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Persistência e humildade - dois mantras para ter sucesso ao empreender

Nem só de histórias bonitas e prazerosas é feito o universo das startups. Há dores diárias de crescimento, conflitos e ajuste diário de ponteiros

(Luis Alvarez/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2021 às 09h27.

Última atualização em 7 de maio de 2021 às 12h52.

Se existe um mantra que deve ser repetido à exaustão por quem tem intenção de empreender, esse mantra é: persista. Costumo dizer que todo empreendedor sabe que precisa matar um leão - ou até uma alcateia - todos os dias até que consiga tirar sua ideia do papel e finalmente ver seu negócio dar certo. Outro: humildade.

Quem já ouviu Israel Salmen ou Lucas Marques, da Méliuz, em algum evento sobre o tema, certamente vai se lembrar de uma frase que eles costumam utilizar, bem mais incisiva, digamos assim: “Empreender é a arte de se f. todos os dias e não desistir”. Precisa, honesta e simples, a máxima virou até tema e título de livro recém-lançado, cujo prefácio redigi.

É um retrato real e sem retoques sobre as agruras do empreendedorismo. De fato, como ressaltado nesta obra, “não existe mão quente no empreendedorismo: se a arrogância falar mais alto, o tombo é certo.” Criar um negócio próprio e vê-lo deslanchar exige a abnegação de, todos os dias, deixar o próprio ego de lado e arregaçar as mangas. Há de se ter empenho, determinação, resiliência. E muito suor.

Dores (e poucas flores) de crescimento

Quando se fala em startups e em seu rico universo de exploração da tecnologia, a impressão que pode ficar é a de que existem apenas histórias bonitas e prazerosas, em um cenário high tech. Mas, na real, o que está por trás de uma trajetória de sucesso, invariavelmente, são dores diárias de crescimento, de conflitos e de ajuste constante de ponteiros para acertar o prumo.

Nem tudo - ou quase nada - são flores nessa estrada. De cara, o empreendedor se depara com inúmeros desafios e obstáculos ao pensar em concretizar aquela ideia genial e inovadora e transformá-la em um negócio real. A saber: burocracia e papelada; tempo de desenvolvimento do produto; dúvidas em relação ao modelo de negócio; prejuízo; conquista da clientela; busca pelos fornecedores adequados. Apenas para enumerar algumas pedras no caminho.

Aliás, no meio desse caminho, o empreendedor precisa, de cara, se virar para levantar capital. Afinal, sem dinheiro, não há ideia, por mais bonita e modernosa que seja, a se sustentar em pé. Ter dinheiro é ter liberdade para executar um plano. Mas como captar recursos? Importante manter os pés no chão na hora de decidir se é preciso recorrer a um empréstimo bancário, a fundos de venture capital ou investidores-anjo.

São muitas decisões a tomar em tão pouco tempo - e, se estivermos falando de uma startup, sabemos que o tempo de florescimento é naturalmente mais acelerado. Nessa lista, entram algumas regras essenciais para iniciar o jogo. Como, por exemplo, estipular a cadeia de comando da empresa, com cargos, funções e responsabilidades de sócios-fundadores; bem como a cultura de trabalho; estratégia; valores.

Isso sem falar na cereja do bolo: o time que vai vestir a camisa e encarar todos esses desafios com você. Um quebra-cabeças que deve, necessariamente, incluir um mix diversos, com “peças” iniciantes e experientes para auxiliar na jornada diária de aprendizado e resolução dos inevitáveis problemas que surgirão.

Digitalização - caminho sem volta

Outro grande desafio é o da tecnologia. Em tempos de consolidação do e-commerce em todos os setores da economia, é preciso, mais do que nunca, investir na elaboração de uma plataforma eficiente, que permita controlar todas as etapas da transação dos clientes e oferecer a todos uma boa experiência.

Sabemos que todas as formas de compra e venda estão migrando para o mundo online. O fenômeno do e-commerce teve início pelo varejo tradicional (livros, vestuário, eletrônicos), seguiu para o mercado de serviços (viagens, entretenimento, transportes) e chegou com força ao mercado imobiliário - o maior do mundo.

A pandemia do coronavírus acentuou esse movimento de digitalização. A América Latina, como um todo, assiste a esse intenso processo de avanço tecnológico e, hoje, é uma das regiões digitalmente mais ativas do mundo, com acesso e uso à internet em patamares acima da China e da Índia.

É um caminho sem volta. Consumidores querem - e precisam - de conveniência, velocidade, confiança e segurança, especialmente em tempos de confinamento.

Startup não é mais quebra de paradigma

Nessa rota de tirar o fôlego e com poucas pausas para refresco, uma boa notícia é que a América Latina é um solo fértil para a inovação, com uma classe de empreendedores oferecendo soluções digitais para combater alguns dos problemas crônicos da região - como companhias nativas voltadas para os setores financeiro, de saúde e educação. Tanto é que o número de startups no país não para de crescer - 12,7 mil, segundo dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Um salto de 20 vezes em uma década.

Em termos de capital humano, a contratação de profissionais segue competitiva na América Latina. No Brasil, um país que soma 14,4 milhões de desempregados (o maior contingente desde 2012), sobram vagas tech.

