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O primeiro semestre de 2022

Mesmo com tudo o que já testemunhamos e vivemos em 2022, pode parecer estranho pensar que, em menos de duas semanas, entraremos no mês de junho

 (aire images/Getty Images)
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Florian Hagenbuch

Publicado em 26 de maio de 2022 às, 15h22.

Mesmo com tudo o que já testemunhamos e vivemos em 2022 – do conflito na Ucrânia à volta do carnaval presencial – pode parecer estranho pensar que, em menos de duas semanas, entraremos no mês de junho. Estamos próximos da metade do ano.

Eu, pessoalmente, gosto de pensar que cada uma dessas divisões – meses, trimestres, semestres – nos traz a oportunidade de olhar para trás e analisar o que conquistamos, assim como a de olhar para frente, mirando tudo o que ainda podemos alcançar.

Sei que essa é uma “ferramenta” que as pessoas usam com mais frequência no fim do ano, mas não vejo por que esperar tanto tempo para refletir sobre nossos erros e acertos, analisar o que está nos aproximando ou afastando dos nossos objetivos e praticar o exercício da priorização – para nos dedicarmos ao que realmente importa.

Sei, por experiência própria, que fica muito mais fácil avançar e alcançar a nossa definição de sucesso quando fazemos os ajustes necessários no caminho. Como disse uma vez o cantor americano Jimmy Dean “I can’t change the direction of the wind, but I can adjust my sails to always reach my destination” (Eu não posso mudar a direção do vento, mas posso ajustar minhas velas para sempre chegar ao meu destino, em tradução livre).

Por isso, proponho que você reserve um tempo em sua agenda nos próximos dias para fazer um balanço e pensar no seu próprio desenvolvimento. Peça feedback a pares, líderes e/ou liderados e valorize cada um que receber. Só pessoas que se importam verdadeiramente com você investirão tempo em uma avaliação aberta, transparente e honesta.

Ao contrário do que muita gente possa pensar, planejar as próximas etapas da própria jornada não precisa ser um exercício solitário. Pelo contrário. Com a ajuda das pessoas certas, fica muito mais fácil traçar o “diagnóstico”, entender onde podemos nos aprimorar, e sermos intencionais em cada uma das nossas ações.

Esse, aliás, é um ponto muito importante para mim. Seja no papel de empreendedor ou de investidor, busco sempre reforçar a importância de sermos intencionais em nossas ações.

Agir sem intenção é como dizer para um corretor de imóveis “quero me mudar para um apartamento melhor” sem ter ideia do que seria “melhor” para você. Mais espaço? Uma cozinha maior? Um cômodo separado para trabalhar e estudar?

As chances de você ser bem-sucedido na busca pelo lar ideal aumentam consideravelmente se, em vez de dizer “quero me mudar para um apartamento melhor”, você souber exatamente o que precisa – “quero um imóvel com três quartos e varanda”.

Nos negócios também é assim. Seja você o CEO de uma empresa em crescimento ou um profissional prestes a se aventurar pela primeira vez nesse mundo, ter um objetivo claro é fundamental, e irá ajudá-lo a superar desafios, tomar decisões mais conscientes e entender quais ajustes de rota irão colocá-lo no caminho certo.

Por isso, invista tempo nesse “balanço”. Reflita sobre seus feedbacks e como você pode agir sobre eles. Faça isso de maneira honesta e livre de ego. Dessa forma, você irá acelerar seu desenvolvimento e ativar o seu PIB (Potencial Interno Bruto) – Quem me apresentou essa expressão foi a Aretha Duarte, a primeira brasileira negra a chegar no topo do Monte Everest!

Ao fim desse exercício você deve ser capaz de responder, de maneira direta, qual é o seu objetivo e o que está fazendo para atingi-lo. Muito provavelmente, algumas tarefas e/ou compromissos passarão a ocupar mais ou menos espaço em sua agenda. E tudo bem. A adaptabilidade é uma capacidade importante para qualquer profissional, mas principalmente para os que estão trabalhando com inovação disruptiva.

Não à toa, um dos valores da Loft, fruto da minha segunda jornada como empreendedor, é o “Be adaptable” (ser adaptável, em tradução livre). Quando se é pioneiro no que se faz, as mudanças podem ser uma constante. É necessário aprender rápido com os próprios erros e considerar o contexto e os dados que se têm em mãos para mudar sempre para melhor. É o que chamamos de se adaptar para evoluir.

Desde o início da pandemia de Covid-19, esse tem sido um dos valores mais importantes no dia a dia da empresa. E ele vale para todos – para mim, para as lideranças e para os times. Não conseguiríamos ter navegado pelos últimos dois anos sem ele.

Nesse período, como você deve imaginar, não foram poucas as adaptações necessárias. Para dar apenas um exemplo, no início de 2020, após as primeiras notícias sobre a chegada do vírus por aqui, mudamos rapidamente toda a operação da Loft para o home office. E, para a minha surpresa, nos tornamos mais produtivos.

Essa nova realidade incentivou uma mudança profunda na maneira como trabalhamos e, hoje, temos um modelo flexível, em que cada colaborador atua de onde faz mais sentido para si, seja no escritório ou em casa. Temos Lofters, como chamamos os profissionais do nosso time, nas cinco regiões do país e, até, fora do Brasil.

Olhando para trás, tenho muito orgulho dessa mudança. Ela me dá confiança de que somos capazes de superar qualquer obstáculo, por maior que ele seja, e de alcançar novos objetivos.

E você? Está ansioso para descobrir ou relembrar quais foram as suas conquistas mais importantes e quais objetivos pretende cumprir até dezembro de 2022? É hora de fechar para um balanço de meio de ano e colocar a mão na massa.