CEOs e a inovação consciente
* Maurício Goldstein, consultor e sócio da Corall, é co-autor deste texto Esta semana, duzentos líderes empresariais se reuniram em Austin, no Texas, no décimo “CEO Summit” do movimento Capitalismo Consciente, para refletir e dialogar sobre a busca da autoconfiança e da humildade como características fundamentais de um líder. Tivemos o privilégio de dar uma palestra sobre Inovação Consciente nesse encontro. Sabemos que no contexto cada vez mais complexo e volátil […] Leia mais
Publicado em 24 de outubro de 2016 às, 12h55.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h26.
* Maurício Goldstein, consultor e sócio da Corall, é co-autor deste texto
Esta semana, duzentos líderes empresariais se reuniram em Austin, no Texas, no décimo “CEO Summit” do movimento Capitalismo Consciente, para refletir e dialogar sobre a busca da autoconfiança e da humildade como características fundamentais de um líder. Tivemos o privilégio de dar uma palestra sobre Inovação Consciente nesse encontro.
Sabemos que no contexto cada vez mais complexo e volátil em que vivemos, a inovação se tornou o principal caminho para empresas crescerem e terem sucesso em seus mercados. E as empresas mais inovadoras recebem um “prêmio” do mercado: suas marcas são mais reconhecidas, atraindo os melhores talentos e parceiros de negócio, além de mais dinheiro dos investidores.
A inovação é uma expressão natural da consciência humana. Todos nascemos criativos, mas vamos ofuscando essa capacidade enquanto crescemos e nos moldamos ao sistema educacional e depois profissional. Muitas vezes, deixamos de ser autênticos e de expressar nossas melhores ideias. A pergunta é como resgatar essa criatividade original que todos temos e criar produtos e serviços que gerem valor no mercado.
Então, como podemos criar uma organização inovadora? Como criar um ambiente no qual as pessoas estejam motivadas a dar seu melhor e coletivamente criar o novo?
A inovação consciente emerge da combinação de uma frequência cocriativa e de um método gerador de insights (vide gráfico abaixo).
A forma que pensamos, nos relacionamos, aprendemos e nos organizamos em uma companhia cria, ou nos afasta, de uma frequência criativa. Quando as pessoas sentem que a empresa tem um propósito ousado, que suas ideias são bem-vindas, que há um ambiente de colaboração e confiança e que se pode experimentar (e até errar), elas se arriscam a contribuir e a construir o diferente juntas. É como se houvesse uma energia especial no ar, uma frequência que favorece a inovação.
Ao mesmo tempo, usar um método estruturado para gerar insights é fundamental. O método, inspirado na Teoria U do professor Claus Otto Scharmer, se inicia com uma pergunta crítica para o negócio. Em seguida, parte-se em uma jornada para ver e sentir, com olhos e corações abertos, o contexto ampliado da questão, identificando sinais e padrões do mercado. Um diálogo profundo (com momentos de silêncio) favorece o nascimento de insights coletivos. O próximo passo é transformar estes insights em protótipos e experimentar, sem medo de errar, até identificar a melhor solução para tornar a inovação uma realidade no mercado.
Você também pode conscientemente desenhar sua empresa para a inovação: sintonize sua organização nessa frequência e use o método proposto para transformar a criatividade humana que já existe dormente em valor para o mercado.