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Fenomenal

Produção da Globoplay conta a história do craque que foi eleito por 3 vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA

Ronaldo: o craque que virou empresário. (Paulo Popper/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2022 às 16h26.

Um pouco antes do início da pandemia convidamos o Kaká e a Carol, sua esposa, para comerem um hambúrguer aqui em casa. A culinária não é exatamente um dos meus grandes dons, mas confesso que meu cheeseburguer é incrível. Papo vai, vinho vem e, tendo na minha frente o último brasileiro a ser eleito o melhor jogador do mundo, não podíamos deixar de falar de futebol. Então, enquanto colocava o queijo cheddar sobre a tenra carne que já estava quase no ponto na churrasqueira, incorporei o Galvão e fiz a derradeira pergunta: “Tendo jogado com os melhores jogadores do mundo, quem foi o melhor que você já viu jogar?”. A resposta veio prontamente, não dando tempo nem do queijo derreter. “Ronaldo, O Fenômeno. O Cristiano Ronaldo é uma máquina e o Ronaldinho Gaúcho é o mais habilidoso que eu já vi, mas o Fenômeno pensava na frente dos outros, ele é o melhor com quem já joguei.”

O Brasil estreia nesta semana na Copa do Mundo e, lembrando-me da conversa com o Kaká e para já ir entrando no clima, resolvi assistir ao recém-lançado documentário “Ronaldo, O Fenômeno”, que está disponível na Globoplay. A produção conta a história do craque, que foi eleito por 3 vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA, antes de ser considerado o grande culpado pela derrota do Brasil para a França na Final da Copa de 1998. Ali, quando muitos já achavam que sua carreira de alta performance tinha acabado, ele relembra no próprio trailer do filme que “O que eu não sabia era que ia piorar muito ainda nos próximos anos”. E piorou mesmo. Confesso que até hoje tenho dificuldades para ver a cena daquela lesão no seu joelho no jogo contra a Lazio. Lesão gravíssima, que fez até alguns dos melhores médicos do mundo dizerem que ele nunca mais voltaria a jogar. Estavam enganados.

Lutando contra dores insuportáveis e com muita perseverança e obstinação ele voltou. Mas voltou para a Inter, que estava sob o comando de um técnico argentino, que não dava nenhum espaço para o nosso artilheiro. Aos poucos foi mostrando novamente seu futebol, até que era impossível ignorá-lo. Foi parar na Copa de 2002 sob muita desconfiança e o resto é história. Com 2 gols numa final contra a Alemanha, o Brasil sagra-se Penta Campeão mundial.

Mas Fred, essa coluna não é sobre tecnologia e empreendedorismo? É claro que é. Mas assim como tiramos insights valiosos do documentário do Michael Jordan, o filme sobre o Ronaldo me lembrou de várias características que estão em todos os empreendedores de sucesso que já tive oportunidade de conversar ao longo da minha carreira: paixão pelo que faz, disciplina, otimismo, foco, mentalidade vencedora e alta performance.

Mas para chegar na alta performance, tanto o esporte quanto os negócios requerem habilidades como planejamento, execução e revisão. O objetivo principal nunca pode ser apenas vencer. Nenhum time, atleta ou empresa entra em uma competição tendo isso como único objetivo. A paixão pelo que você faz é o que realmente os inspira a se tornarem os melhores possíveis, e isso – inevitavelmente - leva ao sucesso. Sabemos que é difícil alcançar a vitória fazendo algo que não gostamos. Na vida de todo esportista e empresário, há dias em que é difícil se motivar. As dificuldades são muitas e o que não falta é gente dizendo para você desistir. Determinação e abnegação portanto, são qualidades fundamentais para nos permitem ir além. Estudos mostram que cerca de 80% do sucesso nos negócios e no esporte depende da sua mentalidade e da sua autoconfiança, portanto nunca deixe de acreditar, assim como o Ronaldo nunca deixou.

Outro ponto extremamente importante é aceitar que não podemos vencer o tempo todo e que um dia fracassaremos. O importante nessas horas é aceitar a lição, manter-se sempre humilde e aprender com as derrotas para voltar mais forte depois. Como Scott Galloway relembrou nesta semana, a preocupação de manter-se humilde vem desde a Roma Antiga. Já naquela época, quando os imperadores voltavam para suas cidades para desfilarem triunfantes após batalhas vitoriosas, um escravo (auriga) era nomeado pelo Senado para sussurrar continuamente no ouvido do imperador: “Lembre-se, você é apenas um homem” (“Memento homo”).

Hoje o Ronaldo virou empresário. E pelas palavras do craque "Há 10 anos, mais ou menos, eu parei de jogar, disposto a escrever uma outra história. Estou escrevendo outra história agora, em uma outra posição, na mesma indústria, que é o futebol, e tem muita coisa ainda pela frente que eu quero contar". Pessoalmente acredito que o Fenômeno será capaz de escrever também uma carreira de sucesso como empresário. Mas confesso que, neste exato momento, estou torcendo mais por um futuro documentário do Neymar Jr, que mostre os desafios que ele teve para chegar até aqui, mas que termine com ele levantando o troféu de Hexacampeão em 2022. Boa Copa a todos e vamos com tudo Brasil.

