De acordo com um estudo realizado pela Brasscom, serão necessários mais de 500 mil profissionais para preencher as vagas de emprego dessa área nos próximos anos (Delmaine Donson/Getty Images)
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 09h22.
*Por Fernanda Consorte, Diretora de Comunicação e Relações Institucionais do Ouribank
As organizações não são mais vistas apenas como prestadoras de serviços ou fabricantes de produtos, mas como entidades com propósito, valores e, acima de tudo, vozes humanas. E, muitas vezes, essa avaliação reputacional está mais relacionada aos valores e propósitos do que aos produtos ou serviços em si. Portanto, cada vez mais as organizações têm ficado atentas a práticas de Employee Advocacy — a prática de engajar colaboradores para que se tornem defensores da marca —, assim como o tema se destaca como um pilar estratégico.
E faz sentido. Afinal, quando colaboradores compartilham, de forma genuína (sempre genuína!), suas experiências positivas com a empresa, eles não apenas reforçam a credibilidade da organização, mas também criam uma conexão emocional com os públicos externos, humanizando a marca em tempos de digitalização acelerada, trazendo para o palpável uma campanha muitas vezes pouco concreta.
É muito comum perceber que as empresas que adotam estratégias de Employee Advocacy transformam seus colaboradores em embaixadores, sendo vozes internas que expandem a barreira da empresa para suas redes sociais, com peso e autenticidade, pois se trata, em sua grande maioria, de um movimento orgânico. Ou seja, quando um colaborador elogia a cultura organizacional, destaca práticas de ESG (ambientais, sociais e de governança) ou celebra conquistas, por exemplo, a percepção do público vai além do marketing de campanha tradicional. É como se o consumidor ou potencial cliente estivesse ouvindo um relato de alguém que vive a marca por dentro, tornando o discurso muito mais confiável e palpável.
Além disso, Employee Advocacy pode ser também uma alavanca poderosa para o engajamento interno. Quando os colaboradores sentem orgulho de trabalhar em uma organização, esse sentimento se reflete na produtividade e na retenção de talentos. As empresas que incentivam seus times a compartilhar histórias, marcos e valores criam um senso de pertencimento que transcende o ambiente corporativo. É uma via de mão dupla: colaboradores valorizados passam a defender a marca de forma espontânea, enquanto essa defesa pública eleva a reputação da marca, criando um ciclo de confiança e alinhamento.
No LinkedIn, onde o alcance de mensagens profissionais é potencializado, histórias autênticas compartilhadas por colaboradores podem atrair novos talentos e reforçar a reputação da empresa. Em um mundo onde as conexões humanas têm cada vez mais valor, engajar e empoderar os colaboradores como embaixadores da marca é uma ótima aposta para construir narrativas que ressoam tanto interna quanto externamente. Afinal, quem melhor para contar a história da sua marca do que aqueles que a constroem todos os dias?
*Fernanda Consorte é Diretora de Comunicação e Relações Institucionais do Ouribank