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Chega de caçar cabeças!

É natural que ainda usemos várias palavras e expressões criadas durante a revolução industrial. Foram séculos construindo toda uma linguagem que apoiasse a transformação da sociedade baseada no trabalho do artesão e na economia baseada na pequena escala para uma sociedade organizada em torno das máquinas, dos processos e da produção e distribuição exponencial de bens de consumo.   E, como tudo o que é vivo, evoluímos. Pode até parecer, […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 11h58.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h25.

evolução

É natural que ainda usemos várias palavras e expressões criadas durante a revolução industrial. Foram séculos construindo toda uma linguagem que apoiasse a transformação da sociedade baseada no trabalho do artesão e na economia baseada na pequena escala para uma sociedade organizada em torno das máquinas, dos processos e da produção e distribuição exponencial de bens de consumo.

E, como tudo o que é vivo, evoluímos. Pode até parecer, no recorte do momento, que estamos voltando algumas casinhas como espécie, mas, quando fazemos uma análise menos pontual, observamos tremendas mudanças na forma como pensamos e agimos, especialmente desde a década de 90, quando a Internet começou a tomar conta do mundo como a principal plataforma de comunicação, gestão do conhecimento e, principalmente, transações comerciais de toda a natureza.

Nessa nova sociedade já apelidada de sociedade do conhecimento, contratar mão de obra surge como algo um tanto quanto deslocado. O que toda empresa precisa e deseja é atrair almas, corações e mentes, o que faz de alguém que se autodenomina “headhunter” ou recrutador uma espécie de personagem de filme de ficção científica, só que do passado. Se não quiser abrir mão do inglês, use “talent attractor”, mas, por favor, pare de caçar cabeças!

Convite a uma nova linguagem e a um novo operar

Em grandes movimentos de transição, por mais acelerados que sejam, durante um bom tempo se convive com o velho e o novo, ambos causando certa estranheza, posto que o velho já não mais faz sentido e o novo ainda está por fazer. Esse espaço de intersecção é, ao mesmo tempo, espaço de angústia e de esperança. Você percebe que o que aprendeu e praticou durante tantos anos já não funciona mais, sente que novas possibilidades estão a caminho, mas tudo ainda é meio incerto. Ou quase tudo. Já podemos dizer, por exemplo, que a lógica binária do certo ou errado, verdadeiro ou falso, que foi essencial para lidar com os desafios da sociedade industrial, não está mais funcionando para grande parte dos novos desafios na nova revolução industrial dos sistemas ciber-físicos.

Aliás, a pergunta “funciona ou não funciona?” surge como um caminho muito mais interessante e libertador, na medida em que nos deslocamos para um espaço de experimentação e aprendizagem, facilitando que o novo emerja.

Na Corall, costumamos traduzir esse “desoperar”, em contraposição a operar, que em sua origem significa realizar com esforço, num fluxo que parece funcionar muito melhor num mundo VUCA e que é organizado em sete etapas:

evolução

É natural que ainda usemos várias palavras e expressões criadas durante a revolução industrial. Foram séculos construindo toda uma linguagem que apoiasse a transformação da sociedade baseada no trabalho do artesão e na economia baseada na pequena escala para uma sociedade organizada em torno das máquinas, dos processos e da produção e distribuição exponencial de bens de consumo.

E, como tudo o que é vivo, evoluímos. Pode até parecer, no recorte do momento, que estamos voltando algumas casinhas como espécie, mas, quando fazemos uma análise menos pontual, observamos tremendas mudanças na forma como pensamos e agimos, especialmente desde a década de 90, quando a Internet começou a tomar conta do mundo como a principal plataforma de comunicação, gestão do conhecimento e, principalmente, transações comerciais de toda a natureza.

Nessa nova sociedade já apelidada de sociedade do conhecimento, contratar mão de obra surge como algo um tanto quanto deslocado. O que toda empresa precisa e deseja é atrair almas, corações e mentes, o que faz de alguém que se autodenomina “headhunter” ou recrutador uma espécie de personagem de filme de ficção científica, só que do passado. Se não quiser abrir mão do inglês, use “talent attractor”, mas, por favor, pare de caçar cabeças!

Convite a uma nova linguagem e a um novo operar

Em grandes movimentos de transição, por mais acelerados que sejam, durante um bom tempo se convive com o velho e o novo, ambos causando certa estranheza, posto que o velho já não mais faz sentido e o novo ainda está por fazer. Esse espaço de intersecção é, ao mesmo tempo, espaço de angústia e de esperança. Você percebe que o que aprendeu e praticou durante tantos anos já não funciona mais, sente que novas possibilidades estão a caminho, mas tudo ainda é meio incerto. Ou quase tudo. Já podemos dizer, por exemplo, que a lógica binária do certo ou errado, verdadeiro ou falso, que foi essencial para lidar com os desafios da sociedade industrial, não está mais funcionando para grande parte dos novos desafios na nova revolução industrial dos sistemas ciber-físicos.

Aliás, a pergunta “funciona ou não funciona?” surge como um caminho muito mais interessante e libertador, na medida em que nos deslocamos para um espaço de experimentação e aprendizagem, facilitando que o novo emerja.

Na Corall, costumamos traduzir esse “desoperar”, em contraposição a operar, que em sua origem significa realizar com esforço, num fluxo que parece funcionar muito melhor num mundo VUCA e que é organizado em sete etapas:

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