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Saúde Mental? Capacite seus líderes a transitar pela vulnerabilidade

Insights sobre o que organizações podem fazer para lidar com o tema saúde mental. Que esses exemplos sirvam de inspiração para as organizações.

(Imagem de S. Hermann & F. Richter por Pixabay/Corall Consultoria)
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corallconsultoria

Publicado em 11 de junho de 2021 às 15h11.

Tive a oportunidade de participar de uma reunião no Comitê de Gestão de Pessoas da Amcham São Paulo que ampliou muito minhas perspectivas sobre Saúde Mental nas Organizações. Inicialmente contamos com a participação de Roberto Funari, presidente da Alpargatas, e suas palavras foram maestrais. Trouxe dados e informações valiosas para criar um bom contexto, mas o que fez toda a diferença foi falar na primeira pessoa, em total vulnerabilidade, contando-nos suas experiências pessoais, que me deixaram emocionado e inspirado a elaborar esse texto para que mais pessoas possam refletir sobre pontos fundamentais associados à Saúde Mental nas Organizações.

Na sequência, meus colegas do comitê, organizadores do encontro, nos propuseram que conversássemos sobre o tema em pequenos grupos, mantendo o foco nas experiências pessoais de cada participante e fomos brindados com histórias muito comoventes e impactantes, novamente contadas de um lugar de profunda abertura e vulnerabilidade.

A partir desse conjunto de experiências, relacionei meus principais insights sobre o que organizações podem fazer para lidar com o tema da saúde mental:

1- Fomentar o sentimento de acolhimento

A pessoa que passa por um problema de saúde mental precisa acima de tudo sentir-se acolhida. Muitos criaram máscaras por um longo tempo, por receio de se sentirem excluídas ou inferiorizadas, ou mesmo pela dificuldade de aceitar suas próprias limitações, que os distanciam da imagem idealizada de atuação profissional.

2- Desenvolver uma liderança humanizada

Se essa pessoa tiver uma liderança que já se mostrou de forma vulnerável, trazendo sentimentos, dores, dúvidas e incertezas, será muito mais fácil para ela expor a dificuldade num momento inicial do processo, o que mitigará a possibilidade de se chegar a estágios mais profundos da doença. Uma das responsabilidades chave dessa liderança será justamente fomentar o sentimento de acolhimento.

3- Falar abertamente e desmistificar o tema saúde mental

Estamos falando do mal do século XXI. De acordo com a OMS, Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de 1/3 do número total de incapacidade nas Américas. É fundamental informar as pessoas sobre essa realidade e falar abertamente sobre o tema para que se sintam cada vez mais conscientes e disponíveis para tratar da doença em seus estágios iniciais.

4- Investir em profissionais e programas especializados

Estudos mostram que o retorno do investimento em prevenção de doenças que afetam a saúde mental está numa proporção de 4 para um. Ou seja, o que se ganha com redução de custos com absenteísmo e com planos de saúde bem como o ganho em produtividade e engajamento dos colaboradores é 4 vezes maior do que o investimento em ações de prevenção como contratação de profissionais especializados e programas de saúde mental.

5- Rever políticas para apoiar grupos de risco

É fundamental reconhecer que há grupos que estão naturalmente expostos a riscos maiores e tratá-los de forma diferenciada. Um exemplo é o de mulheres com múltiplas atividades, que além das profissionais, adicionam os cuidados com filhos pequenos e afazeres domésticos que, muitas vezes, foram amplificados pela redução no nível de suporte nesse período na pandemia.

Comentei com alguns de meus sócios sobre a potência que se libera em uma organização quando encontramos um líder capaz de transitar por esse espaço de vulnerabilidade, fortalecendo a humanização das relações, inspirando outros líderes a fazerem o mesmo. E felizmente nesse diálogo identificamos outros exemplos de líderes que têm encabeçado essa mudança de paradigma organizacional. Que esses exemplos de novo estilo de liderança sirvam cada vez mais de inspiração para mais e mais organizações.

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Tive a oportunidade de participar de uma reunião no Comitê de Gestão de Pessoas da Amcham São Paulo que ampliou muito minhas perspectivas sobre Saúde Mental nas Organizações. Inicialmente contamos com a participação de Roberto Funari, presidente da Alpargatas, e suas palavras foram maestrais. Trouxe dados e informações valiosas para criar um bom contexto, mas o que fez toda a diferença foi falar na primeira pessoa, em total vulnerabilidade, contando-nos suas experiências pessoais, que me deixaram emocionado e inspirado a elaborar esse texto para que mais pessoas possam refletir sobre pontos fundamentais associados à Saúde Mental nas Organizações.

Na sequência, meus colegas do comitê, organizadores do encontro, nos propuseram que conversássemos sobre o tema em pequenos grupos, mantendo o foco nas experiências pessoais de cada participante e fomos brindados com histórias muito comoventes e impactantes, novamente contadas de um lugar de profunda abertura e vulnerabilidade.

A partir desse conjunto de experiências, relacionei meus principais insights sobre o que organizações podem fazer para lidar com o tema da saúde mental:

1- Fomentar o sentimento de acolhimento

A pessoa que passa por um problema de saúde mental precisa acima de tudo sentir-se acolhida. Muitos criaram máscaras por um longo tempo, por receio de se sentirem excluídas ou inferiorizadas, ou mesmo pela dificuldade de aceitar suas próprias limitações, que os distanciam da imagem idealizada de atuação profissional.

2- Desenvolver uma liderança humanizada

Se essa pessoa tiver uma liderança que já se mostrou de forma vulnerável, trazendo sentimentos, dores, dúvidas e incertezas, será muito mais fácil para ela expor a dificuldade num momento inicial do processo, o que mitigará a possibilidade de se chegar a estágios mais profundos da doença. Uma das responsabilidades chave dessa liderança será justamente fomentar o sentimento de acolhimento.

3- Falar abertamente e desmistificar o tema saúde mental

Estamos falando do mal do século XXI. De acordo com a OMS, Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de 1/3 do número total de incapacidade nas Américas. É fundamental informar as pessoas sobre essa realidade e falar abertamente sobre o tema para que se sintam cada vez mais conscientes e disponíveis para tratar da doença em seus estágios iniciais.

4- Investir em profissionais e programas especializados

Estudos mostram que o retorno do investimento em prevenção de doenças que afetam a saúde mental está numa proporção de 4 para um. Ou seja, o que se ganha com redução de custos com absenteísmo e com planos de saúde bem como o ganho em produtividade e engajamento dos colaboradores é 4 vezes maior do que o investimento em ações de prevenção como contratação de profissionais especializados e programas de saúde mental.

5- Rever políticas para apoiar grupos de risco

É fundamental reconhecer que há grupos que estão naturalmente expostos a riscos maiores e tratá-los de forma diferenciada. Um exemplo é o de mulheres com múltiplas atividades, que além das profissionais, adicionam os cuidados com filhos pequenos e afazeres domésticos que, muitas vezes, foram amplificados pela redução no nível de suporte nesse período na pandemia.

Comentei com alguns de meus sócios sobre a potência que se libera em uma organização quando encontramos um líder capaz de transitar por esse espaço de vulnerabilidade, fortalecendo a humanização das relações, inspirando outros líderes a fazerem o mesmo. E felizmente nesse diálogo identificamos outros exemplos de líderes que têm encabeçado essa mudança de paradigma organizacional. Que esses exemplos de novo estilo de liderança sirvam cada vez mais de inspiração para mais e mais organizações.

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