(Shutterstock/ Por nchlsft/Corall Consultoria)
Gestão Fora da Caixa
Publicado em 16 de julho de 2018 às 12h32.
Para iniciar esta reflexão, primeiro gostaria de clarificar o que quero dizer com conversas verdadeiras: são conversas onde a agenda é aberta e existe uma coerência entre o que falamos, pensamos e sentimos.
Por alguns instantes reflita: Quantas são as conversas que você tem participado na sua empresa que podem ser consideradas assim? Com que pessoas e em que situações?
Para boa parte das pessoas este tipo de conversa é rara, principalmente no ambiente corporativo. O que escuto muito como coach são pessoas pisando em ovos, receosas sobre como suas opiniões serão recebidas e muitas vezes optando por não externar suas ideias. Mas como o incomodo de não se posicionar é muito grande, ao término das reuniões, acabam compartilhando o desconforto com os colegas mais próximos, reforçando coletivamente um padrão de não tratar de forma aberta e madura os temas delicados.
Na tentativa de melhorar a fluidez da comunicação, muitas empresas investem em treinamentos que usam técnicas poderosas como a comunicação não violenta ou programação neurolinguística, mas as técnicas sozinhas não são capazes de desatar o nó. Não basta promover um programa de 1 ou 2 dias, é preciso coragem e desejo de se conhecer mais a fundo, revelando necessidades e receios que atuam como pano de fundo de como verdadeiramente nos sentimos e nos expressamos. A técnica sozinha funciona como uma maquiagem malfeita que nas primeiras gotas de chuva se desfaz... Estimular o autoconhecimento, bem como trabalhar a confiança criando ambientes que acolham as divergências é fundamental; assim como saber sustentar os incômodos que eventualmente surjam.
E atenção, um ambiente amigável, não necessariamente é sinal de que as conversas são verdadeiras, pois pode mascarar a superficialidade das relações muitas vezes bem vestidas de elogios mútuos e histórias de conquistas. Então o que pode ajudar a aprofundar as relações? Tenho praticado algumas técnicas para ajudar grupos, como os três exemplos que ofereço como inspiração para você:
Compartilhe você também, o que tem feito para estimular conversas verdadeiras e se quiser aprofundar este tema, fique à vontade para me escrever: alessandra@corall.net