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A prática essencial para liderar transformações na nova economia

A liderança não é uma competência ou algo que alguém possui, é uma prática ou um processo que acontece na relação entre pessoas em determinado contexto.

(Shutterstock/OBprod/Corall Consultoria)
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corallconsultoria

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 16h27.

A liderança não é uma competência ou algo que alguém possui, é uma prática ou um processo que acontece na relação entre pessoas em determinado contexto. Se você quiser praticar a liderança e influenciar transformações em seu time, sua organização ou sua comunidade na nova economia que vivemos hoje, você precisa entender essa dinâmica das relações e agir onde verdadeiramente tem influência e pode conseguir resultados.

 

Eu e você já vivemos essa experiência ou a vimos acontecer com alguém muito próximo que admiramos. Uma pessoa é reconhecida como um excelente líder, que realmente consegue mobilizar e engajar um time ou toda uma organização num movimento significativo de transformação ou de entrega de resultados. Mas, essa mesma pessoa, em outro contexto, com outro time, em outro projeto ou organização, não consegue exercer a mesma influência e não gera o mesmo resultado comprovado anteriormente.

A Liderança não é algo que alguém possa possuir. É um processo, uma prática relacional.

Isso acontece porque a liderança não é algo inerente a uma pessoa ou algo que alguém possa possuir, ou até mesmo uma competência que possa ser aplicada e colocada em prática em qualquer circunstância.
A liderança é um processo, um fazer, uma prática relacional que acontece no entre, um conjunto de ações, práticas, diálogos interconectados que equilibram as relações entre um EU, um OUTRO (ou grupo de pessoas) e um CONTEXTO.

Sendo assim, todas as relações ou configurações de grupos dos quais você participa (sua equipe na empresa, seu time de projetos, seu grupo de projetos sociais, sua comunidade religiosa, sua família) está vivendo algum tipo de equilíbrio entre seus membros. Podemos dizer que o grupo está perfeitamente coordenado.

Exemplos de grupos perfeitamente coordenados:

Não importa qual grupo você faz parte, as relações sempre estão buscando um equilíbrio, uma coordenação que funcione.

Entendi. E daí?
E daí que isso muda completamente o paradigma atual que você e eu tentamos usar quando estamos ocupando uma função de liderança ou estamos queremos influenciar alguma transformação.
O paradigma atual nos convida a olhar para uma situação como observadores, nos isolando de um problema. Geralmente, o problema está no outro e nós, como líderes, precisamos fazer algo para mudar ou corrigir ou educar o outro.
O que eu tenho que fazer para fazer o outro enxergar o problema que ele tem? O que eu tenho que fazer para mudar o outro? Qual o gap o outro tem e o que faço para corrigir? São perguntas comuns que nos fazemos dentro desse paradigma.

A verdadeira liderança, que libera a potência das pessoas e influencia transformações de verdade pratica outra abordagem.
Nesse paradigma que proponho, e que temos trabalhado na Corall e em nossos clientes com muito resultado, as perguntas são um pouco diferentes. Poderiam ser resumidas assim:

O que eu estou fazendo ou deixando de fazer e que está contribuindo para sustentar/preservar a coordenação atual? O que eu poderia mudar em mim ou fazer diferente para desequilibrar a coordenação atual e gerar uma nova?

Ou seja, a prática essencial para efetivamente liderar transformações e equipes é perceber o que você tem feito ou deixado de fazer para que as coisas estejam e permaneçam como estão. É perceber que você é corresponsável pela coordenação atual, pelo equilíbrio das relações entre você, seu time/grupo e o contexto.
Nesse lugar de corresponsabilidade você pode exercer um grande papel protagonista: mudar algo em você. Escolher uma ação, fazer diferente algo que você faz ou passar a fazer algo que você não faz e que potencialmente vai gerar desequilíbrio. Ao fazer isso, você vai obrigar os outros a se mexerem e buscarem um novo equilíbrio, uma nova coordenação, um novo jeito de funcionar, uma nova forma de fazer as coisas.

Essa prática é ainda mais eficiente no contexto da nova economia e no mundo disruptivo e complexo que vivemos hoje. O contexto, as configurações de times e as relações são cada vez mais complexas, ambíguas e imprevisíveis. Não cabe mais tratar essas relações sob uma lente linear ou mecanicista, onde o líder é uma pessoa que tudo sabe e sai por aí consertando as pessoas e reduzindo os gaps que elas têm em relação a um ideal (perfil) padronizado.

A prática da liderança é uma prática de coevolução, onde seu principal poder de influência é colocar-se como corresponsável pela coordenação atual e prototipar ações que mudem algo no seu agir que potencialmente obrigue os outros a agirem também de maneira diferente, buscando um reequilíbrio, uma nova coordenação. Você contribui com a evolução do outro e do sistema evoluindo-se.

Existem outros caminhos ou práticas que podem me ajudar a liderar? Existem. Mas, não com essa eficiência e impacto.
Geralmente, tentamos recorrer a outras formas porque não queremos usar nossa energia para mudar algo em nós mesmos, por ser muito desafiador. Mas, não há caminho fácil na prática do liderar.
Porém, esse é um caminho simples e eficiente.

Agora, para concluir, um alerta: você não tem nenhum controle ou capacidade de prever qual será a nova coordenação do grupo, se ela irá funcionar melhor para o propósito que tem em mente.
Mas, há muito tempo você e eu sabemos que liderança não é controle.
Então, ao escolher mudar algo em você, procure experimentar algumas pequenas ações que sejam muito coerentes com o propósito que você deseja para o grupo e fique muito atento para perceber os pequenos movimentos que cada pessoa do grupo dará ao perceber a sua mudança.
Faz mais sentido experimentar uma ação de cada vez e checar o impacto que ela proporciona antes de implementar a próxima ação. #ficaadica

 

-(Corall Consultoria)

A liderança não é uma competência ou algo que alguém possui, é uma prática ou um processo que acontece na relação entre pessoas em determinado contexto. Se você quiser praticar a liderança e influenciar transformações em seu time, sua organização ou sua comunidade na nova economia que vivemos hoje, você precisa entender essa dinâmica das relações e agir onde verdadeiramente tem influência e pode conseguir resultados.

