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A Esquisitice

Há poucas semanas, participei de um diálogo sobre literatura e o facilitador da conversa, um doutor em história, nos contou sobre a origem da palavra vocação. Esta vem do latim “vocare”, verbo que quer dizer “chamar”, ou seja, a vocação é um chamado da vida a expressar um talento, uma aptidão natural para executar algo que vai lhe dar prazer. É como uma ideia que insiste em permanecer, mesmo quando […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 14h38.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h01.

Há poucas semanas, participei de um diálogo sobre literatura e o facilitador da conversa, um doutor em história, nos contou sobre a origem da palavra vocação. Esta vem do latim “vocare”, verbo que quer dizer “chamar”, ou seja, a vocação é um chamado da vida a expressar um talento, uma aptidão natural para executar algo que vai lhe dar prazer. É como uma ideia que insiste em permanecer, mesmo quando queremos descartá-la. E este é um dos principais desafios (e oportunidades) do crescimento do ser humano: encontrar e expressar a sua vocação única no mundo.

Mas geralmente isto não é tão fácil por alguns motivos: a nossa educação, as organizações, a sociedade e inclusive a nossa família nos convidam a nos conformarmos a formatos pré-estabelecidos para nossa vida – a boa menina, o bom aluno, um bom emprego, seguir o plano de carreira da sua empresa, ser promovido, casar e ter filhos – todos formas de sermos aceitos e incluídos nos grupos aos quais gostamos de pertencer. Contudo, ouvir o chamado da vida exige muita coragem (palavra cuja origem é “agir com o coração”). Somos seres singulares, únicos, e expressar a nossa vocação vai exigir de nós quebrarmos alguns tabus, sairmos do óbvio, eventualmente rompermos com o sistema com o qual estamos habituados e assim geralmente nos tornamos esquisitos para aqueles com quem estávamos acostumados a conviver. Se você quiser viver uma vida plena, vai ter que correr o risco de se tornar esquisito (do latim exquisitu, algo procurado e escolhido com cuidado). No português, esquisito tem o significado de anormal. E é isto mesmo que estou dizendo: você talvez pareça anormal, fora da norma, da regra estabelecida pelos outros para a sua vida.

E o interessante é que podemos estender esta mesma lógica para sua empresa: qual é sua vocação, seu serviço aos seus clientes e ao mundo, a expressão única da sua essência? Pense nas empresas que você realmente admira no mercado e note que todas elas são únicas, abriram caminho, fizeram história. Não foram cópias de outras, não se basearam em “benchmarks”, este sim um processo que só leva à mesmice. Elas talvez também tenham se tornado esquisitas a princípio, ousando fazer algo diferente do que todos os competidores estavam fazendo. E neste sentido, elas se tornaram originais.

Albert Einstein já dizia: “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela”. Qual é a ideia absurda e única que você tem, que desperta a sua paixão pela vida, e que lhe dá um frio na espinha? O que você precisa para se entregar à sua vocação e dar um passo nessa direção? O que o impede de fazer isto agora? Este é um convite à sua esquisitice, à sua forma única e, algumas vezes incompreendida inicialmente, de você se apresentar para a vida. Vamos dar à nossa esquisitice o sentido que os hispânicos dão à palavra exquisito: saboroso, atraente, sedutor, agradável, artístico e belo. A ela damos as boas-vindas!

Há poucas semanas, participei de um diálogo sobre literatura e o facilitador da conversa, um doutor em história, nos contou sobre a origem da palavra vocação. Esta vem do latim “vocare”, verbo que quer dizer “chamar”, ou seja, a vocação é um chamado da vida a expressar um talento, uma aptidão natural para executar algo que vai lhe dar prazer. É como uma ideia que insiste em permanecer, mesmo quando queremos descartá-la. E este é um dos principais desafios (e oportunidades) do crescimento do ser humano: encontrar e expressar a sua vocação única no mundo.

Mas geralmente isto não é tão fácil por alguns motivos: a nossa educação, as organizações, a sociedade e inclusive a nossa família nos convidam a nos conformarmos a formatos pré-estabelecidos para nossa vida – a boa menina, o bom aluno, um bom emprego, seguir o plano de carreira da sua empresa, ser promovido, casar e ter filhos – todos formas de sermos aceitos e incluídos nos grupos aos quais gostamos de pertencer. Contudo, ouvir o chamado da vida exige muita coragem (palavra cuja origem é “agir com o coração”). Somos seres singulares, únicos, e expressar a nossa vocação vai exigir de nós quebrarmos alguns tabus, sairmos do óbvio, eventualmente rompermos com o sistema com o qual estamos habituados e assim geralmente nos tornamos esquisitos para aqueles com quem estávamos acostumados a conviver. Se você quiser viver uma vida plena, vai ter que correr o risco de se tornar esquisito (do latim exquisitu, algo procurado e escolhido com cuidado). No português, esquisito tem o significado de anormal. E é isto mesmo que estou dizendo: você talvez pareça anormal, fora da norma, da regra estabelecida pelos outros para a sua vida.

E o interessante é que podemos estender esta mesma lógica para sua empresa: qual é sua vocação, seu serviço aos seus clientes e ao mundo, a expressão única da sua essência? Pense nas empresas que você realmente admira no mercado e note que todas elas são únicas, abriram caminho, fizeram história. Não foram cópias de outras, não se basearam em “benchmarks”, este sim um processo que só leva à mesmice. Elas talvez também tenham se tornado esquisitas a princípio, ousando fazer algo diferente do que todos os competidores estavam fazendo. E neste sentido, elas se tornaram originais.

Albert Einstein já dizia: “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela”. Qual é a ideia absurda e única que você tem, que desperta a sua paixão pela vida, e que lhe dá um frio na espinha? O que você precisa para se entregar à sua vocação e dar um passo nessa direção? O que o impede de fazer isto agora? Este é um convite à sua esquisitice, à sua forma única e, algumas vezes incompreendida inicialmente, de você se apresentar para a vida. Vamos dar à nossa esquisitice o sentido que os hispânicos dão à palavra exquisito: saboroso, atraente, sedutor, agradável, artístico e belo. A ela damos as boas-vindas!

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