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Mindfulness para lidar com incertezas

Meditar pode ser um presente de auto cuidado que você se dá. Um momento de expansão da consciência, um alimento essencial para o corpo e alma.

Meditação: benefícios além do óbvio (Corall Consultoria/Shutterstock)
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corallconsultoria

Publicado em 23 de junho de 2020 às 14h24.

Última atualização em 23 de junho de 2020 às 18h47.

Explorando possibilidades e encontrando o que ressoa em mim

Mindfulness é uma variante da meditação, que foca no estado de presença. Esta técnica se popularizou na última década, mas os yogues já sabiam sobre o poder da meditação há milênios! Nos anos 70, a meditação voltou a ganhar força com o movimento hippie e no início deste milênio, a ciência passou a comprovar seus benefícios no funcionamento do o cérebro, sistema endócrino e, consequentemente, em todo o corpo e a mente. Mas para mim, nada como a poesia para descrevê-la de forma bela, simples e concisa.

“Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo”

Música “Coração Tranquilo” de Walter Franco

Este encontro do oriente e suas práticas milenares, de um lado, com o ocidente e seu pragmatismo e visão científica, do outro, nos presenteia com várias possibilidades de meditação. Especialmente no momento desafiador em que estamos vivendo, mais do que nunca, incluir no dia a dia alguma prática que ressoe com cada um de nós pode ser a diferença que faz a diferença nas nossas vidas! Temos sido convidados a um despertar para novas possibilidades e a meditação pode ser nosso grande aliado para que isto aconteça – além, claro, de nos ajudar a cultiva um estado de mais calma e, ao mesmo tempo, atenção para lidar com tantas inseguranças e incertezas.

Minha jornada de busca pelo auto conhecimento e ampliação da consciência começou há mais de 20 anos. Li, experimentei e pratiquei várias abordagens e serei eternamente grata a todos os mestres que tornaram este conhecimento disponível. Aprendi, mais do que tudo, que cada um tem a sua forma de meditar. Por isso, a importância de conhecer diversas práticas e ir experimentando até identificar as que mais funcionam para você.

Tenho a oportunidade de compartilhar várias práticas com outras pessoas em meu trabalho como coach e consultora da Corall e observo três grandes desafios comuns para quem está começando. Abaixo apresento esses desafios e ofereço algumas dicas de práticas para superá-los.

 

Desafio 1: Não tenho tempo

Este é o desafio mais comum. Mesmo agora em tempos de quarentena onde as pessoas permanecem em casa, escuto muitas queixas sobre falta de tempo. De fato, a vida principalmente nas grandes cidades não é fácil, e dar conta dos nossos vários papeis às vezes pode parecer impossível!

A dica aqui é não pensarmos em uma prática de mindfulness como sendo uma atividade a mais a ser encaixada no nosso dia já tão corrido. Podemos incluir a prática como um estado de atenção plena para pequenas atividades que já fazemos como:

- Durante uma refeição, levar sua atenção ao aroma do que você está comendo, depois perceber os detalhes da textura do alimento e suas nuances de sabor. Como seria, por exemplo, comer um pedaço pequeno de chocolate desta forma? Podemos até mesmo deixar o chocolate derreter sozinho no calor da boca, tornando esta experiência sensorial ainda mais prazerosa.

- Durante o banho, podemos trazer nossa atenção plena para as sensações da água tocando a pele, o aroma do sabonete, o toque na pele. Podemos antes do banho notar se tem alguma região do corpo em particular que está mais dolorida, como a lombar, por exemplo, e deixar por alguns segundos a água quente massagear esta área do corpo. Na sequência apenas percebemos o que mudou.

- Se você tiver uns poucos minutos, ao acordar ou antes de dormir, pode dedicá-los apenas para o prazer de testemunhar a sua própria respiração. Sem tentar modificá-la, apenas observando o fluxo do ar que entra pelas narinas, expande o tórax e o abdômen com o movimento do pulmão, e o fluxo do ar quando sai, relaxando o abdômen e tórax e saindo pelas narinas mais quentinho do que entrou. Basta praticar 5 minutos ao acordar e já vai lhe trazer uma sensação de calma para o seu dia. Se repetir a prática antes de dormir, ainda vai lhe ajudar a relaxar para um sono gostoso.

