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Pertencimento – Outro ingrediente essencial para inovação

Pertencer é uma necessidade humana e quando nos sentimos fazendo parte podemos liberar todo nosso potencial.

(Liderina/Shutterstock/Corall Consultoria)
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corallconsultoria

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 12h06.

Muitas pesquisas e casos de sucesso já demonstraram que diversidade de perfil, formação, talento e ponto de vista é um elemento essencial para desenvolver soluções e produtos inovadores. No entanto, além de diversidade, é fundamental que as pessoas vivenciem um forte sentimento de pertencimento para que possam efetivamente contribuir para inovação em times e organizações.

A Vice Presidente de Talentos do Linkedin, Pat Wadors, escreveu um artigo no Harvard Business Review e tem falado no mercado sobre a necessidade das organizações criarem uma cultura de pertencimento para que possam incluir a diversidade e potencializar o retorno através da inovação. Ela diz que “tratar cada pessoa de forma especial e ajudá-las a pertencer é chave para criar times diversos e inovadores.”

Os seres humanos têm uma necessidade básica de pertencer que se desenvolveu desde a época em que vivíamos nas cavernas e nos reuníamos com outros humanos para ter uma chance maior de sobreviver e prosperar. Ao longo da história, esta necessidade nos levou a formar famílias, tribos, cidades, países e culturas que estabelecem princípios e regras, conscientes e inconscientes, que os membros adotam para pertencer, sobreviver e crescer naquele grupo.

Quando pertencemos a um grupo sentimos que podemos expressar nossos pontos de vista e contribuir com nossos talentos com liberdade e confiança. Esta expressão é fundamental para o processo de inovação porque a co-criação do novo requer um diálogo aberto e franco de inúmeras perspectivas e, em alguns contextos, ter conversas difíceis em que precisamos nos expor e nos mostrar vulneráveis, sem saber se nossas ideias serão aceitas e com desapego sobre o que vai acontecer depois.

No entanto, quando sentimos que esta expressão pode ter consequências desagradáveis levantamos a guarda, moderamos a ousadia, nos protegemos de possíveis retaliações e, no limite, da possibilidade de sermos excluídos do grupo. A exclusão é um sentimento profundo que pode provocar dores e traumas que todos queremos evitar. Portanto, o medo da exclusão pode nos levar a nos retrairmos e limitar muito a nossa contribuição.

Lembro-me de um momento na minha carreira onde me senti excluído e foi uma sensação muito ruim. A empresa em que eu trabalhava foi adquirida e fui nomeado como líder da integração das duas organizações. Eu ainda não me sentia confortável mas decidi que ia me engajar na transformação e fazer o meu melhor. Eu trabalhava muito para articular e organizar a integração junto com os novos líderes da empresa compradora e acordávamos planos e ações durante o dia. A noite, os compradores se reuniam entre eles e, no dia seguinte, eu era informado que o que havíamos decidido não seria mais implementado. Em pouco tempo me dei conta que, na verdade, eu não fazia parte e isso me levou a deixar a empresa e procurar novos caminhos.

Nos últimos anos muitas organizações têm feito o esforço para atrair e, até incluir, a diversidade mas tenho percebido menos foco e atenção no sentido de fortalecer o sentimento de pertencer. Por exemplo, empresas analógicas contratam profissionais para liderar uma transformação digital e eles se sentem estrangeiros, em vez de sentir parte, e logo deixam a organização por não conseguirem contribuir. Empresas investem para adquirir uma nova empresa, mas os melhores talentos deixam a organização algum tempo depois. Empresas atraem talentos do mercado com um perfil diferente para acelerar uma transformação, mas eles continuam sendo considerados como pessoas de fora da organização por muitos anos.

Podemos ajudar as pessoas a se sentirem parte as apresentando como seres humanos integrais em vez de somente como profissionais, fazendo perguntas, contando e ouvindo histórias e incentivando e valorizando as suas contribuições. Segundo a Pat Wadors, “em cada interação criamos um sentimento e as pessoas lembram o sentimento e não o que foi dito. Elas lembram dos comportamentos e como foram tratadas.”

Pertencer é uma necessidade humana e quando nos sentimos fazendo parte podemos liberar todo nosso potencial e, junto com outros talentos diversos, construir soluções e produtos inovadores para atender as necessidades e anseios da humanidade.

