Como a digitalização torna o processo de aluguel e compra mais ágil e menos burocrático
Da indecisão sobre qual imóvel escolher às dificuldades burocráticas no processo, o caminho entre o desejo de mudar e as chaves pode ser mais longo
Publicado em 24 de fevereiro de 2023 às, 12h15.
*Gabriela Zaninetti
Quem já precisou comprar ou alugar um imóvel sabe o quanto a jornada do consumidor pode ser longa e desgastante. Da indecisão sobre qual imóvel escolher às dificuldades burocráticas e cartoriais envolvidas no processo, o caminho entre o desejo de mudar e as chaves da nova casa pode ser mais longo e difícil do que gostaríamos.
Felizmente, aos poucos essa jornada torna-se mais simples e que novas soluções facilitarão bastante a jornada ao longo do tempo. A maior digitalização do mercado e, consequentemente de cada uma das etapas, tem como resultado uma experiência mais individualizada, ágil, objetiva e, consequentemente, mais satisfatória.
Parte dessa transformação passa por entender as necessidades e motivações que fazem com que uma pessoa busque por um novo imóvel, que estão acompanhadas de mudanças de rotina, necessidades ou realizações de sonhos. O primeiro imóvel de quem sai da casa dos pais, certamente, será diferente daqueles que estão pensando em aumentar a família ou dos que buscam mais qualidade de vida para acomodar rotina de trabalho, escola dos filhos ou lazer, encurtando deslocamentos e diminuindo o tempo no trânsito. São incontáveis as motivações de uma mudança, e cada uma delas dá origem a uma jornada distinta.
A pandemia também contribuiu para alterar prioridades. Com a popularização do trabalho remoto, total ou parcial, imóveis com mais um quarto ou espaço para montar um escritório passaram a ser uma necessidade para 45% daqueles que estão buscando uma nova moradia para alugar. Situação semelhante também foi identificada entre aqueles que querem comprar um imóvel. O recente estudo do DataZAP+ ainda mostrou que 56% das pessoas buscam se mudar para um imóvel com mais espaço, sendo que 36% apontam ter um local para o um escritório como característica necessária da nova moradia.
A preocupação com a sustentabilidade também se reflete na busca por imóveis. A mesma pesquisa ainda revelou, por exemplo, que 70% dos compradores buscam imóveis com algum tipo de reservatório para captar água das chuvas. Número similar (67%) prefere projetos com elementos de bioarquitetura.
Da mesma forma que mudaram as características dos imóveis buscados por quem procura um novo lar, também se transformou a maneira como elas fazem essa pesquisa e esperam ter suas necessidades atendidas. Por isso, digitalização, especialização e customização são elementos fundamentais para apoiar quem procura um imóvel.
Afinal, atualmente, a busca leva, em média, dois a três meses. No caso da compra, gasta-se cerca de meio ano. É uma jornada cuja duração não encontra paralelo em qualquer outro mercado, o que só reforça a necessidade de modernização do setor imobiliário.
Com tantas diferenças, saber que cada pessoa tem uma história e uma motivação é fundamental. Para além de ser um especialista no setor, os corretores e imobiliárias tornaram-se consultores, apoiando os clientes a entender as opções que mais se adequam aos seus objetivos, desejos e bolsos. Afinal, a personalização
A tecnologia e a digitalização evoluem para apoiar esses profissionais e seus clientes. Tours virtuais, por exemplo, ajudam a diminuir o número de imóveis a serem visitados pessoalmente, a geolocalização que além de apoiar no entendimento do imóvel que melhor se adequa ao comprador ou locatário, facilita a tomada de decisão. É fundamental entender o que há ao redor do imóvel para fechar um contrato. E, por meio da tecnologia, apoiar com alertas indicando quando há um imóvel disponível de acordo com a preferência do usuário, é possível otimizar ainda todo o processo.
A vida contemporânea pede mais simplicidade e, com certeza, a tecnologia pode apoiar o setor a tornar todo esse processo mais eficiente e satisfatório. Afinal, a casa é a nossa extensão como indivíduos. E, encontrar um lugar para chamar de seu precisa de todo um cuidado. E o processo, sem dúvida, deve ser cada vez melhor.
*Gabriela Zaninetti é vice-presidente de Marketing da OLX Brasil