 

Eu e você já vivemos essa experiência ou a vimos acontecer com alguém muito próximo que admiramos. Uma pessoa é reconhecida como um excelente líder, que realmente consegue mobilizar e engajar um time ou toda uma organização num movimento significativo de transformação ou de entrega de resultados. Mas, essa mesma pessoa, em outro contexto, com outro time, em outro projeto ou organização, não consegue exercer a mesma influência e não gera o mesmo resultado comprovado anteriormente.

A Liderança não é algo que alguém possa possuir. É um processo, uma prática relacional.

Isso acontece porque a liderança não é algo inerente a uma pessoa ou algo que alguém possa possuir, ou até mesmo uma competência que possa ser aplicada e colocada em prática em qualquer circunstância.
A liderança é um processo, um fazer, uma prática relacional que acontece no entre, um conjunto de ações, práticas, diálogos interconectados que equilibram as relações entre um EU, um OUTRO (ou grupo de pessoas) e um CONTEXTO.

Sendo assim, todas as relações ou configurações de grupos dos quais você participa (sua equipe na empresa, seu time de projetos, seu grupo de projetos sociais, sua comunidade religiosa, sua família) está vivendo algum tipo de equilíbrio entre seus membros. Podemos dizer que o grupo está perfeitamente coordenado.

Exemplos de grupos perfeitamente coordenados:

Não importa qual grupo você faz parte, as relações sempre estão buscando um equilíbrio, uma coordenação que funcione.

Entendi. E daí?
E daí que isso muda completamente o paradigma atual que você e eu tentamos usar quando estamos ocupando uma função de liderança ou estamos queremos influenciar alguma transformação.
O paradigma atual nos convida a olhar para uma situação como observadores, nos isolando de um problema. Geralmente, o problema está no outro e nós, como líderes, precisamos fazer algo para mudar ou corrigir ou educar o outro.
O que eu tenho que fazer para fazer o outro enxergar o problema que ele tem? O que eu tenho que fazer para mudar o outro? Qual o gap o outro tem e o que faço para corrigir? São perguntas comuns que nos fazemos dentro desse paradigma.

A verdadeira liderança, que libera a potência das pessoas e influencia transformações de verdade pratica outra abordagem.
Nesse paradigma que proponho, e que temos trabalhado na Corall e em nossos clientes com muito resultado, as perguntas são um pouco diferentes. Poderiam ser resumidas assim:

O que eu estou fazendo ou deixando de fazer e que está contribuindo para sustentar/preservar a coordenação atual? O que eu poderia mudar em mim ou fazer diferente para desequilibrar a coordenação atual e gerar uma nova?

Ou seja, a prática essencial para efetivamente liderar transformações e equipes é perceber o que você tem feito ou deixado de fazer para que as coisas estejam e permaneçam como estão. É perceber que você é corresponsável pela coordenação atual, pelo equilíbrio das relações entre você, seu time/grupo e o contexto.
Nesse lugar de corresponsabilidade você pode exercer um grande papel protagonista: mudar algo em você. Escolher uma ação, fazer diferente algo que você faz ou passar a fazer algo que você não faz e que potencialmente vai gerar desequilíbrio. Ao fazer isso, você vai obrigar os outros a se mexerem e buscarem um novo equilíbrio, uma nova coordenação, um novo jeito de funcionar, uma nova forma de fazer as coisas.

Essa prática é ainda mais eficiente no contexto da nova economia e no mundo disruptivo e complexo que vivemos hoje. O contexto, as configurações de times e as relações são cada vez mais complexas, ambíguas e imprevisíveis. Não cabe mais tratar essas relações sob uma lente linear ou mecanicista, onde o líder é uma pessoa que tudo sabe e sai por aí consertando as pessoas e reduzindo os gaps que elas têm em relação a um ideal (perfil) padronizado.

A prática da liderança é uma prática de coevolução, onde seu principal poder de influência é colocar-se como corresponsável pela coordenação atual e prototipar ações que mudem algo no seu agir que potencialmente obrigue os outros a agirem também de maneira diferente, buscando um reequilíbrio, uma nova coordenação. Você contribui com a evolução do outro e do sistema evoluindo-se.

Existem outros caminhos ou práticas que podem me ajudar a liderar? Existem. Mas, não com essa eficiência e impacto.
Geralmente, tentamos recorrer a outras formas porque não queremos usar nossa energia para mudar algo em nós mesmos, por ser muito desafiador. Mas, não há caminho fácil na prática do liderar.
Porém, esse é um caminho simples e eficiente.

Agora, para concluir, um alerta: você não tem nenhum controle ou capacidade de prever qual será a nova coordenação do grupo, se ela irá funcionar melhor para o propósito que tem em mente.
Mas, há muito tempo você e eu sabemos que liderança não é controle.
Então, ao escolher mudar algo em você, procure experimentar algumas pequenas ações que sejam muito coerentes com o propósito que você deseja para o grupo e fique muito atento para perceber os pequenos movimentos que cada pessoa do grupo dará ao perceber a sua mudança.
Faz mais sentido experimentar uma ação de cada vez e checar o impacto que ela proporciona antes de implementar a próxima ação. #ficaadica

 

-(Corall Consultoria)

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