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O ‘magnetismo virtuoso’ de um time - 1º passo para o sucesso empresarial

No ecossistema de startups, não há outra escolha a não ser montar a melhor equipe; buscar requalificação constante ; e perseguir um desempenho sólido

Em outras palavras, para construir as melhores empresas, é preciso ter obsessão por dominar os mercados em que elas atuam (PM Images/Getty Images)
Em outras palavras, para construir as melhores empresas, é preciso ter obsessão por dominar os mercados em que elas atuam (PM Images/Getty Images)
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Florian Hagenbuch

Publicado em 7 de junho de 2021 às, 12h59.

Última atualização em 7 de junho de 2021 às, 17h11.

Por Florian Hagenbuch

Um e-mail enviado pelo CEO da Shopify, Tobi Lütke, para a sua liderança suscitou recentemente um grande debate na internet sobre a maneira como as empresas se organizam internamente para seguir uma trajetória de crescimento.

Embora redigido em um contexto interno específico referente à Shopify, o e-mail está repleto de ensinamentos que merecem momentos de reflexão, especialmente para líderes de grandes corporações e para quem busca empreender, à luz das mudanças desenhadas na economia global com o advento da Covid.

Lütke, que comanda a empresa de comércio canadense responsável pelo desenvolvimento de softwares para a criação de lojas online, começa o texto com uma frase que, à primeira vista, pode parecer óbvia, mas que é simples e (por isso mesmo) emblemática: “Liderança é difícil”.

E como. Além das perdas, as marcas e mudanças que o coronavírus vão deixar nas pessoas, no cotidiano de empresas e no modo como as coisas se organizam, de uma maneira geral, ainda estão sendo conhecidos. Vai levar tempo até que tudo se assente. “O mundo está em uma nova caixa”, como diz o autor do e-mail citado acima. Obviamente que isso se reflete na maneira como se fecham e tocam negócios.

Magnetismo virtuoso

Mas o que fazer para abrir essa caixa e explorar o que tem no interior em sua total potencialidade? Além da sentença citada acima, acredito que um dos principais insights que podem ser extraídos do comunicado é: os integrantes de uma empresa representam um time, em que todos devem estar conectados e focados em marcar o maior número possível de gols em prol de um objetivo comum. De fato, é algo bem semelhante a uma equipe esportiva, com método, garra e coesão.

Para tornar esse objetivo palpável, é preciso apostar, como ressalta Lütke, em pessoas talentosas, no melhor time, a fim de criar um “magnetismo virtuoso”. E, acima de tudo, buscar incessantemente um desempenho sólido.

Somente com um time de pessoas realmente comprometidas e encantadas com aquilo que estão fazendo é que é possível construir algo único, incrível e sem precedentes. Principalmente se estivermos nos referindo ao ecossistema de startups, em que a mentalidade raise the bar precisa ser praticamente um mantra e o jogo de cintura vale muito para seguir adiante.

É nessa hora que o mergulho em si e nas suas capacidades se torna imprescindível. Lütke ressalta a importância de se requalificar todos os anos. No caso de startups, esse intervalo de tempo se torna consideravelmente menor, não é mesmo?

Brincadeiras à parte, esse mergulho pode ser traduzido naquilo que nos leva a acordar e ir trabalhar (ou ficar em casa e trabalhar, nos tempos atuais) todos os dias, na busca diária por nos tornarmos cada vez melhores, seguindo o crescimento da companhia e, ao mesmo tempo, alimentando esse crescimento. Sim, é um processo de retroalimentação, em que um lado da cadeia fortalece o outro.

E como é que se faz isso? Por meio de um mindset de crescimento. Ou seja, aprofundando-se no seu trabalho, assumindo e enfrentando riscos, tomando decisões cada vez melhores e fazendo o que for necessário para apoiar a missão da companhia.

Obsessão pelo cliente

No bojo do sucesso de um negócio - especialmente em um ambiente dominado por empresas com bases cada vez mais tecnológicas, realidade cada vez mais comum hoje em dia - está o desenvolvimento de um produto chamado por Lütke de world class. E, no topo dessa pirâmide, acrescento, fica a experiência world class.

Em outras palavras, para construir as melhores empresas, é preciso ter obsessão por dominar os mercados em que elas atuam. E mais do que isso. Ter obsessão pelo que os clientes querem (e pelo que não querem, principalmente). Ter obsessão por sanar as dores dos clientes e buscar satisfazer sempre e cada vez mais seus anseios.

Essa é uma construção diária, que requer dedicação, suor - e, sobretudo, muito foco. Não, não é uma tarefa simples. Mas, passo a passo, pode ser alcançada. O importante é que, direta ou indiretamente, essa obsessão seja parte do café da manhã - fazer tudo o que está (e o que não está) ao seu alcance para construir experiências cada vez melhores. Porque é isso, e nada menos do que isso, que os clientes esperam.