Edifícios boutique: os novos queridinhos de locatários e investidores
Family offices, escritórios de arquitetura, companhias de tecnologia e finanças estão entre os segmentos que mais têm mostrado interesse e locado espaços
Karla Mamona
Publicado em 9 de junho de 2022 às 12h59.
*por Yara Matsuyama
Exclusividade e localização são o binômio da mais recente tendência do mercado imobiliário corporativo: os edifícios boutique. Localizados em áreas nobres de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte, esses prédios possuem projetos arquitetônicos e de design diferenciados, com lajes menores – entre 400 e 800 m² –, proporcionando mais privacidade para os ocupantes.
Com alto padrão construtivo, atraem empresas que buscam infraestrutura e amenidades, seja no condomínio como também nas redondezas, além de segurança e tecnologia. Empresas que diminuíram o tamanho dos seus escritórios durante a pandemia ou que buscam por conforto associado a estilo têm encontrado nos edifícios boutique uma saída para montarem seus espaços preservando a identidade de suas marcas.
Family offices, escritórios de arquitetura, companhias especializadas em tecnologia e em finanças estão entre os segmentos que mais têm mostrado interesse e locado espaços com essas características. Há três anos, essa tendência vem se consolidando.
Entre 2019 e 2022, a taxa de vacância de empreendimentos desse tipo se apresentou abaixo de 5%, mesmo com preço médio do metro quadrado acima de R$ 200 em algumas localidades. Vale destacar que esses dados transpassam a pandemia, evidenciando alta resiliência do segmento, com estabilidade na vacância mesmo em um período que que registrou devoluções de espaço.
Tal configuração tem se mostrado mais um componente de atratividade para os investidores, que encontram nesses produtos demanda de locação, preços acima da média, e alinhamento com as melhores práticas contemporâneas de mercado.
Outro ponto positivo dos edifícios boutique é que seu desenvolvimento pode se dar a partir de retrofits. Alguns dos empreendimentos desse tipo são resultado do desmembramento e da readequação de lajes de 2 mil m², por exemplo, que foram divididas. Regiões nobres com escassez de grandes terrenos, como a Rebouças e a Paulista em São Paulo, também podem se beneficiar por essa tendência, já que a construção desses edifícios pode ocorrer em terrenos menores.
Extrapolando o universo corporativo, os edifícios boutique também se fortalecem nos segmentos residencial e hospitalar, ampliando as possibilidades de negócios para toda a cadeia da construção civil e para os investidores. Nos próximos anos, veremos o mercado de edifícios boutique se consolidar e crescer para atender o desejo de um mercado que valoriza cada vez mais a personalidade e a exclusividade de soluções.
*Yara Matsuyama é diretora de Locações da JLL.
*por Yara Matsuyama
Exclusividade e localização são o binômio da mais recente tendência do mercado imobiliário corporativo: os edifícios boutique. Localizados em áreas nobres de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte, esses prédios possuem projetos arquitetônicos e de design diferenciados, com lajes menores – entre 400 e 800 m² –, proporcionando mais privacidade para os ocupantes.
Com alto padrão construtivo, atraem empresas que buscam infraestrutura e amenidades, seja no condomínio como também nas redondezas, além de segurança e tecnologia. Empresas que diminuíram o tamanho dos seus escritórios durante a pandemia ou que buscam por conforto associado a estilo têm encontrado nos edifícios boutique uma saída para montarem seus espaços preservando a identidade de suas marcas.
Family offices, escritórios de arquitetura, companhias especializadas em tecnologia e em finanças estão entre os segmentos que mais têm mostrado interesse e locado espaços com essas características. Há três anos, essa tendência vem se consolidando.
Entre 2019 e 2022, a taxa de vacância de empreendimentos desse tipo se apresentou abaixo de 5%, mesmo com preço médio do metro quadrado acima de R$ 200 em algumas localidades. Vale destacar que esses dados transpassam a pandemia, evidenciando alta resiliência do segmento, com estabilidade na vacância mesmo em um período que que registrou devoluções de espaço.
Tal configuração tem se mostrado mais um componente de atratividade para os investidores, que encontram nesses produtos demanda de locação, preços acima da média, e alinhamento com as melhores práticas contemporâneas de mercado.
Outro ponto positivo dos edifícios boutique é que seu desenvolvimento pode se dar a partir de retrofits. Alguns dos empreendimentos desse tipo são resultado do desmembramento e da readequação de lajes de 2 mil m², por exemplo, que foram divididas. Regiões nobres com escassez de grandes terrenos, como a Rebouças e a Paulista em São Paulo, também podem se beneficiar por essa tendência, já que a construção desses edifícios pode ocorrer em terrenos menores.
Extrapolando o universo corporativo, os edifícios boutique também se fortalecem nos segmentos residencial e hospitalar, ampliando as possibilidades de negócios para toda a cadeia da construção civil e para os investidores. Nos próximos anos, veremos o mercado de edifícios boutique se consolidar e crescer para atender o desejo de um mercado que valoriza cada vez mais a personalidade e a exclusividade de soluções.
*Yara Matsuyama é diretora de Locações da JLL.