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Impacto positivo para além dos grandes centros

É preciso espalhar a discussão sobre o novo capitalismo por todo o território nacional, fazendo o conceito chegar até onde ele é mais necessário

(RoadLight/Pixabay/Divulgação)
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marianamartucci

Publicado em 26 de abril de 2021 às 17h29.

É comum que os grandes centros urbanos atraiam atenção de pautas econômicas e sejam também berços para as principais tendências. Quando falamos de empresas que buscam disseminar um novo modelo econômico, isso não é diferente. Ao olharmos os números do Sistema B, vemos que existe uma grande concentração em São Paulo e Rio de Janeiro. O grande eixo econômico brasileiro, abriga hoje 76% das Empresas B Certificadas no país.

Mas se boa parte das tendências e recursos financeiros estão no eixo RJ-SP, o mesmo não acontece com os recursos naturais. De acordo com o Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, lançado há cerca de dois anos pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, 40% da cobertura vegetal do Brasil está concentrada em apenas 400 municípios, ou 7% das cidades do país.

Os locais mais ricos em biodiversidade também concentram a maior carência econômica - 13% da população brasileira economicamente mais carente vivem ali. A resposta de uma parcela ainda grande da sociedade seria: explore estes recursos naturais e gere riqueza e oportunidades para as pessoas. Porém, é necessário fazer isso de maneira responsável. Os dados científicos nos mostram que isso não é mais um assunto fechado aos círculos ambientais e um desenvolvimento focado na manutenção do meio ambiente é urgente e uma bandeira a ser levantada por todos. A pressão global pela preservação da Amazônia também nos mostra que esse é o único modelo econômico possível.

Preservação ambiental e desenvolvimento podem, e devem, estar do mesmo lado. Mais do que contribuir para a preservação ambiental, o modelo econômico defendido pelo Movimento B pode criar empregos e oportunidades de manutenção de recursos naturais, além de regenerar áreas degradadas.

As regiões Norte e Nordeste são dois enormes celeiros de oportunidades quando falamos de economia de impacto e ainda há muito espaço para crescer nesses locais. Muitos dizem que essas regiões são o Vale do Silício da economia de impacto.

Um dos exemplos que nos mostram como é possível gerar riquezas em locais de preservação é a 100% Amazônia, que desde 2009 promove o comércio justo pela conservação da floresta. Somente uma empresa fincada no meio da floresta seria capaz de conectar produtores amazônicos com o mercado externo, exportando ingredientes exclusivos para as indústrias de alimentos, bebidas e cosméticos para mais de 60 países, com total respeito à preservação da Amazônia.

A dupla de fundadoras Fernanda Stefani e Joziane Alves, trabalha com um portfólio de produtos renováveis e promovendo o elo que faltava para a cadeia: a comercialização. Tudo feito com base em remuneração justa para as cooperativas e pequenos produtores, levando renda digna e contribuindo para que a floresta continue de pé. São milhares de pessoas beneficiadas pela atuação da empresa.

Construção de rede, foco no impacto positivo e regenerativo, conhecimento e atenção ao futuro do planeta em um único case. Sem dúvida esse é um exemplo de que o modelo sonhado pelo Movimento B é possível. E quanto mais ele se espalhar pelo território nacional, mais perto estaremos de um novo capitalismo.

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É comum que os grandes centros urbanos atraiam atenção de pautas econômicas e sejam também berços para as principais tendências. Quando falamos de empresas que buscam disseminar um novo modelo econômico, isso não é diferente. Ao olharmos os números do Sistema B, vemos que existe uma grande concentração em São Paulo e Rio de Janeiro. O grande eixo econômico brasileiro, abriga hoje 76% das Empresas B Certificadas no país.

Mas se boa parte das tendências e recursos financeiros estão no eixo RJ-SP, o mesmo não acontece com os recursos naturais. De acordo com o Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, lançado há cerca de dois anos pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, 40% da cobertura vegetal do Brasil está concentrada em apenas 400 municípios, ou 7% das cidades do país.

Os locais mais ricos em biodiversidade também concentram a maior carência econômica - 13% da população brasileira economicamente mais carente vivem ali. A resposta de uma parcela ainda grande da sociedade seria: explore estes recursos naturais e gere riqueza e oportunidades para as pessoas. Porém, é necessário fazer isso de maneira responsável. Os dados científicos nos mostram que isso não é mais um assunto fechado aos círculos ambientais e um desenvolvimento focado na manutenção do meio ambiente é urgente e uma bandeira a ser levantada por todos. A pressão global pela preservação da Amazônia também nos mostra que esse é o único modelo econômico possível.

Preservação ambiental e desenvolvimento podem, e devem, estar do mesmo lado. Mais do que contribuir para a preservação ambiental, o modelo econômico defendido pelo Movimento B pode criar empregos e oportunidades de manutenção de recursos naturais, além de regenerar áreas degradadas.

As regiões Norte e Nordeste são dois enormes celeiros de oportunidades quando falamos de economia de impacto e ainda há muito espaço para crescer nesses locais. Muitos dizem que essas regiões são o Vale do Silício da economia de impacto.

Um dos exemplos que nos mostram como é possível gerar riquezas em locais de preservação é a 100% Amazônia, que desde 2009 promove o comércio justo pela conservação da floresta. Somente uma empresa fincada no meio da floresta seria capaz de conectar produtores amazônicos com o mercado externo, exportando ingredientes exclusivos para as indústrias de alimentos, bebidas e cosméticos para mais de 60 países, com total respeito à preservação da Amazônia.

A dupla de fundadoras Fernanda Stefani e Joziane Alves, trabalha com um portfólio de produtos renováveis e promovendo o elo que faltava para a cadeia: a comercialização. Tudo feito com base em remuneração justa para as cooperativas e pequenos produtores, levando renda digna e contribuindo para que a floresta continue de pé. São milhares de pessoas beneficiadas pela atuação da empresa.

Construção de rede, foco no impacto positivo e regenerativo, conhecimento e atenção ao futuro do planeta em um único case. Sem dúvida esse é um exemplo de que o modelo sonhado pelo Movimento B é possível. E quanto mais ele se espalhar pelo território nacional, mais perto estaremos de um novo capitalismo.

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