-(Corall Consultoria/Corall Consultoria)

Muitas pesquisas e casos de sucesso já demonstraram que diversidade de perfil, formação, talento e ponto de vista é um elemento essencial para desenvolver soluções e produtos inovadores. No entanto, além de diversidade, é fundamental que as pessoas vivenciem um forte sentimento de pertencimento para que possam efetivamente contribuir para inovação em times e organizações.

A Vice Presidente de Talentos do Linkedin, Pat Wadors, escreveu um artigo no Harvard Business Review e tem falado no mercado sobre a necessidade das organizações criarem uma cultura de pertencimento para que possam incluir a diversidade e potencializar o retorno através da inovação. Ela diz que “tratar cada pessoa de forma especial e ajudá-las a pertencer é chave para criar times diversos e inovadores.”

Os seres humanos têm uma necessidade básica de pertencer que se desenvolveu desde a época em que vivíamos nas cavernas e nos reuníamos com outros humanos para ter uma chance maior de sobreviver e prosperar. Ao longo da história, esta necessidade nos levou a formar famílias, tribos, cidades, países e culturas que estabelecem princípios e regras, conscientes e inconscientes, que os membros adotam para pertencer, sobreviver e crescer naquele grupo.

Quando pertencemos a um grupo sentimos que podemos expressar nossos pontos de vista e contribuir com nossos talentos com liberdade e confiança. Esta expressão é fundamental para o processo de inovação porque a co-criação do novo requer um diálogo aberto e franco de inúmeras perspectivas e, em alguns contextos, ter conversas difíceis em que precisamos nos expor e nos mostrar vulneráveis, sem saber se nossas ideias serão aceitas e com desapego sobre o que vai acontecer depois.

No entanto, quando sentimos que esta expressão pode ter consequências desagradáveis levantamos a guarda, moderamos a ousadia, nos protegemos de possíveis retaliações e, no limite, da possibilidade de sermos excluídos do grupo. A exclusão é um sentimento profundo que pode provocar dores e traumas que todos queremos evitar. Portanto, o medo da exclusão pode nos levar a nos retrairmos e limitar muito a nossa contribuição.

Lembro-me de um momento na minha carreira onde me senti excluído e foi uma sensação muito ruim. A empresa em que eu trabalhava foi adquirida e fui nomeado como líder da integração das duas organizações. Eu ainda não me sentia confortável mas decidi que ia me engajar na transformação e fazer o meu melhor. Eu trabalhava muito para articular e organizar a integração junto com os novos líderes da empresa compradora e acordávamos planos e ações durante o dia. A noite, os compradores se reuniam entre eles e, no dia seguinte, eu era informado que o que havíamos decidido não seria mais implementado. Em pouco tempo me dei conta que, na verdade, eu não fazia parte e isso me levou a deixar a empresa e procurar novos caminhos.

Nos últimos anos muitas organizações têm feito o esforço para atrair e, até incluir, a diversidade mas tenho percebido menos foco e atenção no sentido de fortalecer o sentimento de pertencer. Por exemplo, empresas analógicas contratam profissionais para liderar uma transformação digital e eles se sentem estrangeiros, em vez de sentir parte, e logo deixam a organização por não conseguirem contribuir. Empresas investem para adquirir uma nova empresa, mas os melhores talentos deixam a organização algum tempo depois. Empresas atraem talentos do mercado com um perfil diferente para acelerar uma transformação, mas eles continuam sendo considerados como pessoas de fora da organização por muitos anos.

Podemos ajudar as pessoas a se sentirem parte as apresentando como seres humanos integrais em vez de somente como profissionais, fazendo perguntas, contando e ouvindo histórias e incentivando e valorizando as suas contribuições. Segundo a Pat Wadors, “em cada interação criamos um sentimento e as pessoas lembram o sentimento e não o que foi dito. Elas lembram dos comportamentos e como foram tratadas.”

Pertencer é uma necessidade humana e quando nos sentimos fazendo parte podemos liberar todo nosso potencial e, junto com outros talentos diversos, construir soluções e produtos inovadores para atender as necessidades e anseios da humanidade.

-(Corall Consultoria/Corall Consultoria)

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