 

Desafio 2: Meu corpo dói

Vivemos em um tempo e em uma sociedade que movimenta pouco o corpo e tipicamente se senta com a coluna apoiada (quando não jogada no sofá). E boa parte das práticas meditativas lhe estimulam a sentar com a coluna alinhada sem encosto e, para quem pode, com as pernas cruzadas sentado em um tapetinho. Com isto, muitas pessoas podem sentir dores no corpo, principalmente no início.

A prática do yoga para mim é perfeita para preparar o corpo e a mente, mas você pode se beneficiar também de outras práticas que envolvam alongamento e fortalecimento dos músculos, principalmente abdominais, para ajudar a sustentar uma postura ereta sem dores.

É importante ouvir os sinais do corpo e não ultrapassar o limite que ele lhe indica quando o desconforto se transforma em dor. É melhor meditar sentado com as costas apoiadas em uma cadeira caso sinta dor e, com o tempo, ir trabalhando o corpo para poder aumentar seu tempo sentado sem necessidade de apoio.

 

Desafio 3: Minha mente é muito agitada

Muitas pessoas acham que meditar é esvaziar a mente, mas na verdade trata-se de focar a mente e não de esvaziá-la. Em algumas técnicas, você é convidada, por exemplo, a trazer sua atenção para a respiração ou para um mantra. Para quem está começando, a atenção no fluxo respiratório, sem tentar modificá-lo, já é muito benéfica.

Caso, durante a meditação, venha algum pensamento, e normalmente isto acontece, como, por exemplo, lembrar do que temos que comprar no supermercado, ou aquela ligação que temos que fazer, apenas observe o pensamento, deixe-o passar e volte sua atenção para a respiração. Isto pode acontecer algumas vezes, assim, sempre que um pensamento vier à mente, seja como uma testemunha que observa esse fato – o pensamento que surge – e, sem seguida, desapegue dele voltando à sua prática. Com o tempo, você notará que consegue manter sua atenção na respiração por um período mais longo sem interrupções de pensamentos.

Na minha experiência, meditar pode ser bem desafiador no início, mas com o tempo passa a ser prazeroso, como um presente de auto cuidado que você se dá e um momento de expansão da consciência, enfim, um alimento essencial para o corpo e para a alma.

Fica aqui um convite caso você ainda não tenha se aventurado a meditar. Espero que você também tenha experiências maravilhosas com a meditação e que ela lhe ajude a lidar com os desafios da vida com mais calma, curiosidade e abertura para o novo.

 

 

Explorando possibilidades e encontrando o que ressoa em mim

Mindfulness é uma variante da meditação, que foca no estado de presença. Esta técnica se popularizou na última década, mas os yogues já sabiam sobre o poder da meditação há milênios! Nos anos 70, a meditação voltou a ganhar força com o movimento hippie e no início deste milênio, a ciência passou a comprovar seus benefícios no funcionamento do o cérebro, sistema endócrino e, consequentemente, em todo o corpo e a mente. Mas para mim, nada como a poesia para descrevê-la de forma bela, simples e concisa.

“Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo”

Música “Coração Tranquilo” de Walter Franco

Este encontro do oriente e suas práticas milenares, de um lado, com o ocidente e seu pragmatismo e visão científica, do outro, nos presenteia com várias possibilidades de meditação. Especialmente no momento desafiador em que estamos vivendo, mais do que nunca, incluir no dia a dia alguma prática que ressoe com cada um de nós pode ser a diferença que faz a diferença nas nossas vidas! Temos sido convidados a um despertar para novas possibilidades e a meditação pode ser nosso grande aliado para que isto aconteça – além, claro, de nos ajudar a cultiva um estado de mais calma e, ao mesmo tempo, atenção para lidar com tantas inseguranças e incertezas.

Minha jornada de busca pelo auto conhecimento e ampliação da consciência começou há mais de 20 anos. Li, experimentei e pratiquei várias abordagens e serei eternamente grata a todos os mestres que tornaram este conhecimento disponível. Aprendi, mais do que tudo, que cada um tem a sua forma de meditar. Por isso, a importância de conhecer diversas práticas e ir experimentando até identificar as que mais funcionam para você.

Tenho a oportunidade de compartilhar várias práticas com outras pessoas em meu trabalho como coach e consultora da Corall e observo três grandes desafios comuns para quem está começando. Abaixo apresento esses desafios e ofereço algumas dicas de práticas para superá-los.