Ao mesmo tempo, observa-se, em diversos países, um aumento do número de pessoas que passaram a criar fortunas usando a tecnologia como matéria-prima. De fato, hoje, o conceito de startup não significa mais uma quebra de paradigma. Os custos para captar clientes ou construir um produto são menores. E empresas recém-fundadas crescem rápido, ou seja, se tornam mais valiosas em menos tempo.

Mas, para chegar lá, é preciso lembrar do título do livro citado no início desse texto.

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Quem já ouviu Israel Salmen ou Lucas Marques, da Méliuz, em algum evento sobre o tema, certamente vai se lembrar de uma frase que eles costumam utilizar, bem mais incisiva, digamos assim: “Empreender é a arte de se f. todos os dias e não desistir”. Precisa, honesta e simples, a máxima virou até tema e título de livro recém-lançado, cujo prefácio redigi.

É um retrato real e sem retoques sobre as agruras do empreendedorismo. De fato, como ressaltado nesta obra, “não existe mão quente no empreendedorismo: se a arrogância falar mais alto, o tombo é certo.” Criar um negócio próprio e vê-lo deslanchar exige a abnegação de, todos os dias, deixar o próprio ego de lado e arregaçar as mangas. Há de se ter empenho, determinação, resiliência. E muito suor.

Dores (e poucas flores) de crescimento

Quando se fala em startups e em seu rico universo de exploração da tecnologia, a impressão que pode ficar é a de que existem apenas histórias bonitas e prazerosas, em um cenário high tech. Mas, na real, o que está por trás de uma trajetória de sucesso, invariavelmente, são dores diárias de crescimento, de conflitos e de ajuste constante de ponteiros para acertar o prumo.

Nem tudo - ou quase nada - são flores nessa estrada. De cara, o empreendedor se depara com inúmeros desafios e obstáculos ao pensar em concretizar aquela ideia genial e inovadora e transformá-la em um negócio real. A saber: burocracia e papelada; tempo de desenvolvimento do produto; dúvidas em relação ao modelo de negócio; prejuízo; conquista da clientela; busca pelos fornecedores adequados. Apenas para enumerar algumas pedras no caminho.

Aliás, no meio desse caminho, o empreendedor precisa, de cara, se virar para levantar capital. Afinal, sem dinheiro, não há ideia, por mais bonita e modernosa que seja, a se sustentar em pé. Ter dinheiro é ter liberdade para executar um plano. Mas como captar recursos? Importante manter os pés no chão na hora de decidir se é preciso recorrer a um empréstimo bancário, a fundos de venture capital ou investidores-anjo.

São muitas decisões a tomar em tão pouco tempo - e, se estivermos falando de uma startup, sabemos que o tempo de florescimento é naturalmente mais acelerado. Nessa lista, entram algumas regras essenciais para iniciar o jogo. Como, por exemplo, estipular a cadeia de comando da empresa, com cargos, funções e responsabilidades de sócios-fundadores; bem como a cultura de trabalho; estratégia; valores.

Isso sem falar na cereja do bolo: o time que vai vestir a camisa e encarar todos esses desafios com você. Um quebra-cabeças que deve, necessariamente, incluir um mix diversos, com “peças” iniciantes e experientes para auxiliar na jornada diária de aprendizado e resolução dos inevitáveis problemas que surgirão.

Digitalização - caminho sem volta

Outro grande desafio é o da tecnologia. Em tempos de consolidação do e-commerce em todos os setores da economia, é preciso, mais do que nunca, investir na elaboração de uma plataforma eficiente, que permita controlar todas as etapas da transação dos clientes e oferecer a todos uma boa experiência.

Sabemos que todas as formas de compra e venda estão migrando para o mundo online. O fenômeno do e-commerce teve início pelo varejo tradicional (livros, vestuário, eletrônicos), seguiu para o mercado de serviços (viagens, entretenimento, transportes) e chegou com força ao mercado imobiliário - o maior do mundo.

A pandemia do coronavírus acentuou esse movimento de digitalização. A América Latina, como um todo, assiste a esse intenso processo de avanço tecnológico e, hoje, é uma das regiões digitalmente mais ativas do mundo, com acesso e uso à internet em patamares acima da China e da Índia.

É um caminho sem volta. Consumidores querem - e precisam - de conveniência, velocidade, confiança e segurança, especialmente em tempos de confinamento.

Startup não é mais quebra de paradigma

Nessa rota de tirar o fôlego e com poucas pausas para refresco, uma boa notícia é que a América Latina é um solo fértil para a inovação, com uma classe de empreendedores oferecendo soluções digitais para combater alguns dos problemas crônicos da região - como companhias nativas voltadas para os setores financeiro, de saúde e educação. Tanto é que o número de startups no país não para de crescer - 12,7 mil, segundo dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Um salto de 20 vezes em uma década.

Em termos de capital humano, a contratação de profissionais segue competitiva na América Latina. No Brasil, um país que soma 14,4 milhões de desempregados (o maior contingente desde 2012), sobram vagas tech.

Ao mesmo tempo, observa-se, em diversos países, um aumento do número de pessoas que passaram a criar fortunas usando a tecnologia como matéria-prima. De fato, hoje, o conceito de startup não significa mais uma quebra de paradigma. Os custos para captar clientes ou construir um produto são menores. E empresas recém-fundadas crescem rápido, ou seja, se tornam mais valiosas em menos tempo.

Mas, para chegar lá, é preciso lembrar do título do livro citado no início desse texto.

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