empresas. De acordo com o relatório “Como montar uma universidade corporativa na sua empresa?”, apresentado pela Gama Academy, esse modelo de treinamento também favorece a aceleração da difusão de conhecimentos na organização. “Por estarem localizadas no espaço da própria empresa e serem direcionadas prioritariamente aos colaboradores, as UCs tornam mais aceleradas a circulação e troca de conhecimentos entre os estudantes. A proximidade entre as pessoas na empresa incentiva o compartilhamento de informações e a criação de know-how”, diz um trecho do documento.
4. Gamificação
A gamificação é uma estratégia que consiste em utilizar técnicas e características presentes em jogos para tornar o processo de aprendizagem mais lúdico e envolvente, o que tende a potencializar a absorção do conhecimento pelos alunos. E, ao que tudo indica, a educação corporativa tem tudo para se beneficiar desse tipo de estratégia.
Em um estudo da TalentMLS, 89% dos entrevistados disseram ter se sentido mais produtivos quando expostos a alguma ferramenta de gamificação no trabalho. Dentre os que receberam treinamentos gamificados, o NPS também foi positivo: 83% afirmaram estar mais motivados. Por outro lado, 61% daqueles que recebem treinamentos tradicionais se disseram entediados ou improdutivos. Viu só a importância de conhecer (e investir em) ferramentas de T&D mais modernas?
Como modernizar os processos de T&D na prática?
Se você está lendo essa coluna, o primeiro passo rumo à implementação de uma educação corporativa mais alinhada com as tendências e necessidades do mercado atual já foi dado. Afinal, informar-se sobre o assunto é essencial para conhecer as possibilidades e decidir por qual caminho seguir.
Com isso em mente, é importante fazer um mapeamento das habilidades que precisam ser aprimoradas ou desenvolvidas em cada área da sua empresa e, caso não haja interesse em construir uma universidade corporativa própria e do zero, buscar ferramentas que ajudem a colocar tudo isso em prática também se faz necessário. Para isso, a minha dica é procurar empresas que já possuam planos de ensino corporativo desenvolvidos e bem estruturados.
É o caso, por exemplo, da EXAME Academy para empresas, uma plataforma de educação digital com uma curadoria de conhecimento indispensável (do ESG às finanças, passando por vendas, liderança e diferentes hard e softskills) para treinar diferentes profissionais e necessidades. Com ela, é possível criar jornadas de desenvolvimento personalizadas a partir das necessidades de cada colaborador e ter acesso a dinâmicas exclusivas com especialistas, tanto virtual quanto presencialmente.