 

Desafio 1: Não tenho tempo

Este é o desafio mais comum. Mesmo agora em tempos de quarentena onde as pessoas permanecem em casa, escuto muitas queixas sobre falta de tempo. De fato, a vida principalmente nas grandes cidades não é fácil, e dar conta dos nossos vários papeis às vezes pode parecer impossível!

A dica aqui é não pensarmos em uma prática de mindfulness como sendo uma atividade a mais a ser encaixada no nosso dia já tão corrido. Podemos incluir a prática como um estado de atenção plena para pequenas atividades que já fazemos como:

- Durante uma refeição, levar sua atenção ao aroma do que você está comendo, depois perceber os detalhes da textura do alimento e suas nuances de sabor. Como seria, por exemplo, comer um pedaço pequeno de chocolate desta forma? Podemos até mesmo deixar o chocolate derreter sozinho no calor da boca, tornando esta experiência sensorial ainda mais prazerosa.

- Durante o banho, podemos trazer nossa atenção plena para as sensações da água tocando a pele, o aroma do sabonete, o toque na pele. Podemos antes do banho notar se tem alguma região do corpo em particular que está mais dolorida, como a lombar, por exemplo, e deixar por alguns segundos a água quente massagear esta área do corpo. Na sequência apenas percebemos o que mudou.

- Se você tiver uns poucos minutos, ao acordar ou antes de dormir, pode dedicá-los apenas para o prazer de testemunhar a sua própria respiração. Sem tentar modificá-la, apenas observando o fluxo do ar que entra pelas narinas, expande o tórax e o abdômen com o movimento do pulmão, e o fluxo do ar quando sai, relaxando o abdômen e tórax e saindo pelas narinas mais quentinho do que entrou. Basta praticar 5 minutos ao acordar e já vai lhe trazer uma sensação de calma para o seu dia. Se repetir a prática antes de dormir, ainda vai lhe ajudar a relaxar para um sono gostoso.

 

Desafio 2: Meu corpo dói

Vivemos em um tempo e em uma sociedade que movimenta pouco o corpo e tipicamente se senta com a coluna apoiada (quando não jogada no sofá). E boa parte das práticas meditativas lhe estimulam a sentar com a coluna alinhada sem encosto e, para quem pode, com as pernas cruzadas sentado em um tapetinho. Com isto, muitas pessoas podem sentir dores no corpo, principalmente no início.

A prática do yoga para mim é perfeita para preparar o corpo e a mente, mas você pode se beneficiar também de outras práticas que envolvam alongamento e fortalecimento dos músculos, principalmente abdominais, para ajudar a sustentar uma postura ereta sem dores.

É importante ouvir os sinais do corpo e não ultrapassar o limite que ele lhe indica quando o desconforto se transforma em dor. É melhor meditar sentado com as costas apoiadas em uma cadeira caso sinta dor e, com o tempo, ir trabalhando o corpo para poder aumentar seu tempo sentado sem necessidade de apoio.

 

Desafio 3: Minha mente é muito agitada

Muitas pessoas acham que meditar é esvaziar a mente, mas na verdade trata-se de focar a mente e não de esvaziá-la. Em algumas técnicas, você é convidada, por exemplo, a trazer sua atenção para a respiração ou para um mantra. Para quem está começando, a atenção no fluxo respiratório, sem tentar modificá-lo, já é muito benéfica.

Caso, durante a meditação, venha algum pensamento, e normalmente isto acontece, como, por exemplo, lembrar do que temos que comprar no supermercado, ou aquela ligação que temos que fazer, apenas observe o pensamento, deixe-o passar e volte sua atenção para a respiração. Isto pode acontecer algumas vezes, assim, sempre que um pensamento vier à mente, seja como uma testemunha que observa esse fato – o pensamento que surge – e, sem seguida, desapegue dele voltando à sua prática. Com o tempo, você notará que consegue manter sua atenção na respiração por um período mais longo sem interrupções de pensamentos.

Na minha experiência, meditar pode ser bem desafiador no início, mas com o tempo passa a ser prazeroso, como um presente de auto cuidado que você se dá e um momento de expansão da consciência, enfim, um alimento essencial para o corpo e para a alma.

Fica aqui um convite caso você ainda não tenha se aventurado a meditar. Espero que você também tenha experiências maravilhosas com a meditação e que ela lhe ajude a lidar com os desafios da vida com mais calma, curiosidade e abertura para o novo.

 

 

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