Um pouco antes do início da pandemia convidamos o Kaká e a Carol, sua esposa, para comerem um hambúrguer aqui em casa. A culinária não é exatamente um dos meus grandes dons, mas confesso que meu cheeseburguer é incrível. Papo vai, vinho vem e, tendo na minha frente o último brasileiro a ser eleito o melhor jogador do mundo, não podíamos deixar de falar de futebol. Então, enquanto colocava o queijo cheddar sobre a tenra carne que já estava quase no ponto na churrasqueira, incorporei o Galvão e fiz a derradeira pergunta: “Tendo jogado com os melhores jogadores do mundo, quem foi o melhor que você já viu jogar?”. A resposta veio prontamente, não dando tempo nem do queijo derreter. “Ronaldo, O Fenômeno. O Cristiano Ronaldo é uma máquina e o Ronaldinho Gaúcho é o mais habilidoso que eu já vi, mas o Fenômeno pensava na frente dos outros, ele é o melhor com quem já joguei.”

O Brasil estreia nesta semana na Copa do Mundo e, lembrando-me da conversa com o Kaká e para já ir entrando no clima, resolvi assistir ao recém-lançado documentário “Ronaldo, O Fenômeno”, que está disponível na Globoplay. A produção conta a história do craque, que foi eleito por 3 vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA, antes de ser considerado o grande culpado pela derrota do Brasil para a França na Final da Copa de 1998. Ali, quando muitos já achavam que sua carreira de alta performance tinha acabado, ele relembra no próprio trailer do filme que “O que eu não sabia era que ia piorar muito ainda nos próximos anos”. E piorou mesmo. Confesso que até hoje tenho dificuldades para ver a cena daquela lesão no seu joelho no jogo contra a Lazio. Lesão gravíssima, que fez até alguns dos melhores médicos do mundo dizerem que ele nunca mais voltaria a jogar. Estavam enganados.

Lutando contra dores insuportáveis e com muita perseverança e obstinação ele voltou. Mas voltou para a Inter, que estava sob o comando de um técnico argentino, que não dava nenhum espaço para o nosso artilheiro. Aos poucos foi mostrando novamente seu futebol, até que era impossível ignorá-lo. Foi parar na Copa de 2002 sob muita desconfiança e o resto é história. Com 2 gols numa final contra a Alemanha, o Brasil sagra-se Penta Campeão mundial.

Mas Fred, essa coluna não é sobre tecnologia e empreendedorismo? É claro que é. Mas assim como tiramos insights valiosos do documentário do Michael Jordan, o filme sobre o Ronaldo me lembrou de várias características que estão em todos os empreendedores de sucesso que já tive oportunidade de conversar ao longo da minha carreira: paixão pelo que faz, disciplina, otimismo, foco, mentalidade vencedora e alta performance.

Mas para chegar na alta performance, tanto o esporte quanto os negócios requerem habilidades como planejamento, execução e revisão. O objetivo principal nunca pode ser apenas vencer. Nenhum time, atleta ou empresa entra em uma competição tendo isso como único objetivo. A paixão pelo que você faz é o que realmente os inspira a se tornarem os melhores possíveis, e isso – inevitavelmente - leva ao sucesso. Sabemos que é difícil alcançar a vitória fazendo algo que não gostamos. Na vida de todo esportista e empresário, há dias em que é difícil se motivar. As dificuldades são muitas e o que não falta é gente dizendo para você desistir. Determinação e abnegação portanto, são qualidades fundamentais para nos permitem ir além. Estudos mostram que cerca de 80% do sucesso nos negócios e no esporte depende da sua mentalidade e da sua autoconfiança, portanto nunca deixe de acreditar, assim como o Ronaldo nunca deixou.

Outro ponto extremamente importante é aceitar que não podemos vencer o tempo todo e que um dia fracassaremos. O importante nessas horas é aceitar a lição, manter-se sempre humilde e aprender com as derrotas para voltar mais forte depois. Como Scott Galloway relembrou nesta semana, a preocupação de manter-se humilde vem desde a Roma Antiga. Já naquela época, quando os imperadores voltavam para suas cidades para desfilarem triunfantes após batalhas vitoriosas, um escravo (auriga) era nomeado pelo Senado para sussurrar continuamente no ouvido do imperador: “Lembre-se, você é apenas um homem” (“Memento homo”).

Hoje o Ronaldo virou empresário. E pelas palavras do craque "Há 10 anos, mais ou menos, eu parei de jogar, disposto a escrever uma outra história. Estou escrevendo outra história agora, em uma outra posição, na mesma indústria, que é o futebol, e tem muita coisa ainda pela frente que eu quero contar". Pessoalmente acredito que o Fenômeno será capaz de escrever também uma carreira de sucesso como empresário. Mas confesso que, neste exato momento, estou torcendo mais por um futuro documentário do Neymar Jr, que mostre os desafios que ele teve para chegar até aqui, mas que termine com ele levantando o troféu de Hexacampeão em 2022. Boa Copa a todos e vamos com tudo Brasil.

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