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Diversidade de pensamento–Você valoriza pensamentos diferentes dos seus?

Nosso maior desafio é a diversidade de pensamento. É muito bonito defender a diversidade de pensamento, mas sua prática é bem mais desafiadora do que parece

(Rawpixel.com/Shutterstock)
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corallconsultoria

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 08h57.

Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 09h01.

Diversidade é um tema que ganhou destaque principalmente nos últimos anos. Debatido de várias formas como: escolha sexual, origem étnica, escolaridade, dentre outros, surge como sendo não apenas importante para nosso convívio harmônico, mas como um elemento fundamental para a evolução e inovação das empresas e da sociedade.

Na minha opinião, o nosso maior desafio é a diversidade de pensamento. É muito bonito defender a diversidade de pensamento, mas sua prática é bem mais desafiadora do que parece. Nestas últimas eleições observei com espanto a enorme polarização que ocorreu, incluindo pessoas que no meu convívio próximo aparentavam ser muito dialógicas, mas que de alguma forma foram arrebatadas por uma onda de certeza de que seu ponto de vista era “o correto” e que tudo mais representava algo a ser combatido.

-(disponivel no google/Corall Consultoria)

E não podemos atribuir este fenômeno apenas as fake news, elas fizeram sim parte dos ingredientes desta receita de intolerância, mas este bolo desandou por uma combinação de ingredientes que talvez nunca tenhamos olhado com o devido cuidado.

De um lado temos um grupo que se diz anticorrupção e que acusa quem não vota igual de não ter entendido que roubar é errado...do outro lado temos um grupo que se diz contra o preconceito e que acusa quem não vota igual de não ter entendido que preconceito é errado. Com quase nenhuma disposição para o diálogo, frases acusatórias e de indignação pela escolha alheia, inundaram as redes sociais, muitas vezes entre parentes ou amigos que se conhecem a anos!
Se perguntarmos isoladamente se roubar ou ter preconceito são nocivos a sociedade, 99,9% vão provavelmente concordar que sim, mas não é somente disto que estamos falando. Me parece que este fenómeno é uma demonstração clara da síndrome da única história, parafraseando a escritora nigeriana Chimamanda Adichie. - Para quem ainda não assistiu, segue link do TED onde ela apresenta esta ideia:

-(Disponivel no google/Corall Consultoria)

As palavras são grávidas de significado e não é porque os termos corrupção ou preconceito tem descrição nos dicionários, que necessariamente concordamos que eles descrevem bem uma pessoa, um partido ou uma situação.

E se sairmos do contexto político e pensarmos nas empresas, podemos refletir como a cultura delineia o que valorizamos e queremos preservar e de certa forma, exclui silenciosamente o diferente. Refletir sobre o contraditório é um exercício que requer grande abertura e interesse genuíno em entender o que pode ter de bom em uma forma diferente de pensar sobre algo.

Espero que estas eleições provoquem esta reflexão e que possamos ter menos certezas e mais espaço para dúvidas, curiosidade e esperança!

-(disponivel no google/Corall Consultoria)

Diversidade é um tema que ganhou destaque principalmente nos últimos anos. Debatido de várias formas como: escolha sexual, origem étnica, escolaridade, dentre outros, surge como sendo não apenas importante para nosso convívio harmônico, mas como um elemento fundamental para a evolução e inovação das empresas e da sociedade.

Na minha opinião, o nosso maior desafio é a diversidade de pensamento. É muito bonito defender a diversidade de pensamento, mas sua prática é bem mais desafiadora do que parece. Nestas últimas eleições observei com espanto a enorme polarização que ocorreu, incluindo pessoas que no meu convívio próximo aparentavam ser muito dialógicas, mas que de alguma forma foram arrebatadas por uma onda de certeza de que seu ponto de vista era “o correto” e que tudo mais representava algo a ser combatido.

-(disponivel no google/Corall Consultoria)

E não podemos atribuir este fenômeno apenas as fake news, elas fizeram sim parte dos ingredientes desta receita de intolerância, mas este bolo desandou por uma combinação de ingredientes que talvez nunca tenhamos olhado com o devido cuidado.

De um lado temos um grupo que se diz anticorrupção e que acusa quem não vota igual de não ter entendido que roubar é errado...do outro lado temos um grupo que se diz contra o preconceito e que acusa quem não vota igual de não ter entendido que preconceito é errado. Com quase nenhuma disposição para o diálogo, frases acusatórias e de indignação pela escolha alheia, inundaram as redes sociais, muitas vezes entre parentes ou amigos que se conhecem a anos!
Se perguntarmos isoladamente se roubar ou ter preconceito são nocivos a sociedade, 99,9% vão provavelmente concordar que sim, mas não é somente disto que estamos falando. Me parece que este fenómeno é uma demonstração clara da síndrome da única história, parafraseando a escritora nigeriana Chimamanda Adichie. - Para quem ainda não assistiu, segue link do TED onde ela apresenta esta ideia:

-(Disponivel no google/Corall Consultoria)

As palavras são grávidas de significado e não é porque os termos corrupção ou preconceito tem descrição nos dicionários, que necessariamente concordamos que eles descrevem bem uma pessoa, um partido ou uma situação.

E se sairmos do contexto político e pensarmos nas empresas, podemos refletir como a cultura delineia o que valorizamos e queremos preservar e de certa forma, exclui silenciosamente o diferente. Refletir sobre o contraditório é um exercício que requer grande abertura e interesse genuíno em entender o que pode ter de bom em uma forma diferente de pensar sobre algo.

Espero que estas eleições provoquem esta reflexão e que possamos ter menos certezas e mais espaço para dúvidas, curiosidade e esperança!

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